Investimentos
21/02/2020 • 8 mins de leitura
Renda Fixa: entenda como funciona esse tipo de investimento
Resumo do artigo A renda fixa engloba diferentes tipos de…
Resumo do artigo
Com a sinalização pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de que a taxa Selic deve continuar subindo até o fim do ano, muitos investidores começaram a buscar informações sobre o impacto dessa medida nos investimentos de renda fixa.
Os juros básicos da economia brasileira são também o indexador principal dos rendimentos que incidem sobre essas carteiras. Até o início de 2021, o Brasil vinha em um declínio histórico da taxa de juros, que chegou ao patamar de 2%. A medida tentou facilitar o acesso ao crédito em um cenário de tamanha turbulência, enfrentada sobretudo pela pandemia de coronavírus.
Investimentos de renda fixa passaram a perder musculatura. A poupança, que já é a opção menos rentável, perdeu para os indicadores inflacionários. Em 2020, enquanto a caderneta percebeu rendimento de 1,99%, o Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) encerrou o exercício em 4,52%.
O Tesouro Direto se mostrou mais vantajoso, naturalmente, mas ainda assim em patamares bem modestos por conta da Selic em baixa. Como se sabe, enquanto a poupança rende 70% da Selic quando ela se encontra abaixo de 8,5% mais a TR (taxa referencial), o Tesouro Selic rende exatamente o porcentual da taxa básica de juros.
Com a previsão de que o cenário melhoraria a partir do início da vacinação e com a escalada da inflação, o Copom iniciou uma nova série de elevação da taxa básica de juros a partir de 2021 – desta vez para refrear o consumo na expectativa de conter um pouco a elevação dos preços.
Segundo o boletim Focus do Banco Central, a Selic deve encerrar o ano em 5,5%. Para o fim de 2022, a expectativa é a de que o índice atinja a marca de 6,25% ao ano.
Embora as carteiras que aportam recursos em renda variável continuem mais competitivas, a renda fixa volta a atrair um público mais conservador e menos afeito às oscilações do mercado de ações.
A poupança continua oferecendo rendimentos modestos e é a perspectiva menos aconselhada – de modo que não é nem considerada um investimento por si.
O Tesouro Selic e mesmo os Tesouros IPCA (que rende de acordo com a inflação) e o prefixado passam a ser mais atraentes, porque além da elevação da Selic, não se percebe no curto prazo uma redução expressiva dos índices inflacionários.
Entre as outras possibilidades com a Selic em 3,5%, destacam-se:
Esse cenário deve se tornar ainda mais promissor, dependendo do comportamento do Copom nas próximas reuniões.
Mas nem tudo são boas notícias na renda fixa.
Ainda que a Selic suba mais, a inflação segue muito alta. Na prática, quem aportar recursos exclusivamente nesta modalidade pode ser o patrimônio ser diluído pela elevação do custo de vida.
É imperioso encontrar instrumentos atrelados à inflação para obter rendimentos compatíveis com a elevação dos preços. São os casos dos títulos de renda fixa prefixada, como o Tesouro IPCA e o Tesouro Prefixado.
CDBs, LCAs, LCIs, já mencionados, também têm remuneração pré-definida ou associada à inflação.
As debêntures (títulos de dívidas emitidos por empresas) são outra ferramenta mais inteligente de conciliar a elevação da Selic e a escalada da inflação.
Por fim, a conciliação com a renda variável continua uma premissa entre aqueles que assumem algum risco em nome de obter maior musculatura nos rendimentos de médio prazo.
O importante é continuar acompanhando as notícias que chegam do Banco Central sem tirar os olhos da importância da diversificação da carteira.
Nesta hora, é importante contar com a assessoria especializada da Monte Bravo. Atenta às principais medidas que impactam a renda fixa e a renda variável, a equipe irá orientá-lo de maneira prudente e precisa sobre as trajetórias de investimento, risco e resgate mais sólidas no contexto atual. Converse aqui com nossa assessoria de investimentos.