Investimentos offshore: um bate-papo com Guilherme Loureiro, CIO do Monte Bravo Family Office

23/05/2025 • 3 mins de leitura

Executivo participou do podcast do Club Athletico Paulistano e explicou mais detalhes sobre nossa estratégia de investimento para clientes de grande patrimônio

Em um ano bastante conturbado para a economia global, entender o cenário econômico e investir com inteligência tornou-se essencial para preservar e expandir patrimônio.

Isso porque inúmeros fatores podem afetar as carteiras de investimento: das tarifas impostas por Donald Trump aos seus efeitos nos juros, na inflação e no crescimento de diversos países, inclusive do Brasil.

Nesse sentido, faz toda a diferença ter uma estratégia de investimentos baseada em análises profundas e construção de cenários, sempre levando em conta o perfil e os objetivos de cada cliente.

E, considerando o impacto cada vez mais intenso de fatores globais nos investimentos, é igualmente importante ter uma estratégia para investir no exterior e proteger patrimônio.

Entenda mais sobre o assunto no podcast do Club Athletico Paulistano.
Ouça neste link e veja o resumo da conversa a seguir:

Trajetória profissional de Guilherme Loureiro

  • Formação: economista pelo Insper, pós-graduação pela Universidade de Chicago.
  • Experiência: economista-chefe do Banco Safra, atuação na Hedging-Griffo (hoje Verde Asset), bancos internacionais, e criação da Trafalgar Investimentos em 2017.
  • Transição: em 2024, passou a fazer parte da Monte Bravo para conduzir a área de Family Office.

Economia global e investimentos

Cenário atual: volatilidade e incerteza

  • Ano mais imprevisível: 2025 apresenta maior volatilidade na economia e nos investimentos, especialmente após o tarifaço de Donald Trump.
  • Impacto nas decisões: ambiente global incerto, com variáveis que comportam-se de forma distinta do previsto, aumenta a preocupação com cenários não antecipados, que podem impactar fortemente o desempenho dos investimentos.

Impacto econômico das tarifas de Trump

Antes das Tarifas

  • Cenário: crescimento projetado em torno de 2% a 2,5%, inflação controlada, juros restritivos.
  • Dinâmica: China com crescimento saudável, Europa com espaço para cortes, EUA com política monetária mais restritiva.

Depois das Tarifas

  • Mudanças principais: crescimento desacelera, inflação sobe, especialmente nos EUA.
  • Efeitos indiretos: pode haver movimentos deflacionários em outros países, atividade econômica mais fraca e crédito mais caro.
  • Desafios para os bancos centrais: precisa equilibrar inflação e atividade econômica, com expectativas de inflação ancoradas.

Corte de juros nos EUA: cenário de soft landing (pouso suave)

  • Chance de recessão global: cerca de 35% a 40% de recessão global, mas o cenário mais provável ainda é um “pouso suave”.
  • Recomendações de investimento: diversificação global, com foco em títulos de juros altos, ações de países desenvolvidos, ouro e ativos internacionais.

Efeito nas Economias e Políticas Monetárias

  • Estados Unidos: inflação mais alta, PIB abaixo de 1%, juros altos e restritivos.
  • China: impactada por controle de capitais e desaceleração de crescimento.
  • Europa e Japão: cenários mais desafiadores, com dificuldades fiscais e demográficas piores.
  • Risco de fuga de dólares: em cenários de estresse, pode ocorrer fuga, como em 2015/2016 no Brasil, mas não é o cenário mais provável atualmente.

Ganhadores relativos no cenário global

Países e regiões beneficiados

  • América Latina: beneficiária relativa, especialmente por estar menos afetada por tarifas e isolamento geopolítico.
  • Brasil e México: destacados como principais beneficiários relativos, com foco em renda fixa.

Ações para investir

  • Oportunidades: movimentos globais mais favoráveis, com destaque para a recuperação do câmbio e desempenho dos mercados.
  • Fluxo de investimentos: tendência de diversificação para países como Suíça, mas Estados Unidos continuam sendo o principal vetor de capital global.

Diversificação de investimentos: qual é a visão do Monte Bravo Family Office

  • Objetivo: manter a carteira de cada cliente alinhada ao perfil de risco, incentivando compras quando os mercados estão mais favoráveis.
  • Estudar diversos cenários: amplo ferramental econômico utilizado para mapear cenários possíveis em vez de uma única possibilidade.
  • Montar carteiras resilientes: cenários não antecipados significam mais risco e volatilidade. Por isso, é importante construir carteiras balanceadas com ativos distintos, que se comportam de maneiras diferentes em cada cenário.
  • Diversificar sempre: investimentos diversificados oferecem mais resiliência e proteção para o patrimônio do investidor, uma vez que ajudam a mitigar riscos, especialmente de concentração dos ativos em uma só classe ou geografia.
  • Volatilidade de abril: Reação inicial forte nos mercados por preocupações com crescimento e inflação, especialmente devido às tarifas anunciadas por Trump.
  • Percepção geral: o pico da volatilidade provavelmente passou, e o mercado deve seguir uma fase de estabilidade, com tendência de melhora e performance mais favorável dos ativos.

“O trabalho de investimento não é prever o futuro com uma bola de cristal, mas entender cenários possíveis e as correlações entre ativos.”

__Guilherme Loureiro, CIO do Monte Bravo Family Office

Alocação recomendada

  • Global: maior exposição a títulos de juros altos, ações de países desenvolvidos, ouro e ativos internacionais.
  • Brasil: preferência por ativos pós-fixados, IPCA, e uma parcela em pré-fixados, com cautela na alocação em ações.
  • Risco local: atenção à dinâmica fiscal no Brasil, endividamento elevado, eleições e possíveis mudanças na política econômica.

“A Monte Bravo oferece uma assessoria completa, com foco em entender cada cliente e montar carteiras diversificadas e resilientes para cada perfil.”

Quer saber mais sobre nossas estratégias para clientes com grande patrimônio?
Acesse a página do Monte Bravo Family Office.

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