Contexto econômico para investir em renda fixa e renda variável

Contexto econômico para investir em renda fixa e renda variável

24/05/2023 às 00:01

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Mai

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  • Contexto econômico global
  • Perspectivas para Renda Fixa
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Nos últimos meses, os principais bancos centrais conduziram, dentro das realidades de cada país, um processo mais duro de condução da política monetária. Esse endurecimento sempre traz alguns riscos, como desaceleração da atividade econômica ou um aperto insuficiente para ancorar a inflação. 

O segundo 2º trimestre de 2023 trouxe desafios e condições diferentes para quem busca investir em renda fixa ou renda variável

Neste artigo, trazemos uma análise sobre o contexto econômico para ajudar você a tomar as melhores decisões sobre seus investimentos nos próximos meses.

Entenda o atual contexto econômico global

No Brasil, o Banco Central manteve a atual taxa Selic em 13,75% a.a, decisão vista como correta entre agentes do mercado financeiro, mas muito pressionada pelo governo executivo. 

O cenário é de incertezas sobre os desafios da política fiscal, mesmo que o projeto do arcabouço fiscal, se aprovado no Congresso, ajude a reduzir alguns riscos.

“O desenho do arcabouço não foi o ideal, mas, de certa forma, atua para minimizar o cenário de cauda de trajetória explosiva da dívida. Os gastos não estão ligados ao crescimento do PIB, mas, sim, ao desempenho das receitas. Desta forma, ainda que o passivo público suba ao longo do tempo, o projeto apresentado pelo governo pode ajudar a dar previsibilidade e transparência ao tema”, diz Luciano Costa, Economista-Chefe da Monte Bravo.

Os índices da atividade econômica brasileira indicam uma desaceleração, enquanto a inflação apresenta surpresas para baixo. 

O Boletim Focus registrou um recuo de 4,18% para 4,16% do IPCA de 2024, enquanto as previsões de 2025 e 2026 permaneceram em 4,0%. 

Após a última reunião que manteve a Taxa Selic em 13,75%, o Copom mostrou sinais de que o início de um ciclo de corte de juros pode começar a partir do final de 2023.

Nos Estados Unidos, as quebras recentes do Silicon Valley Bank e do Signature Bank exigiram ações rápidas do FED para garantir a estabilidade do sistema financeiro frente ao aumento rápido da taxa de juros. Em 03/05, a instituição realizou uma nova alta de 25 bps, concluindo o período de elevação em 5,25% ao ano. 

Medidas do FED: juros para conter a inflação, linhas de liquidez para os bancos

“A ideia é bastante positiva, pois, ao anunciar que tem utilizado ferramentas diferentes para problemas distintos, o Federal Reserve ajuda a diminuir as chances de ruídos nos mercados. Os agentes já começam a considerar cortes nas taxas dos Fed Funds como algo provável no final de 2023, o que tem se refletido na curva. Vemos um cenário base de manutenção das taxas de juros ao longo do segundo semestre deste ano. Somente uma contração da atividade nesse período poderia antecipar os cortes”, avalia Costa.

A China continua dando sinais de recuperação, com previsões de crescimento sendo revisadas para cima. 

O PIB do primeiro trimestre apresentou uma expansão de 4,5% em termos anuais, e após a divulgação, nossa previsão para o crescimento de 2023 foi revisada de 5,8% para 6,0%.

A atividade chinesa está descompassada em relação ao cenário dos Estados Unidos e Europa, que estão registrando desaceleração.

Contexto econômico para a renda fixa

No ambiente doméstico, o patamar dos juros continua tornando a renda fixa mais atraente. No contexto privado, o segmento passou por tensões devido à crise do crédito no Brasil e no exterior, impulsionada pela quebra dos bancos americanos. 

O arcabouço trouxe uma melhora no clima para a renda fixa, elevando as chances de cortes na Selic ao longo de 2024.

A recomendação é cautela, já que existem riscos associados ao desempenho dos ativos neste contexto. O mercado continua volátil, então é importante que o investidor tenha paciência e esteja bem aconselhado para estruturar uma estratégia de diversificação assertiva.

A renda fixa global passou a esperar por um afrouxamento na política monetária pelo FED no segundo semestre de 2023. 

“Avaliamos como pouco provável, então sugerimos a posição tomada nas Treasuries de dois anos como a mais adequada. Da mesma forma, a expectativa de juros elevados e parados por mais tempo justificam as Treasuries de dez anos como parte da estratégia”, argumenta o Economista-Chefe da Monte Bravo.

Contexto econômico para a renda variável

Na renda variável, o cenário futuro se apresenta mais favorável devido à forte realização do Ibovespa, ocorrida nos últimos dois meses, e ao anúncio do arcabouço fiscal. 

As expectativas no mercado financeiro apontam para a queda de juros, mas é preciso racionalizar de forma segura. O mercado de ações tende a melhorar, mas esse é um segmento com ativos que trazem mais volatilidade, exigindo uma estratégia mais alinhada ao perfil do investidor.

“Em um cenário futuro com expectativa de afrouxamento de juros, manter algumas posições na renda variável parece ser interessante. A continuidade da queda da parte longa da curva doméstica de juros justifica uma posição comprada nas empresas ligadas ao ciclo econômico global”, finaliza Luciano Costa.

Tenha uma estratégia personalizada para seu perfil de investidor com a Monte Bravo

O momento econômico tem sido marcado por turbulências, incertezas e volatilidade nos principais mercados globais. No entanto, com a estratégia adequada e o nível certo de cautela, é possível gerar bons resultados em sua carteira. 

Você pode contar com os especialistas da Monte Bravo para apoiá-lo com análises relevantes para o seu perfil de investidor e orientá-lo sobre o timing perfeito para aproveitar as oportunidades, tanto na renda fixa quanto na renda variável.

Além do serviço de curadoria de investimentos personalizada, colocamos à sua disposição um ecossistema de assessoria robusto, com soluções exclusivas e olhar 360º para seus objetivos financeiros. 

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