Transição Energética: as implicações no Brasil e no mundo

Transição Energética: as implicações no Brasil e no mundo

23/07/2021 às 10:02

23

Sexta

Jul

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Por Rebeca Nevares, Sócia da Monte Bravo.

A Pandemia causada pelo Covid-19 acelerou diversos processos já em curso no mundo todo, entre eles a digitalização e, mais importante, uma maior conscientização socioambiental. Em meio a este cenário, vimos o surgimento de carros elétricos, reflexo da emissão de gases, e o nascimento da internet 5G. Os dois juntos, sem dúvida, vão transformar as relações e pressionar ainda mais a demanda por energia elétrica em todo o planeta. 

De acordo com o artigo “O Planejamento e o Futuro do Setor Elétrico Brasileiro”, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os países em desenvolvimento já respondem por 50% de todo o consumo de energia do mundo. E que até 2035 emergentes como Índia, Brasil, China e Rússia devem aumentar a demanda em pelo menos 50%. 

Em um webinar promovido pela Monte Bravo, Jose Luiz Torres Jr, sócio e analista da Apex Capital, ressaltou o aumento da capacidade de geração eólica do Brasil nos próximos anos, que passará de 15 gigawatts (GW) para 40 até 2030, um aumento de cerca de 160%. 

Além disso, para ele, o movimento de produção e uso de etanol iniciado no país foi muito interessante, e a Índia também tem feito algo parecido com o uso de biocombustíveis. Caso ganhe corpo, tal estratégia pode mudar o panorama mundial do mercado de açúcar.   

Torres também destacou algumas empresas que podem capturar este movimento na bolsa brasileira em um futuro não tão distante. Vale destacar que esta não é uma recomendação. Sempre destaco nos artigos a importância de estudar os cases e buscar a ajuda de um profissional para tomar as melhores decisões de investimentos. 

Neste sentido, companhias como Eneva (SA:ENEV3), Ômega Energia (SA:OMGE3), Cosan (SA:CSAN3) e Raízen, segundo ele, estão bem posicionadas no mercado para aproveitar esta mudança de matriz energética. 

Obviamente que cada uma buscará seus resultados de formas distintas. Não cabe aqui comentar o racional de todas elas em detalhes, mas a Eneva, na visão de Torres, é uma empresa que tem capacidade de continuar gerando valor aos acionistas ao longo do tempo. 

A Omega, por outro lado, se destaca pela forte atuação no segmento de energia eólica com cerca de 10% do market share brasileiro e a Raízen tem tudo para ser uma das maiores produtoras de biocombustíveis do Brasil e do Mundo na visão do analista. 

Por último, ele destacou a potência da Cosan, bastante conhecida pelo mercado, que tem uma estrutura de holding diversificada nos setores de energia e infraestrutura. 

Se você ainda tem dúvidas sobre as mudanças em curso, busque se informar. Diversos ativos sofrerão mudanças significativas, sejam negativas ou positivas. É fundamental que o investidor esteja posicionado da melhor forma para se proteger e aproveitar os movimentos do mercado. Bons negócios!

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