Expectativa de corte em setembro ganha força após testemunho semianual de presidente do Fed ao Congresso

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Por: Monte Bravo
24/06/2025 • 2 mins de leitura

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No seu testemunho semianual ao Congresso, o presidente do Fed Jerome Powell afirmou que, se não fosse pelas preocupações com os impactos inflacionários das tarifas anunciadas recentemente, os dados econômicos mais recentes provavelmente justificariam a continuidade dos cortes de juros.

Embora não tenha descartado uma redução na próxima reunião, os comentários sugerem que o Fed tende a esperar ao menos até setembro para avaliar melhor os efeitos das tarifas sobre os preços antes de retomar os cortes. Powell destacou que, se as pressões inflacionárias se mantiverem contidas, os cortes poderão ocorrer mais cedo, mas evitou se comprometer com datas específicas.

Powell acredita que as tarifas impostas pelo governo Trump devem elevar a inflação a partir de junho e seguir pressionado a inflação até setembro, interrompendo a trajetória de desaceleração observada nos últimos dois anos. No entanto, há incertezas sobre a intensidade e a velocidade com que esses custos serão repassados aos consumidores. Powell reforçou que o Fed também está atento à situação do mercado de trabalho e que uma piora significativa no emprego seria um fator decisivo para acelerar a flexibilização da política monetária. Ele reiterou que a economia segue forte e que não há pressa para agir.

Por fim, Powell não endossou nem rejeitou diretamente a visão de Waller e Bowman, que afirmaram ser a favor da retomada do ciclo de corte de juros na reunião de julho, reforçando que o Fed permanece aberto a diferentes cenários. Ele destacou que, se o repasse das tarifas aos preços for mais fraco do que o esperado, isso influenciará as decisões futuras. A prioridade, segundo o presidente do Fed, é manter a inflação sob controle e sustentar a expansão econômica, equilibrando os riscos sem agir de forma precipitada.

Mantemos a projeção de retomada do ciclo de cortes de juros a partir da reunião de setembro, com três reduções de 25 pontos base até o fim do ano, levando a taxa para 3,75% ao ano em dezembro. Após o testemunho do presidente do Fed no Congresso, os contratos futuros passaram a embutir uma probabilidade de 81% para um corte de 25 p.b. na reunião de setembro.

Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236
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