Chegamos ao início de um novo ano e eu tenho certeza que um dos maiores presentes que você pode passar aos seus filhos, sobrinhos, ou qualquer criança ao seu redor, é a educação financeira.
Neste artigo, vou trazer alguns pontos bem interessantes sobre esse assunto que é muito importante para os nossos pequenos.
Por que devemos falar sobre dinheiro desde cedo?
Não sei se em épocas passadas seria um tabu falar sobre dinheiro com as crianças. O que não deveria ser, até porque ele faz parte das nossas vidas, do nosso cotidiano.
É sempre importante dizer que, embora ele não seja mais importante que a nossa saúde, a nossa família e os nossos valores, nós estudamos e trabalhamos duro com o objetivo de termos um bom emprego. Sendo assim, para depois alimentar este dinheiro para pagar nossos custos básicos, nosso lazer, nossos investimentos.
Ou seja, dinheiro é pensar a longo prazo. Com certeza uma das coisas que a gente mais pensa na vida é sobre a nossa estabilidade financeira, aposentadoria, em ter uma velhice confortável, certo?
Eu, Marina Seixas, tenho 26 anos hoje e há uns 10 anos me lembro de muitos conselhos e conversas dos meus pais comigo. Tenho memórias do meu irmão falando sobre dinheiro, sobre economizar.
E uma coisa que me chama muito a atenção quando lembro dessa época, é que meus pais nunca tiveram discursos diferentes entre eu e meu irmão, que é dois anos mais velho.
Então, pensando em muitas pessoas que já me perguntaram sobre como iniciar o assunto “dinheiro” com os filhos, eu penso que, de início, não devemos diferenciar o discurso entre filhos e filhas.
É muito importante que meninos e meninas saibam desde novos alguns conceitos de forma idêntica.
“Não fale com seus filhos e filhas de forma diferente sobre o dinheiro.”
Abaixo deixo alguns exemplos:
Ponto 1 | Aprender o VALOR das coisas. Não só o preço delas.
Vamos a um exemplo: quantas horas de trabalho são necessárias para você comprar determinado brinquedo que o seu filho deseja? Ovo de páscoa, boneca no Natal, bola de futebol…
Acho muito importante as crianças obterem desde cedo um maior entendimento sobre o valor do trabalho, que está 100% ligado ao valor do dinheiro.
Os pequenos não vão saber diferenciar um presente de R$ 10 a um outro de R$ 100, mas eles precisam saber que existiu um esforço para se adquirir aquilo – mesmo que não tenha existido ou que ele tenha sido mínimo, não importa.
Ponto 2 | Ensinar a se preparar
Neste ponto, trago a importância de pensar que podem existir um senso maior sobre adversidades e emergências. Portanto, é necessário que as crianças, os adolescentes, entendam as razões de nos prepararmos para esses momentos.
O porquê de pensar em poupar. O porquê de o desejo de se adquirir algo pode ser negado por conta de alguma força maior que possa vir a existir. Que tal um cofrinho desde pequeno?
Ponto 3 | Temos o cofrinho, poupamos. E agora?
Os adolescentes já podem entender sobre como multiplicar esse dinheiro guardado para que ele não perca valor ao longo do tempo.
Educação financeira tem que existir desde sempre, mas acho que nesse período ela se torna ainda mais importante porque com certeza o que eles aprenderão agora, levarão para o resto da vida. Saber se planejar financeiramente vai ser crucial para a organização deles.
Ponto 4 | Mostrar a importância de ajudar
Por último, mas não menos importante, acredito que desde cedo, independentemente da idade, que esse conceito deve surgir na vida dos seus filhos: a doação.
É importante valorizar o dinheiro e todo o esforço para adquiri-lo, sim. Mas não é preciso entender a não se apegar completamente a ele.
Aprender a ajudar ao próximo traz muito mais que satisfação na saúde mental. É um exercício de empatia, entendimento de classes sociais, visão de mundo. Afinal, trazer amor também é uma forma de valorizar o dinheiro como um todo.
Lembre-se:
Tenho certeza que todos esses pontos vão contribuir para os bons hábitos dos seus filhos e, sem dúvidas, transmitir valores é o maior presente que vocês, pais, podem dar a eles. Desejo a todos um feliz e próspero 2021.
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*Este artigo foi escrito por Marina Seixas, produtora de conteúdos da Monte Bravo.
