IPCA+: quanto rendem? - Monte Bravo

IPCA+: quanto rendem?

05/08/2024 às 10:44

05

Segunda

Ago

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O Tesouro Direto bateu recorde de investimentos em junho e os títulos atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) têm sido os mais procurados. No mês passado, representam 53,8% do total de vendas.

 Analistas explicam que a grande procura pelo Tesouro IPCA+, também chamado NTN-B, está relacionada às taxas extremamente atrativas oferecidas por estes papéis nos últimos meses. Em alguns dias, é possível encontrar títulos que remuneram, por ano, o IPCA somando a um prêmio superior a 6%.

Qual o rendimento dos títulos IPCA+?

Títulos do Tesouro Direto são um tipo de investimento de renda fixa. Funcionam como uma espécie de “empréstimo” ao Tesouro Nacional: o investidor aplica o dinheiro por um prazo e recebe uma remuneração de acordo com cada tipo de título.

IPCA é o índice considerado a inflação oficial do país, calculado a partir do preço médio de uma série de itens. Assim, os títulos do Tesouro Direto IPCA+ remuneram a taxa IPCA do período, mais uma porcentagem extra prefixada.

Nos últimos meses, o valor adicionado à inflação no rendimento dos títulos NTN-B está acima de 6%.

Quais as vantagens do Tesouro IPCA+ em relação a outros títulos?

Além do NTN-B, existem títulos atrelados à Selic (ou seja, remuneram a taxa básica de juros) e títulos prefixados (com o prêmio de uma taxa determinada, informada antes do investimento).

Sombra sintetiza em dois pontos os atrativos do Tesouro IPCA+ em relação aos seus pares: com a proteção do Tesouro Nacional que todos possuem, o NTN-B oferece proteção contra a inflação, com ganho real garantido.

Por que a taxa do Tesouro IPCA+ subiu tanto?

Economista-chefe da Monte Bravo Corretora, Luciano Costa lembra que há também incertezas globais a pressionar a inflação. “A gente teve um período de aumento de juros lá fora, que agora está refluindo.”

Vale a pena investir nos títulos IPCA+ agora?

O motivo da chamada de atenção é que, ao ser vendido antes do prazo, os títulos IPCA+ ficam sujeitos a precificação do mercado secundário, um processo denominado “marcação a mercado”.

Neste movimento, o título será comercializado pelo preço que o mercado considerar adequado naquele momento, o que pode ser inclusive inferior ao valor investido e acarretar em perdas para o investidor.

Os títulos com prazos mais longos, por exemplo, vencimento em 2055 ou 2060, apresentam maior volatilidade na marcação a mercado do que aqueles com vencimento mais próximo, como em 2026 ou 2029.

Para quem necessita maior liquidez, os especialistas destacam que é melhor buscar o título atrelado à taxa básica de juros, o Tesouro Selic.

Até quando o Tesouro IPCA+ será a bola da vez?

Costa, da Monte Bravo Corretora, afirma ainda que investir no IPCA+ agora é uma oportunidade, pois acredita que as taxas cairão em breve. “Conforme o governo entregue a agenda fiscal que está prometendo e, lá fora, o Fed comece a cortar juros, a gente imagina que isso vai tirar pressão”, explica.

No entanto, os analistas destacam que sempre haverá atrativos no NTN-B. Para quem pode manter a aplicação durante todo o prazo, “o título serve para garantir o poder de compra do investidor, de modo que sempre terá espaço na carteira dos investidores”, conclui Silvestre.

Confira a notícia na íntegra: clique aqui.

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