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13/10/2025 • < 1 minuto de leitura
IBGE: Inflação oficial sobe 0,48% em setembro
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São Paulo, 24/10/2025 – O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, reduziu hoje sua projeção para a inflação fechada deste ano, na esteira do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de outubro. A estimativa para o IPCA de 2025 diminuiu de 4,7% para 4,6%. Ao mesmo tempo, reduziu a expectativa para o índice fechado deste mês, de 0,27% para 0,20%.
Divulgado pela manhã, o IPCA-15 desacelerou a alta para 0,18% em outubro, ante 0,48% em setembro, ficando aquém da variação de 0,24% da mediana encontrada em pesquisa feita pelo Projeções Broadcast.
Na visão de Costa, o IPCA-15 de outubro trouxe uma composição benigna, reforçando a trajetória de desinflação da economia e abrindo espaço para o início do ciclo de corte de juros pelo Banco Central.
“Nossa avaliação é que, até o início de 2026, a inflação projetada pelo Banco Central para o horizonte relevante estará em linha com a meta”, afirma o economista em nota. Isso, segundo ele, deve levar a autoridade monetária a iniciar o ciclo de cortes da Selic a partir de janeiro de 2026, reduzindo a taxa para 11,0% em dezembro de 2026. Atualmente o juro básico está em 15% ao ano.
Ao avaliar o IPCA-15 de outubro, Costa pontua que houve melhora nos núcleos, especialmente em serviços, enquanto os bens seguiram em desaceleração, refletindo a valorização cambial e o arrefecimento das vendas de bens duráveis.
De acordo com a Monte Bravo, o processo de desinflação, aliado à moderação do mercado de trabalho e ao aperto das condições de crédito, indica que os efeitos da política monetária estão se propagando, criando condições para cortes de juros nos próximos meses.
Conforme a corretora, a média móvel de três meses anualizada do núcleo desacelerou de 4,1% em setembro para 3,7% em outubro. Em termos anuais, passou de 5,1% para 4,9%, ficando abaixo de 5,0% pela primeira vez desde março desse ano.
Costa diz que o núcleo de serviços, excluindo passagens aéreas, também surpreendeu positivamente, com alta de 0,24% na margem, refletindo a deflação em seguros e manutenção de automóveis, além de menor pressão de alimentação fora do domicílio.
“Em termos anuais, o núcleo de serviços mostrou inflexão relevante: a média móvel trimestral anualizada recuou para 4,9% em outubro, após permanecer 12 meses consecutivos acima de 5%”, conclui.
Por Maria Regina Silva, para Broadcast.