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21/02/2024 • 4 mins de leitura
Cenário econômico e política fiscal no Suno Notícias
Resumo do artigo Do conjunto de medidas anunciadas, é estimado…
Resumo do artigo
Os ganhos de abril cravaram o 3º mês consecutivo de alta para o IFIX; Em 2025, o índice acumula ganhos de 9%
O IFIX,, índice que reúne os fundos imobiliários (FIIs) mais negociados da B3, encerrou abril com uma alta de 3,01% no acumulado mensal. O desempenho crava o terceiro mês consecutivo de ganhos para o índice que, graças às recentes valorizações, está próximo da sua máxima histórica, conquistada em abril do ano passado. Cotado a 3.412,71 pontos, no pregão de quarta-feira (30), o IFIX precisa apenas de uma alta de 0,36% na primeira sessão de maio para ultrapassar o recorde dos 3.423,95 pontos.
“A proximidade de um fim do ciclo de alta da Selic é a justificativa principal para a precificação recente”, diz Wellington Lourenço, analista da Ágora Investimentos. Os dados mais recentes do boletim Focus mostram que o ciclo de aperto monetário do País deve finalizar com uma Selic a 15% ao ano. E como a taxa de juros hoje está a 14,25%, o mercado espera apenas uma alta de 0,75 ponto porcentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). O colegiado se encontra já na próxima semana.
Veja a performance mensal do IFIX em 2025
IFIX | Retorno do mês |
Janeiro | -3,01% |
Fevereiro | 3,34% |
Março | 6,14% |
Abril | 3,01% |
Fonte: Economatica |
Contudo, apenas a pausa na alta dos juros não será o suficiente para dar continuidade ao ritmo de valorização do IFIX. “Uma entrada mais consistente passa por um cenário de queda de juros e, neste caso, ainda estamos distantes. E mesmo que o Copom comece um afrouxamento neste ano, ainda teríamos um juro restritivo e ruim para FIIs”, avalia Lourenço.
Já a Monte Bravo segue mais otimista para a indústria de fundos imobiliários. Como mostramos nesta reportagem, a corretora estima para o IFIX uma alta de 19% em 2025. Caso essa projeção se concretize, será a maior valorização anual dos últimos oito anos. A análise considera tanto as oportunidades de investimento que a classe de ativos oferece aos investidores quanto o fim do ciclo de aperto monetário. “O carrego (dividendos) dos FIIs está em um patamar interessante, o que já adiciona 10 a 12 pontos percentuais de retorno”, diz Benassi.
Os ganhos recentes do IFIX ainda não fecharam a janela de oportunidades para os investidores. Lourenço diz que o prêmio do índice está 4 pontos porcentuais acima das NTN-Bs (títulos do tesouro indexados ao IPCA). A diferença, embora tenha sido mais significativa no primeiro trimestre do ano, ainda permanece acima da média histórica que fica em torno dos 3 p.p. “Ainda é possível selecionar oportunidades, mas o investidor precisa ser mais seletivo”, orienta o analista.
Benassi reforça a mesma ponderação e recomenda para os investidores que priorizem fundos imobiliários com estratégias defensivas. “A busca por ativos que ofereçam previsibilidade de retorno e menor exposição a riscos operacionais é essencial para garantir um desempenho consistente no longo prazo”, sinaliza o analista da Monte Bravo. Às 11h15 (horário de Brasília), o IFIX subia 0,04% nesta sexta-feira (2), aos 3.414,56 pontos. Já no acumulado do ano, os ganhos do índice chegam a 9,57%.
Reportagem publicada no E-Investidor.