Seleção de ações para maio reforça viés conservador

Analistas sugerem empresas e setores menos arriscados, como exportadoras, prestadoras de serviços e segmento financeiro

Mesmo em meio a muita volatilidade e incertezas, a bolsa brasileira tem se saído bem no ano. Até abril, o Ibovespa registrava alta de mais de 12%. Mas esse bom desempenho não fez com que a Carteira Valor perdesse seu viés conservador. Na passagem de abril para maio, houve quatro mudanças na seleção das ações mais indicadas. A tese, no entanto, segue a mesma: apostar em papéis e setores menos arriscados, como exportadoras, sobretudo de commodities, empresas do segmento financeiro e prestadoras de serviços, também chamadas de “utilities”. De quebra, os analistas ainda preferiram escolher companhias que apresentaram ou devem apresentar um bom resultado trimestral.

Assim como nos meses anteriores, o Itaú Unibanco segue na liderança, com sete indicações. Outra ação do setor financeiro que segue na lista é BB Seguridade, apontada por três corretoras. A novidade neste mês são as ações do Banco do Brasil, indicadas quatro vezes.

Empresas do segmento bancário são consideradas sólidas e eficientes e, portanto, suas ações são vistas como menos arriscadas.

Outro setor considerado seguro é o de exportadoras, já que essas empresas têm parte de sua receita vinda de vendas internacionais, o que mitiga riscos trazidos por questões domésticas. Em maio, as ações da Petrobras e da Embraer seguiram na lista, escolhidas por três casas cada uma. E ganharam a companhia da JBS, com quatro indicações.

Os analistas da Ágora destacam que a JBS é a maior produtora global de proteínas e a segunda maior empresa de alimentos do mundo.

Quem fecha a lista do mês são as utilities, ações vistas como defensivas por prestarem serviços considerados essenciais e, com isso, uma receita mais perene, o que ajuda a diminuir a volatilidade de seus papéis. Telefônica e Sabesp continuam com três indicações cada, enquanto Eletrobras e Copel surgem como novidades, apontadas por quatro e três corretoras, respectivamente.

A seleção da Carteira Valor ocorre por meio das dez ações mais recomendadas pelas corretoras participantes. São sugeridos cinco papéis por instituição, de um total de 16, para a formação do ranking de ativos mais indicados para o mês.

Se houver empate, prevalecem as ações com maior volume financeiro médio em bolsa nos últimos 90 dias úteis encerrados no fim de cada mês. O rendimento é calculado mensalmente com base na variação média simples dos papéis. As indicações não consideram pesos diferentes entre os ativos.

As corretoras que compõem a Carteira Valor atualmente são: Ágora, Andbank, Ativa, Banco Daycoval, BB Investimentos, Benndorf Research, CM Capital, Genial, Monte Bravo, Nova Futura, Pagbank, Planner, Safra, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos.

A Carteira Valor subiu 1,71% em abril, ante alta de 3,69% do Ibovespa. No ano, a seleção tem alta de 7,70% e o Ibovespa sobe 12,29%. Em 12 meses, a lista acumula uma alta de 9,90% e o principal índice da bolsa sobe 7,26%.

Confira a Carteira Monte Bravo.