Investimentos
21/02/2020 • 8 mins de leitura
Renda Fixa: entenda como funciona esse tipo de investimento
Resumo do artigo A renda fixa engloba diferentes tipos de…
Resumo do artigo
Imagine combinar a previsibilidade da renda fixa com investimentos na economia real, em ativos como edifícios e terrenos para futuros empreendimentos. É isso o que os fundos imobiliários híbridos oferecem a investidores.
Esse tipo de investimento não é novo no mercado, mas ganha atratividade em um cenário de juros altos (que favorecem o rendimento dos papéis de renda fixa) e de retomada do mercado imobiliário no pós-pandemia de covid-19.
A seguir, entenda o que são e como funcionam os fundos híbridos e descubra o que levar em conta antes de investir nesses papéis.
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma maneira de investir em ativos ligados a esse mercado. Seu patrimônio é formado a partir do dinheiro de um grupo de investidores, também chamados de cotistas.
Existem diversos tipos de FIIs no mercado, cada um com políticas específicas para aplicar o dinheiro dos cotistas. Eles podem investir em:
Os fundos imobiliários híbridos podem aplicar recursos em mais de um segmento do mercado imobiliário. Por isso, seu principal diferencial é a diversificação de investimentos, tanto em tipos de ativos quanto em estratégias de geração de renda.
Esses fundos podem investir em uma variedade de ativos imobiliários, como lajes corporativas, shoppings, galpões logísticos, imóveis residenciais, hospitais, hotéis, e até mesmo CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). A diversificação de ativos ajuda a mitigar riscos específicos de setores ou tipos de imóveis.
Além da diversificação por tipo de imóvel, os fundos híbridos frequentemente investem em diferentes regiões geográficas. Isso protege o fundo contra oscilações econômicas regionais e maximiza as oportunidades de crescimento.
Esses fundos podem combinar estratégias como a locação de imóveis, a compra e venda de propriedades para ganho de capital e a aplicação em títulos imobiliários (como CRIs). Isso pode oferecer rendimentos mais estáveis e previsíveis aos investidores.
A gestão de fundos híbridos geralmente é ativa, o que significa que os gestores estão constantemente buscando as melhores oportunidades de investimento, ajustando a carteira conforme necessário para maximizar os retornos e minimizar os riscos.
Os fundos híbridos, assim como os demais tipos de FIIs, geralmente são negociados na bolsa de valores. Isso significa que suas cotas podem ser compradas e vendidas a qualquer momento, a depender das condições do mercado.
Os FIIs híbridos também oferecem renda mensal isenta de Imposto de Renda (IR). Os valores caem diretamente na conta dos cotistas.
Os FIIs podem fazer parte da carteira de investidores com diversos objetivos, sempre respeitando o nível de tolerância a risco.
Atualmente, o mercado de FIIs no Brasil está sob influência de três principais fatores macroeconômicos. São eles:
O setor de construção ainda vive os efeitos positivos da reabertura econômica depois da covid-19.
A volta dos trabalhadores para o escritório e a retomada do investimento em projetos imobiliários nos grandes centros urbanos têm impulsionado especialmente os FIIs de tijolo.
O INCC (índice que mede a evolução dos preços na construção civil) está em 4,02% no acumulado em 12 meses até junho de 2024. Isso significa um bom alívio em comparação com a inflação no setor em 2022, quando o índice estava na casa dos 10%.
Ou seja: o cenário hoje é de maior previsibilidade no orçamento da obra e maior potencial de valorização dos ativos imobiliários no longo prazo.
Fonte: FGV | Elaboração própria
A Selic, que estava em trajetória de queda desde julho de 2023, estacionou em 10,5% ao ano em maio de 2024. A expectativa do mercado é que a taxa básica de juros brasileira continue nesse nível até pelo menos o início de 2025.
Fonte: Banco Central do Brasil | Elaboração própria
Esse cenário beneficia os FIIs de papel. Como eles investem especialmente em LCIs e CRIs, ativos com rentabilidade prefixada ou relacionada a índices como CDI e IPCA, esses fundos tendem a ser mais vantajosos em tempos de juros altos.
Uma vez que os fundos híbridos funcionam como uma combinação entre os segmentos de tijolo e de papel, eles podem capturar as vantagens de ambos.
Como já vimos aqui, o investimento em FIIs híbridos funciona da mesma maneira que a aplicação em FIIs tradicionais: as cotas podem ser compradas e vendidas na bolsa de valores.
Portanto, para investir nesses ativos é preciso ter uma conta em uma corretora de valores, como a Monte Bravo. Abra sua conta e fale com nossos especialistas para definir a estratégia de investimento ideal para você e sua família.