Análise: PIB 4° Trimestre 2023 por Luciano Costa | MB

MONTE BRAVO ANALISA – Por Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo

06/03/2024 às 17:34

06

Quarta

Mar

2 minutos de leitura
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🇧🇷 O PIB do 4° trimestre de 2023 teve desempenho em linha com nossa expectativa, mas abaixo do consenso do mercado:

– PIB ficou estável na margem no 4° trimestre, ficando em linha com nossa expectativa e abaixo da mediana do mercado (+0,1%). Em termos anuais, o PIB cresceu 2,1%.

– A economia encerrou com crescimento de 2,9% em 2023, ficando em linha com nossa projeção, mas ligeiramente abaixo do consenso do mercado (3,0%).

– No 4° trimestre, a indústria cresceu 1,3% na margem, liderando a performance dos setores, enquanto os serviços registraram expansão de 0,3% na margem. A agricultura contraiu 5,3% na margem, e essa contração era esperada visto que o efeito da safra agrícola recorde acelerou a atividade do setor no início do ano.

– Na indústria, os destaques foram geração de eletricidade e serviços de saneamento, que estão recebendo muitos investimentos após as concessões recentes, e estão crescendo 2,8%. A boa notícia foi a recuperação da construção civil que cresceu 4,2% na margem.

– Nos serviços, o setor financeiro e atividade imobiliárias foram os destaques.

– Na demanda, o consumo das famílias contraiu 0,2% na margem, e interrompeu 9 trimestres consecutivos de alta. Apesar da queda na comparação trimestral, houve crescimento de 2,3% e segue sendo favorecido pela melhora do mercado de trabalho, o arrefecimento da inflação e os programas de transferências de renda do governo.

– Por outro lado, os investimentos tiveram o primeiro crescimento de 0,9% na margem, após 4 trimestres negativos.

– Gastos do governo seguiram em alta e cresceram 0,9% na comparação trimestral, registrando 4 trimestres consecutivos de alta, o que reflete a expansão dos gastos ao longo de 2023.

– O carro over de 2024 após o resultado do 4° trimestre ficou em 0,2%.

– Nossa projeção para o crescimento de 2024 é alta de 2,0%. A economia será beneficiada pelos efeitos defasados dos cortes de juros e a continuidade da resiliência do mercado de trabalho, o que beneficiará os setores voltados para a demanda doméstica, como consumo, construção civil, serviços ligados às famílias, educação e os investimentos.

– Em termos de política monetária, o PIB estável no 4° trimestre não altera nossa expectativa de continuidade de cortes de 50 p.b. nas próximas reuniões do Copom, com a taxa Selic atingindo 9,25% a.a. no final do ciclo.

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