Fundos multimercado: como funciona e por que investir

Fundos multimercado: como funciona e por que investir

06/11/2020 às 13:49

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Sexta

Nov

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É muito comum ouvir que, na vida financeira, não se deve aplicar todos os frutos no mesmo cesto: se algo der errado, você perde todo o patrimônio.

Essa lógica também norteia os fundos multimercado – uma tendência de investimento que representa o meio do caminho entre a gestão conservadora das aplicações e as estratégias de alto risco.

O que são fundos multimercado?

Basicamente, os fundos multimercado permitem o investimento simultâneo em várias frentes com fatores de risco variados, sem o compromisso de concentração em nenhum deles. O interessado pode investir em ativos de diversos mercados – renda fixa, câmbio, ações, títulos de dívidas – e usar os chamados derivativos para alavancar ou proteger a carteira.

Por buscar rendimentos mais elevados que as gestões de renda fixa, os multimercados têm fatores de risco maiores que outras classes de fundos. A vantagem é a grande liberdade de gestão a que o investidor terá acesso.

Diferentemente de outros fundos, essa estratégia não possui limites de concentração por emissor em determinados ativos, como as ações. Isso precisa estar previsto no termo de adesão, com um alerta de que os papéis estão sujeitos a concentração em ativos financeiros de poucos emissores.

Pense, por exemplo, em um consórcio com poucos membros, cuja promessa de rentabilidade é bastante promissora. Os rendimentos tendem a ter bastante musculatura e resultar em bons lucros para os investidores, que são poucos. Obviamente, os eventuais prejuízos também serão compartilhados entre poucas pessoas, o que exige uma competente assessoria de investimentos. 

O aplicativo da XP oferece um plano de investimentos ideal para este perfil, por contemplar as especificidades de cada fundo e os interesses de cada investidor.

Para entender melhor como isso tudo funciona, elaboramos um roteiro simplificado sobre os investimentos em fundos multimercado.

Perfil de investidor

Essa estratégia é compatível com um investidor que busca diversificação e estão mais propensos a tolerar algum nível de risco, por esperar rentabilidade mais elevada.

Em que papéis aplicar?

A diversificação é a palavra de ordem dos multimercados.

Os interessados podem investir simultaneamente em renda fixa, câmbio, ações, mercado futuro, bem como em derivativos para alavancar a rentabilidade.

Como funciona a aplicação?

Os fundos multimercados têm como característica o aporte coletivo, norteado por um plano de gestão profissional. A partir de termos de adesão pré-definidos, o dinheiro dos investidores é aplicado em fundos diversos por meio de cotas: lucros e prejuízos são divididos oportunamente, de maneira proporcional a cada cota.

Quais as vantagens do multimercados?

Lembra da analogia do cesto de frutos? Pois bem, aqui dificilmente o investidor não encontrará rentabilidade, uma vez que aplicará seus recursos em fundos muito diferentes entre si, com itinerários de rentabilidade próprios e dinâmicas e volatilidade diversos. 

Por falar em rentabilidade, em geral esses fundos oferecem lucros superiores ao CDI e alternativas de liquidez mais atrativas.

Quais os riscos?

Sem uma assessoria profissional, o grupo de investidores pode se escorar em uma estratégia falha, em que a rentabilidade é baixa ou na qual só há riscos, sem possibilidade de ganhos.

É preciso ainda evitar o chamado “efeito-sanfona”: número grande de investidores em períodos de lucros e esvaziamento das carteiras em períodos menos lucrativos. De novo, conta muito o papel da assessoria.

Quais os prazos de resgate?

Isso também varia conforme o plano traçado para os fundos multimercados. Em linhas gerais, há um prazo de carência, antes do qual o investidor recolherá mais taxas e impostos, e depois do qual poderá obter uma rentabilidade mais sólida. Isso está expresso no termo de adesão e também oscila de acordo com a opção adotada em carteira. 

Por exemplo: se o grupo adquire títulos da dívida e ações, de maneira simultânea, cada rendimento terá um prazo de resgate distinto.

É preciso ficar atento ainda às marcações do próprio fundo para entender quando o dinheiro será depositado em conta. Fundos D+3, por exemplo, são depositados três dias após o pedido de resgate (com a cotação futura), e assim sucessivamente. 

No app da XP, todas essas informações são discriminadas, dando mais tranquilidade para os investidores iniciantes e experientes.

Quais os custos?

Por envolver papéis de renda variável, os fundos envolvem taxas administrativas e recolhimento de impostos. 

A taxa de administração consiste em um percentual cobrado diariamente, de maneira proporcional, baseada em um valor divulgado anualmente.

Já a taxa de performance é cobrada apenas nos casos em a rentabilidade ultrapassa a referência daquele título. 

Por fim, a tributação: IOF e Imposto de Renda podem incidir. O IOF é cobrado apenas quando o resgate é solicitado em menos de 30 dias da aplicação. Já o IR acompanha uma tabela regressiva: quanto maior o tempo de aplicação, menor a taxa.

A Monte Bravo Investimentos oferece o melhor time de assessoria para os interessados em aplicar em fundos multimercado. Isso é importante porque é preciso ter os olhos atentos à dinâmica de diversos papéis, o que envolve expertises específicas e dedicação em tempo integral. 

Entendendo as regras do jogo com bons conselheiros, o multimercados não sairá tão cedo de seu projeto de investimentos.

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