Sala de Imprensa
11/03/2024 • 2 mins de leitura
Bolsas globais: análise de Luciano Costa no Estadão
Os rumos da política monetária nos Estados Unidos ditam o humor…
A Monte Bravo manteve sua projeção de 150 mil pontos para o Ibovespa no final de 2025 e de 170 mil pontos em 12 meses, destacando que o cenário global continua favorecendo ativos emergentes. “A proteção com opções sobre ações segue como excelente alternativa”, afirmou a casa em sua carta mensal, intitulada “Choques tarifários não devem frear o apetite global por ativos brasileiros”.
“As tarifas [americanas] foram surpreendentes e a reação do governo brasileiro desarticulada. Contudo, a perspectiva de corte de juros nos EUA fomenta uma dinâmica favorável para os ativos de risco e deve prevalecer sobre os riscos domésticos”, explicou a Monte Bravo no documento assinado por Alexandre Mathias, estrategista-chefe, Luciano Costa, economista-chefe, e Bruno Benassi, analista de ativos.
Entre os setores de preferência no Ibovespa estão: bancos; seguradoras; utilities e shoppings. Nos fundos imobiliários, os setores de preferência são: papéis, logística, shoppings e lajes. Na renda fixa: prefixado até 5 anos e NTN-B longa (para quem tem horizonte além de 2 anos). Por fim, nos investimentos no exterior, as preferências são: Treasuries (títulos do Tesouro americano); bonds Brasil; Russell 2000 e S&P 500.
Sobre a performance dos mercados em julho, a Monte Bravo lembra que, no Brasil, o Ibovespa recuou 4,17% no mês, refletindo a cautela com o cenário fiscal e as incertezas após o tarifaço de Trump. “Ainda assim, o índice acumula alta de 10,63% no ano. O índice de Small Caps, mais sensível ao ciclo doméstico, caiu 6,36% no mês sob a pressão da alta dos juros, mas mantém alta de 18,38% em 2025.
No cenário macroeconômico brasileiro, após realizar ponderações sobre as tarifas impostas pelo governo de Trump aos produtos brasileiros, a Monte Bravo manteve sua expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 1,90% e 2% para 2025 e 2026, respectivamente. Para a Selic, a casa mantém o patamar dos 15% ao ano até o final de 2025, com início do ciclo de cortes a partir de janeiro, levando a taxa base para 11% ao ano no final de 2026.
Notícia publicada no Broadcast.