Investimentos: como o CEO da Monte Bravo vê a corrida eleitoral de 2026?

Caso a esquerda ganhe novamente em 2026, o Ibovespa corre o risco de cair em torno de 40%, segundo Filipe Portella, sócio-fundador e CEO da Monte Bravo.

“O cenário é binário: ou o Ibovespa cai em torno de 40%, a 80 mil ou 90 mil pontos, se a esquerda vencer, ou vai a 250 mil pontos se ganhar a centro-direita”.

Em entrevista ao Capital Insights, o executivo disse que o mercado está mais disposto a dar o benefício da dúvida a um nome de direita ou centro-direita nas próximas eleições.

“Isso significa um trade com grande potencial de ganho”, afirmou.

Na visão de Portella, tal benefício não seria concedido novamente à esquerda  — dado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não resolveu o que ele considera o principal problema da economia brasileira: o crescimento da dívida pública.

O presidente da corretora entende que investidores já questionam como posicionar aplicações pensando numa possível turbulência no mercado financeiro ano que vem.

“Acreditamos numa eleição superdisputada”, pondera. “Se Lula concorrer contra Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] ou Ratinho Jr [governador do Paraná], a eleição será muito acirrada. Se Lula não concorrer, entendo que a direita tem mais chance.”

Quadruplicar de tamanho

Em relação aos planos da Monte Bravo, a ideia de Portella é, nos próximos cinco anos, quadruplicar de tamanho. Hoje, companhia tem pouco mais de R$ 45 bilhões sob custódia. A ideia é chegar a R$ 200 bilhões em 2030 — cerca de 1% do mercado que, segundo estimativas do empresário, deve dobrar de tamanho e chegar a R$ 20 trilhões.

Para transformar os planos em realidade, o executivo menciona a chegada de mais profissionais seniores de private banking, e a ampliação da base de clientes que optam pelo modelo fee-based. Nele, o consumidor paga uma taxa porcentual de 0,4% a 1% sobre o seu patrimônio para remunerar a assessoria pelos serviços prestados.

Assista à entrevista:

Matéria publicada no portal CNN Money.