Sala de Imprensa
21/02/2024 • 4 mins de leitura
Cenário econômico e política fiscal no Suno Notícias
Cenário econômico: com a aprovação pelo Congresso, a execução do…
São Paulo, 10/09/2025 – O cenário global continua favorecendo os ativos de países emergentes, na avaliação da Monte Bravo. Desta forma, a corretora mantém a projeção de que o Ibovespa alcançará 150 mil pontos até o final de 2025 e irá a 170 mil em 12 meses.
Em carta mensal antecipada à Broadcast, cita que bolsas globais seguem perto das máximas históricas, enquanto o dólar acumula uma queda em torno de 10% no ano. Assim, com as tarifas definidas e as perspectivas de cortes de juros nos Estados Unidos de um dólar um pouco mais fraco, o quadro mundial assume uma configuração favorável para os ativos de risco no globo.
“No Brasil, os riscos fiscais e a incerteza eleitoral de 2026 podem roubar um pouco do brilho da onda global, mas não a ponto de impedir a continuidade da alta dos preços dos ativos”, avaliam no documento o economista-chefe Luciano Costa e o estrategista-chefe Alexandre Mathias.
Como destacam, agosto terminou com os mercados de ações do Brasil e dos Estados Unidos em território recorde a despeito da guerra comercial do presidente norte-americano, Donald Trump. A Monte Bravo espera desde janeiro três quedas de 25 pontos base no juro básico dos EUA em 2025, começando na decisão da próxima semana.
A medida reflete o enfraquecimento do mercado de trabalho e o impacto limitado das tarifas sobre os preços, explica a nota. A expectativa de juros mais baixos pelo Federal Reserve (Fed) favorece ativos de risco globalmente, com o dólar perdendo força e os juros das Treasuries recuando, pontua a corretora.
No entanto, a alta recente das taxas longas em países desenvolvidos – como EUA, Reino Unido e Japão – acende alerta sobre o risco fiscal e pode comprometer o cenário positivo. De todo modo, o provável corte de juros pelo Fed no dia 17 de setembro “torna a renda fixa menos atrativa, levando investidores a buscar maior rentabilidade em ativos de risco – inclusive em mercados emergentes.”
O movimento, reforçam os economistas, gera um panorama global benigno que relega para um segundo plano os riscos brasileiros. De acordo com os profissionais da Monte Bravo, o ambiente externo mais favorável estimula o apetite por ativos brasileiros, especialmente em crédito privado.
“No entanto, existe o risco de novas sanções contra o Brasil, especialmente diante da incerteza sobre como os bancos brasileiros devem lidar com as pessoas sancionadas.” Em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado em 2022 no Supremo Tribunal Federal (STF), pode haver uma escalada das tensões.
Depois disso, segundo a Monte Bravo, no cenário otimista, haveria uma acomodação. Conforme a corretora, Trump misturou motivação política com razões econômicas para as tarifas, mas após o julgamento – com a provável condenação de Bolsonaro -, é possível oferecer uma vitória comercial a Trump para reabrir espaço para negociar uma flexibilização.
Matéria publicada na plataforma Broadcast.