O alívio recente na cotação do dólar esquentou o debate sobre investimentos no exterior.
A moeda não ficava abaixo dos R$ 6 desde novembro de 2024, o que representa uma oportunidade para começar a investir fora do Brasil ou ampliar a posição lá fora.
O tema, aliás, deve ter grande destaque em 2025 com o aumento dos riscos no cenário brasileiro, especialmente quando consideramos que ainda não há um caminho claro para o controle das contas públicas por aqui, como explicamos em nossa Carta Mensal de janeiro.
Veja a seguir as razões para diversificar suas aplicações no exterior e entenda a estratégia que adotamos aqui na Monte Bravo.
Por que investir no exterior agora?
1 – Reserva em moeda forte
Investir no exterior é essencial para quem deseja preservar patrimônio. Isso porque o dólar continua sendo a principal reserva global de valor e, dessa forma, confere proteção contra a desvalorização do real.
Essa característica ajuda a mitigar o chamado “risco Brasil” nos investimentos. Quem investe no exterior fica menos sujeito a mudanças na política e na economia local que possam afetar as aplicações financeiras.
2 – Mais diversificação para a sua carteira
Investir em ativos fora do país multiplica (e muito) as oportunidades de investimento.
Para se ter uma ideia, quando comparamos o Ibovespa (principal índice brasileiro de ações) com o S&P 500 (principal índice americano de ações), vemos que o último é 85 vezes maior em termos de valor de mercado. Veja o gráfico:

E vale lembrar que o S&P 500 é apenas um entre diversos índices de ações globais. Há diversas opções em mercados como tecnologia, indústria, serviços, empresas pequenas e médias, tanto nos EUA quanto em outros países.
E a renda fixa internacional também não fica atrás. O tamanho dessa categoria no Brasil é de cerca de R$ 4 trilhões (US$ 0,6 trilhão ao câmbio de R$ 5,86 por dólar), segundo a Anbima, associação que representa o setor. Enquanto isso, só nos Estados Unidos, esse mercado soma mais de US$ 45 trilhões.
3 – Mais agilidade no inventário
Uma vantagem importante de ter recursos investidos no exterior é o planejamento sucessório.
No Brasil, quando uma pessoa falece, o processo de inventário é obrigatório para que os herdeiros tenham acesso aos bens deixados.
Esse processo pode ser demorado, burocrático e envolver custos elevados, como pagamento de taxas e impostos. Durante esse período, os herdeiros podem enfrentar dificuldades para acessar o patrimônio.
Já os recursos no exterior, dependendo da estrutura utilizada (como trusts, holdings internacionais ou contas conjuntas), podem evitar ou reduzir significativamente o tempo e a burocracia do inventário brasileiro.
Nesses casos, o patrimônio é transferido aos beneficiários diretamente, sem a necessidade de passar pelo inventário local. Isso garante maior rapidez no acesso aos recursos, oferece flexibilidade para os herdeiros e ajuda a preservar o patrimônio em situações de sucessão.
Essa estratégia é especialmente relevante para famílias que desejam evitar atrasos e custos associados à sucessão tradicional no Brasil, proporcionando segurança e agilidade na transmissão de bens.
4 – Momento de mercado mais favorável
As primeiras medidas do novo governo Trump vêm seguindo uma linha mais pragmática, como antecipado pelo nosso time de Análise em novembro de 2024.
Essa postura trouxe alívio para a cotação do dólar no mundo todo e abriu uma janela de oportunidade para investimentos internacionais.
O timing é interessante porque, segundo nossos analistas, a cotação da moeda americana pode voltar a subir, a depender das decisões de política fiscal no Brasil.
Como explicamos em nosso último Informe Semanal, o dólar pode voltar para a casa dos R$ 6,20 ou, num cenário mais pessimista, disparar até R$ 7,50.
Como começar a investir fora do Brasil?
O primeiro passo para começar a investir no exterior é se informar sobre os tipos de investimento em dólar à sua disposição.
Você encontrará uma grande variedade de opções, como títulos do Tesouro americano, ações e bonds de companhias globais, fundos imobiliários e ETFs estrangeiros, e muitas outras alternativas.
Para fazer uma boa escolha de ativos, é preciso ter sempre em mente o seu perfil de investidor e os seus objetivos. É possível fazer milhares de combinações específicas para seu momento de vida e as metas que você pretende alcançar.
Para isso, você pode contar com a ajuda da Monte Bravo. Nossos especialistas estão prontos para estruturar um plano sob medida para sua carteira no exterior, considerando tanto a inteligência na alocação do seu patrimônio, quanto a eficiência fiscal e sucessória nos seus investimentos.
Carteira Monte Bravo 60/40
Aqui na Monte Bravo, geralmente recomendamos um portfólio 60/40 de investimentos no exterior: a carteira é composta 60% por ações e 40% por bonds (títulos de renda fixa).
“Esse portfólio tem uma característica importante, que é a correlação negativa entre ações e bonds nos Estados Unidos. Na maior parte dos anos, quando as ações caem, os títulos se valorizam. Assim, ele tem um maior grau de diversificação, mesmo com apenas duas classes de ativos”, explica Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo.
Também trabalhamos com carteiras mais customizadas e temos parcerias fora do Brasil para desenhar soluções sob medida para você, sua família e seus negócios.
Lembre-se: investir em dólar não é uma solução apenas para momentos de crise, mas uma estratégia de longo prazo para proteção e crescimento do seu capital. Quer saber mais? Abra sua conta na Monte Bravo ou fale com seu assessor para entender as possibilidades para o seu perfil.