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O Ibovespa encerrou a semana passada com uma queda de 0,91%, fechando o pregão de sexta aos 119.662 pontos. No ano, o índice de referência da Bolsa acumula um desempenho negativo de -10,28% até aqui.
Enquanto isso, o dólar subiu 1,1% no mesmo período, cotado a R$ 5,36. Até aqui, a moeda norte-americana acumula alta de 10,9% em 2024.
Mesmo com um cenário global favorável, a fragilização da âncora fiscal — na esteira das mudanças nas metas do arcabouço fiscal — elevou o prêmio de risco e exacerbou o risco de desancoragem. Este risco contaminou a taxa de câmbio, de maneira até mesmo surpreendente para um país com superávit comercial na casa dos 100 bilhões de dólares.
Como já citamos na nossa Carta Mensal, a área de análise da Monte Bravo Corretora ajustou a projeção de pontuação do Ibovespa ao final do ano — de 155 mil para 150 mil pontos.
Enxergamos que a disparada do dólar exige que o compromisso com o arcabouço fiscal seja reafirmado como uma política de governo, impedindo que se dissemine a noção que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está isolado.
Um reforço à credibilidade do arcabouço e de Haddad têm potencial de trazer o câmbio novamente para os 5 reais por dólar e alavancar o IBOV até os 130 mil pontos — o que ajudaria a reduzir os juros de toda a estrutura a termo.
Por outro lado, discursos que reforcem o isolamento da Fazenda na luta pelo equilíbrio fiscal vão agravar a crise no mercado e contaminar a economia doméstica.
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