MB Experience reúne os principais nomes do mercado em evento digital

MB Experience traz inovação, política e investimentos como pautas imprescindíveis para 2021

04/12/2020 às 17:29

04

Sexta

Dez

8 minutos de leitura
Compartilhar
Compartilhe

Aconteceu nos dias 1, 2 e 3 de dezembro o MB Experience 2020, um evento promovido pela Monte Bravo Investimentos que reuniu nomes inspiradores da política, investimentos, inovação e empreendedorismo. Gestores, líderes e especialistas discutiram sobre diversos temas, sempre focando na preparação para 2021

Realizado de forma totalmente online e gratuita, o MB Experience chegou a alcançar milhares de espectadores simultaneamente no YouTube. Uma prova que o evento realmente inspirou as pessoas a pensarem, planejarem e organizarem suas vidas e pensamentos para o ano que está por vir.

Entre os participantes, marcaram presença Bernard Appy, Diretor do Centro de Cidadania Fiscal e economista mentor da proposta da Reforma Tributária, Ricardo Barros, Deputado Federal e Líder do Governo na Câmara, Ana Laura Magalhães, fundadora do canal Explica Ana, Nina Silva, CEO e fundadora do Movimento Black Money/Innovation & Tech Executive, Alfredo Soares, sócio da VTEX, e muito outros!

Abaixo você confere os painéis na íntegra e os principais insight deixados por nossos convidados.

DIA 1 | Gestão, liderança e empreendedorismo

Neste primeiro dia de evento, tiveram três painéis divididos nos temas entre liderança, gestão e empreendedorismo

Para ajudar a enriquecer os nossos painéis, convidamos nomes como Viviane Martins, CEO da Falconi, Alexandre Birman, CEO da Arezzo, Bruno Soares, um do maiores tenistas brasileiros, e Aura Rebelo, VP de Marketing da Prudential do Brasil.

Painel 1 | Gestão pós-covid: o que mudou de fato?

Tivemos as presenças de José Galló, Presidente do Conselho de Administração da Renner, e Viviane Martins, CEO da Falconi, discutindo sobre o “novo normal” para líderes de empresas. Afinal, como manter o equilíbrio de uma gestão após tantas mudanças no mercado?

As quatro fases do ciclo de uma crise

Para José Galló, existem quatro fases básicas dentro do ciclo de uma crise. São elas: pânico, realismo, solidariedade e negociação.

Para o líder administrativo da Renner, essas fases continuam acontecendo mesmo em um período “final” da pandemia. Mas alertou para os riscos de uma nova onda, pedindo para que as empresas se adaptem a este novo mundo.

A necessidade de novas competências dos líderes

Viviane Martins, CEO da Falconi (uma das maiores empresas de gestão do mundo), os líderes de empresas devem correr atrás de novas competências para se adaptar a este novo mundo.

As relações de trabalho não serão mais as mesmas, isso desafia as lideranças. É importante que ele tenha a visão de curto e longo prazo, esse equilíbrio é importante para controle do fluxo de caixa, isso a pandemia nos trouxe. As lideranças tiveram que ficar de olho nisso. Parceria e cooperação nunca foram tão necessárias e tão fortes.”, citou a líder.

Adaptação forçada que veio para o melhor

Para Galló, a Renner teve uma transformação impulsionada pela pandemia, tendo de adaptar e inovar no mundo do ecommerce.

Nós vínhamos num processo de digitalização das empresas. Isso fez com que o consumidor ficasse cada vez mais online, acelerando o processo de digitalização nas empresas também. Planos que estavam para acontecer nos próximos anos foram adiantados para agora. Passamos a acelerar as vendas, até mesmo pelo whatsapp, ganhou uma velocidade muito maior, compulsória.”, citou José Galló.

PAINEL 2 | O que o esporte tem a ensinar sobre gestão e liderança?

Neste painel, convidamos Bruno Soares, um dos maiores tenistas brasileiros, e Aura Rebelo, VP de Marketing da Prudential do Brasil. Desta vez, o assunto foi como traçar um paralelo entre o esporte e a gestão! Confira os insights:

Saúde mental em primeiro lugar

Para Bruno Soares, lidar com a saúde mental foi o seu maior desafio neste ano. As incertezas e a ansiedade tomaram conta de seu comportamento e o tenista passou a se preocupar ainda mais com sua concentração e foco.

Foi o maior desafio da minha carreira. Lidar com as incertezas sobre os torneios, como o público lidaria, como seria o decorrer da minha vida. Como vou lidar com essa falta de liberdade, saber que existe uma doença tão letal como essa? A mente fica complexa.”, citou durante o evento.

E como as empresas estão lidando com a saúde mental de funcionários?

Se para um esportista a saúde mental foi um tabu, mas colaboradores de empresas também foi um grande desafio. Aura Rebelo explicou como a sua empresa, a Prudential, tratou os funcionários para ajudar a lidarem com o incerto.

Aqui na Prudential, nos preocupamos com toda a saúde dos nossos colaboradores e clientes. Cuidamos da saúde mental, saúde física e saúde financeira. Não é só ter saúde, não é só ter dinheiro. A questão é SABER ter algo. Nosso papel social é importantíssimo nessa parte.”, completou a executiva.

PAINEL 3 | Empreendedorismo como alavanca econômica

Para este painel, convidamos Alexandre Birman, CEO da Arezzo & CO, e Rafael Furlanetti, sócio e diretor institucional da XP Inc. O papo foi sobre como usufruir do empreendedorismo para alavancar a economia. Confira os insights:

Otimismo para 2021

Rafael Furlanetti vê com bons olhos um 2021 mais equilibrado, como as pessoas mais preparadas para lidar com com desafios e incertezas. 

Como o empreendedor conseguiu inovar e passar a crise? Estou sentindo mais otimismo em relação a 2021, passar a crise inovando. Nós como bons brasileiros tivemos a capacidade de nos reinventarmos. Talvez o pior já tenha passado, vamos sair mais fortes do que entramos, tenho certeza.”, completou o sócio da XP Inc.

DIA 2 | Tecnologia e inovação

No segundo dia do MB Experience 2020, tivemos três painéis divididos nos temas sobre tecnologia e inovação.

Para ajudar a enriquecer os nossos painéis, convidamos nomes como Ana Laura Magalhães, fundadora do canal Explica Ana, Nina Silva, CEO e fundadora do movimento Black Money, e Alfredo Soares, sócio da VTEX.

PAINEL 1 | Tecnologia como catalisador do crescimento

Tivemos as presenças de Helbert Costa, Head de Gestão Estratégica e Inovação Play9, e Nina Silva, CEO e Fundadora do Movimento Black Money/Innovation & Tech Executive, para discutir o impacto de inovar quando falamos de tecnologia. O papo foi além, trazendo assuntos como mente aberta e responsabilidade social. Confira os principais insights:

A ansiedade tecnológica perante profissionais

Para Nina Silva, existe uma pressa incômoda nos gestores de grandes empresas quando aderem à novas tecnologias. 

A gente precisa entender que não é toda tecnologia que aparece hoje e amanhã já tenhamos um profissional para lidar com ela. Precisamos de uma formação e um tempo para que o profissional se prepare, tenha background para lidar com ela.”, completou a executiva.

A cegueira cognitiva extremamente útil

Helbert Costa falou, também, sobre a falta de foco de empresas grandes que dizem ter cultura de startups. Isso pode causar um efeito inverso, tornando os resultados cada vez mais distantes. Nomeou este fenômeno como cegueira cognitiva extremamente útil.

“Inovação é a mudança de comportamento e não a adição de tecnologia. As grandes organizações não conseguem incorporar os métodos de trabalho das startups, às vezes não possuem a mesma agilidade nos processos.”, completou.

PAINEL 2 | Marketing digital como ferramenta de vendas

Neste painel, convidamos Alfredo Soares, Sócio da VTEX, a maior plataforma de e-commerce da América Latina, e Ana Laura Magalhães, fundadora do canal Explica Ana, para conversar sobre influência, educação e impacto do marketing digital na vida das pessoas. Confira os insights:

A influência como consequência

Ao ser questionada sobre como usa a sua influência para haver um caminho final, Ana Laura negou tal afirmação. Disse que a sua influência é consequência do seu conteúdo, do seu próprio conhecimento, trazendo um paralelo entre a profissão de um assessor de investimentos.

Eu posso influenciar a pessoa a pensar. Não posso recomendar. Se a sua função é levar conteúdo de qualidade, a influência vai vir como consequência.”, completou a Explica Ana.

Trazer algo a mais ao cliente é fundamental

Alfredo Soares trouxe uma bacana reflexão sobre relacionamento digital com os clientes. E disse que toda empresa deveria trazer ideias e não apenas “posts padrões” para as pessoas.

Marketing digital é diferente de presença digital. As pessoas não querem mais conteúdo que encontram no livro ou no youtube, as pessoas querem ideias. Não importa o tamanho da organização mas é preciso estar presente, com relacionamento digital.”, completou o executivo. 

PAINEL 3 | O crescimento do 3º. Setor e o impacto nos investimentos ESG

Para este painel, convidamos Henri Zylberstajn, co-fundador da Escola de Impacto e CEO do Instituto Serendipidade, e Marta Pinheiro, Diretora de ESG na XP Inc., para debaterem a importância do ESG e do 3º setor para o mercado de forma geral. Confira os insights:

As melhores empresas PARA o mundo

Henri Zylberstajn falou um pouco sobre como muitas empresas estão encarando o ESG apenas como obrigação e não com responsabilidade. Com isso, trouxe um paralelo sobre a missão das corporações daqui para o futuro.

A governança deveria ser ainda mais importante nesta sigla de ESG. O capitalismo mudou. Não podemos mais pensar na melhor empresa do mundo, temos que focar em criar as melhores empresas PARA o mundo”, completou Henri.

Implementando o ESG como cultura

Para Marta, enquanto o ESG não for encarado como uma cultura da empresa ou corporação, nada será feito com seriedade para melhorar os pilares da sigla. 

Pessoas têm dúvidas se ESG é rentável. As empresas que têm práticas esg elas estão sempre se preocupando com o futuro e quando a gente tem essa ótica, significa que essa empresa tem uma boa gestão e também são empresas que olham para os consumidores e talentos do futuro e sim é um investimento que tem competitividade com o tradicional, já tem estudos que são empresas mais resilientes.”, disse Marta.

DIA 3 | Economia, política e investimentos

No terceiro e último dia do MB Experience 2020, tivemos três painéis sobre Política, Investimentos e Economia. 

Para ajudar a enriquecer as conversas, convidamos nomes como Bernard Appy, Diretor do Centro de Cidadania Fiscal e economista mentor da proposta da Reforma Tributária, Ricardo Barros, Deputado Federal e Líder do Governo, Luiz Alves Paes de Barros, sócio-fundador da Alaska, Tiago Reis, Fundador e analista-chefe da Suno, Henrique Bredda, Sócio-fundador da Alaska e muitos outros.

PAINEL 1 | O que esperar do Brasil em 2021: economia, situação fiscal e política

Tivemos as presenças de Bernard Appy, Diretor do Centro de Cidadania Fiscal e economista mentor da proposta da Reforma Tributária; Ricardo Barros, Deputado Federal e Líder do Governo; Alexis Fonteyne, Deputado Federal, para discutir a importância da questão fiscal, Tributação de Dividendos e a Reforma Tributária . Confira os principais insights:

O que falta para a Reforma Tributária vingar?

Para Bernard Appy, existe uma certa resistência da tida “velha política” para o andamento desta reforma.

Os impactos da reforma tributária são essencialmente de longo prazo, é importante a gente entender isso. A reforma tributária corrige distorções que a gente tem hoje no sistema tributário brasileiro e, na hora que se corrigir essas distorções, o efeito é um aumento muito grande no potencial de crescimento na economia. Tem um estudo do economista Bráulio Borges que estima que a aprovação da PEC 45 poderia levar o PIB potencial do Brasil em 20% maior em 15 anos do que seria sem a reforma tributária.”, completou o economista.

O Brasil é um manicômio tributário

Para o deputado Alexis Fonteyne, a Reforma Tributária é um assunto urgente e reforça que precisa ser discutido mesmo durante a pandemia. Confira no vídeo!

PAINEL 2 | Cenário econômico para 2021: como pensam os grandes gestores

Neste painel, convidamos Luiz Alves Paes de Barros, sócio-fundador da Alaska, e Rogério Xavier, Sócio-fundador da SPX Capital, para conversar sobre quais são as tendências do mercado financeiro para 2021 e a visão dos Gestores. Confira os insights:

Falta de classe diferenciada de investidores internacionais

Luiz Alves Paes de Barros, que participou de forma exclusiva do MB Experience, indagou-se sobre a classe de investidores existente no Brasil. Reclamou que possa existir uma bolha no país.

No Brasil, não existe uma classe de investidores brasileiros, os investidores correspondem a uma parcela muito pequena e  privilegiada. Precisamos melhorar a média de renda no país, daí podemos começar a falar de classe de investidores”, completou o economista.

Os problemas do Brasil para investidores

Para Rogério Xavier, é preciso olhar para os problemas dos investidores dentro do Brasil para que, assim, possamos atrair investidores de fora.

“Eu vejo o Brasil como um país arriscado, com pouco senso de urgência para resolver os seus problemas. Quem quiser ficar financiando o Brasil que fique, eu não vou ficar. Precisamos resolver a escória de quem cuida do país, para depois andar a caminhos largos.”

PAINEL 3 | O que esperar do Brasil: quais os caminhos para o investidor?

Para este painel, convidamos Henrique Bredda, Sócio-fundador da Alaska; Tiago Reis, Fundador e analista-chefe da Suno, e James Gulbrandsen, CIO da NCH Capital Brasil, para trazerem as perspectivas para os investidores no próximo ano. Quais são os caminhos a se seguir. Confira os insights:

Teremos uma nova Bolsa de Valores no Brasil?

Henrique Bredda foi questionado sobre o que falta para termos uma segunda Bolsa de Valores rodando no país. Ele foi rápido no gatilho:

  • Ter uma outra bolsa todo mundo quer. Difícil é juntar investidores dispostos a fazerem isso, pois é muita burocracia para colocar uma Bolsa de pé.”

Crises e mais crises tupiniquins

Tiago Reis demonstrou a importância de se ter uma carteira de investimentos, muitas vezes, desvinculado ao Brasil. Para ele, as crises que o país gera atrapalha o rendimento dos investidores mais assíduos.

“As crises que temos sucessivamente no nosso país, nos forçam a ter que  sempre pensar em ter uma parte do portfólio em ativos descorrelacionados com o Brasil e, claro, a crise da vez é o fiscal.”, completa Tiago.


E esse foi a 4ª edição do MB Experience. A missão da Monte Bravo é trazer sempre o melhor conteúdo para os nossos clientes, deixando claro que estão dispostos em contribuir para que todos tenham um ano mais próspero e estejam por dentro dos assuntos mais relevantes para 2021. Nos vemos no próximo ano!

Artigos Relacionados

  • 19

    Terça

    Mar

    19/03/2024 às 14:10

    MB News

    Carta Mensal | Cenário segue favorável aos ativos brasileiros

    Compartilhe

    CompartilheCortes de juros nos EUA estão mais perto.Isso impulsionará os ativos brasileiros. Perspectiva para os investimentos em ativos brasileiros em 2024 segue favorável diante do cenário de queda de juros nos EUA e no Brasil. Portfólios diversificados, de acordo com o horizonte e perfil de risco do investidor, tendem a gerar ganhos bem acima do …

    Continue lendo
  • 30

    Terça

    Jan

    30/01/2024 às 10:24

    MB News

    Gilson Finkelsztain, da B3, e Karina Saade, da BlackRock Brasil, abordam tendências do mercado financeiro em evento da Monte Bravo

    Compartilhe

    CompartilheOs executivos estão otimistas em relação ao momento econômico do Brasil, o que deverá favorecer os investimentos e o crescimento do mercado de capitais no país Gilson Finkelsztain, CEO da B3, e Karina Saade, Country Manager da BlackRock Brasil, marcaram presença em evento interno da Monte Bravo Corretora, no último sábado (20). Os cofundadores e …

    Continue lendo
  • 07

    Sexta

    Jul

    07/07/2023 às 17:41

    Economia

    Reforma Tributária: Entenda a proposta aprovada na Câmara

    Compartilhe

    Em votação histórica na Câmara dos Deputados, a PEC nº 45/2019, que versa sobre a reforma tributária, foi aprovada em dois turnos pelos deputados.

    Continue lendo

Fechar

Loading...