Sala de Imprensa
21/02/2024 • 4 mins de leitura
Cenário econômico e política fiscal no Suno Notícias
Cenário econômico: com a aprovação pelo Congresso, a execução do…
Na última terça-feira à noite, ocorreu no auditório do Grupo Diário, a palestra sobre “O que esperar da economia e dos investimentos em 2025?”, com o estrategista-chefe da Monte Bravo, Alexandre Mathias. O evento foi promovido pelo jovem talento santa-mariense Filipe Portella, CEO da Monte Bravo, uma empresa que nasceu em Santa Maria e que já ganhou o Brasil.
Pela importância e alta qualidade das informações, transcrevemos abaixo um resumo da palestra e dos assuntos tratados. O programa Pense Grande deste sábado terá entrevista com a mesma dupla da Monte Bravo, mas com uma abordagem bem diferente, focada na realidade da economia local. Imperdível!
1 O movimento de fluxos financeiros: Quando os juros globais caem (ex. : nos EUA), há maior disposição ao risco e recursos migram para países emergentes. Isso fortalece bolsas de valores, moedas locais (como o real) e estimula o crescimento econômico nos países periféricos.
| Comportamento histórico: 2002-2008: commodities em alta beneficiaram fortemente o Brasil e os Brics. Houve valorização do real, forte alta da bolsa e crescimento do PIB.
2016: novamente um excelente ano para mercados emergentes, com influxo de capital externo e apreciação dos ativos locais.
I Dólar e hegemonia: Apesar das críticas ao dólar e propostas como a “moeda dos Brics”, o dólar continua dominante, pela credibilidade, profundidade do mercado financeiro americano e confiança institucional. Não há mercado financeiro comparável ao dos EUA – nem China, nem Europa, nem Japão são alternativas equivalentes em termos de estabilidade e liquidez.
I Problemas estruturais: Desorganização fiscal, política e institucional.
Mudanças frequentes nas metas fiscais (ex: alteração da meta em abril de 2024) geram perda de credibilidade, comparada a uma “dieta que muda toda semana”.
I Ajuste fiscal inevitável: Há consenso de que o Brasil precisará promover um ajuste fiscal estrutural, subindo de um déficit de -1% para superávit primário de +2% do PIB.
I Repetição de erros do passado: Comparações com a irresponsabilidade fiscal do governo Dilma. Apesar da retórica moderada,
o governo tem praticado ampliação de gastos e incentivos que desequilibram as contas públicas.
I Eleições de 2026: Oposição ainda fragmentada, mas nomes como Tarcísio Freitas, Eduardo Leite, Ratinho Jr. e Romeu Zema já se colocam como possíveis candidatos.
O eleitor flutuante (10%) será decisivo – a eleição poderá ser vencida por rejeição ao incumbente, como em 2018 (rejeição ao PT) e 2022 (rejeição a Bolsonaro).
I Reindustrialização dos EUA: Estratégia geopolítica de Trump: reduzir dependência industrial da China e repatriar fábricas para o território americano. Visa a autonomia estratégica, inclusive para eventual cenário de guerra. Tarifas de importação e desvalorização cambial como instrumentos.
I Críticas à estratégia: Especialistas consideram que essa política pode empobrecer os EUA a longo prazo (dólar mais fraco, preços internos mais altos). Falta de mão de obra qualificada e infraestrutura nos EUA dificultaria essa reindustrialização. A iniciativa pode ser politicamente motivada (nacionalismo populista), com pouca sustentabilidade econômica.
I Montagem de carteira ideal: 3 blocos fundamentais: Renda Fixa Brasileira (60-70%)
I Proteção patrimonial: Investir fora do Brasil é visto como uma forma de“seguro patrimonial”. Ferramentas, como offshore companies, podem ser utilizadas a partir de US$ 500 mil, com ganhos sucessórios e tributários relevantes.
I Planejamento sucessório: Nenhum investimento rende mais do que uma organização patrimonial e sucessória bem estruturada. Organização antecipada reduz custos, conflitos e impostos.
I Mentoria Empresarial na UFSM
Universidade conectada ao setor produtivo, com objetivo de ensinar alunos sobre planejamento financeiro e futuro. Promover cultura de gestão, empreendedorismo e consciência patrimonial, e integrar experiências reais e aprendizado acadêmico.
| Oportunidade para Santa Maria e região: Santa Catarina e São Paulo como modelos de gestão pública e atração de talentos
I Conclusão estratégica: O Brasil tem potencial de recuperação rápida, devido ao seu tamanho e à resiliência do setor produtivo. Mas isso depende de reformas fiscais sérias, credibilidade institucional e integração com o mundo.