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16/02/2024 • 3 mins de leitura
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O cenário econômico atual está sendo fortemente influenciado pelas políticas protecionistas adotadas por países como os Estados Unidos, juntamente com o aumento das taxas de juros globais. Essas duas questões estão afetando diretamente os mercados financeiros, criando um ambiente de volatilidade e incerteza. O economista Alexandre Mathias, da Monte Bravo, analisa como as tarifas impostas e o aumento das taxas de juros impactam os ativos de risco, como ações e commodities.
Mathias ressalta que “o protecionismo, ao elevar as tarifas comerciais, gera um aumento nos custos de produção, afetando diretamente a competitividade das empresas no mercado global“. Além disso, o aumento das taxas de juros, adotado pelos bancos centrais ao redor do mundo, influencia as decisões dos investidores, alterando a dinâmica do mercado financeiro e afetando as expectativas de crescimento.
As políticas protecionistas têm um impacto direto na economia global, especialmente no mercado de ativos de risco. O aumento das tarifas sobre produtos importados, como as impostas pelos EUA sobre produtos da China e outros países, pode resultar em um aumento nos preços, prejudicando a competitividade das empresas e afetando seus lucros. Isso gera uma pressão sobre as ações dessas empresas, o que pode resultar em uma volatilidade maior nos mercados financeiros.
Segundo Mathias, “a aplicação de tarifas tem o efeito colateral de aumentar os custos para os consumidores, o que pode reduzir a demanda e afetar o crescimento econômico“. No mercado de ativos de risco, a percepção de risco aumenta, levando os investidores a buscar alternativas mais seguras. Isso pode resultar na desvalorização das ações de empresas que dependem de importações ou de mercados externos para manter sua competitividade.
Outro fator importante a ser considerado é o impacto das altas taxas de juros nos investimentos. Quando o Banco Central eleva os juros, o custo do capital aumenta, tornando o crédito mais caro. Isso pode levar a uma desaceleração no crescimento das empresas, especialmente em setores que dependem de financiamento externo para expandir suas operações. Além disso, taxas de juros mais altas tornam os investimentos em renda fixa mais atraentes, desviando os recursos do mercado de ações e de ativos mais arriscados.
“O aumento das taxas de juros tem um impacto direto nos ativos de risco, pois altera a avaliação de empresas, principalmente no setor de tecnologia e consumo, que são mais sensíveis a essas mudanças”, explica Mathias. Esse movimento pode gerar uma reavaliação do valor de mercado das ações, o que causa uma volatilidade significativa nos preços.
Com o cenário de alta volatilidade, os investidores precisam adotar uma abordagem cautelosa. A diversificação dos portfólios é fundamental para reduzir os riscos relacionados ao protecionismo e às altas taxas de juros. “Investir em ativos que possam se beneficiar da queda da demanda por produtos importados ou que estejam menos expostos ao risco das tarifas pode ser uma estratégia inteligente“, sugere Mathias.
Além disso, é crucial acompanhar as políticas fiscais e monetárias dos principais países, pois elas terão impacto direto nas decisões dos investidores. A tendência é que os mercados de ações e de commodities continuem sendo influenciados por essas políticas, tornando a análise de dados econômicos ainda mais relevante para quem busca maximizar seus retornos em um ambiente de incertezas.
Em resumo, a combinação de políticas protecionistas e altas taxas de juros está gerando um impacto significativo nos ativos de risco, criando um cenário de incertezas para os investidores. A análise constante do mercado e a adaptação às novas condições econômicas serão essenciais para maximizar os ganhos e mitigar os riscos.
Assista à entrevista:
Matéria publicada na BM&C News.