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Mercados
Os ativos de risco seguem firmes e, ontem (15), as ações nos EUA registraram mais um dia de ganhos sólidos. O impulso para os mercados veio das vendas no varejo mais fortes do que as previsões nos EUA (veja abaixo).
No cenário geopolítico, aguarda-se os ataques retaliatórios do Irã contra Israel pelo assassinato de um líder do Hamas em Teerã. Uma nova rodada de negociações para garantir um cessar-fogo na guerra de Gaza começou ontem e seguem hoje no Catar. As conversas, no entanto, foram boicotadas pelo Hamas.
As taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA saltaram depois que os dados de vendas no varejo dos EUA para julho vieram muito acima do. Os dados mostraram um consumos robusto e, portanto, diminuíram os temores de uma recessão ou desaceleração econômica.
Os mercados estão convencidos de que o Fed cortará as taxas de juros em 18 de setembro, mas debatem o tamanho da redução. As probabilidades estão em 25% para um corte de 50 pontos-base, uma queda em relação aos 75% da semana anterior. Nosso cenário base tem três cortes de 25 p.b. em 2024.
As taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão mais baixas nesta sexta-feira (16), com o título de 10 anos em queda para 3,89%, enquanto o de 2 anos está em 4,06%.
O índice do dólar, que mede o valor da moeda americana contra seis pares, está em 102,8.
Os preços do petróleo caíram no início das negociações asiáticas na hoje. Os futuros do Brent caíram 16 centavos, ou 0,2%, para US$ 80,88 por barril.
As ações do Japão lideraram os ganhos na Ásia. O Nikkei 225 saltou 3,64% para ultrapassar 38.000 pela primeira vez desde 1º de agosto. Os mercados europeus abriram em alta, encerrando o que deve ser uma semana de sucesso para as ações globais. Os futuros das ações dos EUA subiram ligeiramente.
Por aqui, o Ibovespa subiu 0,63% ontem, no 8º pregão consecutivo com ganhos, e fechou aos 134.154 pontos — trazendo o acumulado no ano para -0,02%. O dólar 0,27%, fechando a R$ 5,4838, enquanto os juros futuros fecharam em alta em linha com as Treasuries.
Economia
EUA – As vendas no varejo em julho aumentaram 1,0%, superando as expectativas do mercado (+0,4%) e revertendo a revisão negativa de -0,2% no mês anterior. As vendas de veículos automotores e peças foram responsáveis por mais da metade desse crescimento.
As vendas do grupo de controle — que exclui veículos, gasolina, serviços de alimentação e materiais de construção — subiram 0,3%, também superando as expectativas (+0,1%), mas ficando abaixo do resultado anterior de 0,9%. A média móvel trimestral desta categoria acelerou em julho, crescendo a uma taxa anualizada de 4,9%.
Os gastos com serviços de alimentação, um indicador-chave da demanda por serviços no relatório de varejo, recuperaram-se ligeiramente e subiram 0,3%, após revisões negativas para maio e junho.
EUA – Em julho, a produção industrial sofreu sua maior queda desde o início do ano, recuando 0,6% em comparação ao mês anterior, que havia registrado uma alta revisada de 0,3%. A produção manufatureira diminuiu 0,3%, enquanto a produção nos serviços públicos teve uma queda acentuada de 3,7%.
O furacão Beryl foi um fator significativo, fechando instalações de refino na Costa do Golfo e reduzindo a extração de gás natural, o que impactou negativamente a produção industrial. Este evento climático contribuiu com uma redução de 0,3 ponto percentual na produção industrial em julho.
A queda na produção industrial está em linha com os resultados do ISM industrial e as pesquisas realizadas pelos distritos do Federal Reserve. O nível de utilização da capacidade instalada nas fábricas diminuiu para 77,8%, ficando ligeiramente abaixo de sua média histórica.
EUA – O presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, afirmou que a redução das taxas de juros pode estar próxima. Ele destacou destacando que a inflação está se aproximando da meta de 2% e que o mercado de trabalho não representa mais um risco significativo. Ele sugeriu que um ajuste para tornar a política monetária moderadamente restritiva pode ser necessário em breve. Musalem se alinha a outros membros do Fed que também indicaram apoio a um possível corte de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, em setembro.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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