IPCA-15: prévia da inflação desacelera a 0,21% - Monte Bravo

IPCA-15: prévia da inflação desacelera a 0,21%

29/04/2024 às 12:14

29

Segunda

Abr

2 minutos de leitura
Compartilhar

Apesar da pressão de aumentos nos alimentos, plano de saúde e medicamentos, a prévia da inflação oficial no País surpreendeu positivamente em abril. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou de uma alta 0,36% em março para um avanço de 0,21% neste mês, informou na sexta-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

A taxa, a mais baixa para meses de abril desde 2020, ficou aquém das estimativas da maioria dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast – que esperavam uma alta mediana de 0,29%.

O resultado fez a inflação acumulada em 12 meses arrefecer de 4,14% em março para 3,77% em abril, a mais branda desde julho de 2023.

Apesar do desempenho considerado benigno, ainda não há consenso nas apostas sobre a magnitude de corte da taxa básica de juros, a Selic, na reunião de maio do Comitê de Política Monetária do Banco Central. O economista-chefe da corretora Monte Bravo, Luciano Costa, cita o aumento da incerteza do cenário global e dos riscos fiscais, além dos receios com a inflação de serviços, para um corte mais brando, de 0,25 ponto porcentual, no próximo dia 8.

“A redução do ritmo de cortes para 25 pontos-base (0,25 ponto porcentual) permitirá ao Banco Central avaliar a evolução das incertezas ao longo dos próximos meses”, afirmou Costa, acrescentando que tal estratégia deverá permitir a continuidade do ciclo de redução dos juros, levando a taxa Selic dos atuais 10,75% ao ano para 9,50%.

Os preços dos alimentos

Em abril, os gastos 0,61% maiores com alimentos e 0,78% superiores com despesas de saúde turbinaram a prévia da inflação do mês. Os preços dos alimentos reduziram o ritmo de alta em relação a março, mas o avanço registrado em abril ainda respondeu por quase 60% de toda a inflação medida pelo IPCA-15.

O principal vilão foi o tomate, com uma alta de 17,87%, responsável sozinho por cerca de 25% da inflação de abril.

Também houve pressão dos produtos farmacêuticos, que ficaram 1,36% mais caros, após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março, e do plano de saúde, que encareceu 0,77%.

Por outro lado, as famílias gastaram 0,49% menos com transportes. As passagens aéreas ficaram 12,20% mais baratas. Houve reduções também na gasolina (-0,11%), gás veicular (-0,97%), óleo diesel (-0,43%) e ônibus urbano (-0,05%).

Confira a reportagem na íntegra no portal do Estadão.

Artigos Relacionados

  • 21

    Sexta

    Mar

    21/03/2025 às 16:57

    Sala de Imprensa

    Reforma tributária e setor imobiliário: será o fim das vantagens das holdings?

    Reforma tributária impacta o setor imobiliário, muda benefícios fiscais das holdings e aumenta carga tributária sobre operações imobiliárias  A aprovação da Lei Complementar 214/2025, que regulamenta o PL 68/2024, trouxe mudanças substanciais para o setor imobiliário, afetando diretamente a estruturação de holdings patrimoniais e a tributação incidente sobre a aquisição, locação e venda de imóveis. …

    Continue lendo
  • 21

    Sexta

    Mar

    21/03/2025 às 15:23

    Sala de Imprensa

    Juros fecham em alta após Copom sinalizar novo aumento da Selic

    A nova elevação da Selic surpreendeu os investidores e provocou aumento das taxas dos contratos DI, com efeito principalmente na ponta curta da curva A postura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no comunicado divulgado na última quarta-feira (19), enfatizando o nível elevado da inflação e se comprometendo a uma nova elevação …

    Continue lendo
  • 17

    Segunda

    Mar

    17/03/2025 às 13:05

    Sala de Imprensa

    Os sinais que os resultados de varejo, serviços e indústria em janeiro emitem sobre o momento da atividade econômica nacional

    Dois importantes indicadores divulgados nos últimos dias pelo IBGE dão pistas para compreender um pouco melhor o ritmo da atividade econômica do país neste início de 2025. Nesta sexta-feira (14), o órgão publicou sua Pesquisa Mensal de Comércio, que analisa o volume de vendas do comércio varejista no país, referente ao mês de janeiro. A …

    Continue lendo

Fechar

Loading...