Mercados amanhecem em alta após acordo entre EUA e UE

28/07/2025 • 4 mins de leitura

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Mercados

Os mercados globais iniciaram a semana em alta graças ao anúncio de um acordo comercial entre EUA e UE. Com este acordo, nos últimos 7 dias o presidente americano conseguiu que dois de seus principais parceiros comerciais concordassem com tarifas e a realização de investimentos no país.

A assinatura dos acordos ajuda a retirar a incerteza sobre o futuro do comércio de vários países importantes com os EUA a partir do dia 1º de agosto, que era a data limite estabelecida.

Além dos acordos, o mercado deverá se manter atento pois na quarta-feira (30) teremos a decisão de política monetária do Banco Central Americano — que deve manter as taxas nos patamares atuais — e a continuidade da temporada de resultados.

Apesar da decisão do Fed ser esperada, as atenções estarão no comunicado e em possíveis pistas de como comitê avalia o cenário e quais serão os próximos passos. Nosso time espera 3 cortes em 2025, com inicio na reunião de setembro.

A temporada de resultados nos EUA terá sua semana mais agitada. Mais de 150 empresas que compõem o S&P divulgarão seus números, com destaque para os resultados da Meta, Microsoft, Amazon e Apple.

As taxas dos Treasuries norte-americanas operam próximas da estabilidade: a de 10 anos opera em 4,39%, a de dois anos está em 3,92% e a nota de 30 anos negocia a 4,93%.

O índice do dólar (DXY) registrou alta de 0,54% no dia, a 98,18 pontos, com os mercados digerindo os acordos comerciais firmados.

O ouro à vista manteve-se praticamente estável nesta segunda-feira (28), cotado a US$ 3.336,25 por onça. Entre as criptomoedas, o Bitcoin recuava 0,55%, negociado a US$ 118.785,56.

O petróleo opera em alta, com o Brent subindo e cotado aos US$ 69,22 por barril.

Na Ásia-Pacífico, os mercados encerraram majoritariamente em alta nesta segunda, esperando por avanços nas relações comerciais entre EUA e China, com reunião para negociação hoje na Suécia.

Na Europa, as bolsas iniciaram o dia em alta, acompanhando os futuros de ações dos Estados Unidos.

O Ibovespa encerrou a sexta-feira (25) em queda de 0,21%, aos 133.524 pontos, em sessão marcada pelas tensões comerciais com os Estados Unidos. O dólar fechou em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,5613.

Economia

EUA: As encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 9,3% em junho, ligeiramente acima do recuo esperado pelo mercado. A queda foi puxada por um forte recuo nos pedidos de aeronaves comerciais, que encolheram US$ 31 bilhões após o salto observado em maio. Os pedidos de bens de capital essenciais recuaram 0,7% em junho, contrariando expectativas de leve alta. Por outro lado, as entregas desses bens — medidas pelo indicador do investimento empresarial — subiram 0,4%. Os dados de maio foram revisados para cima em todas as categorias, com destaque para o avanço de 16,5% nas encomendas totais e de 2,0% nos pedidos de bens de capital essenciais.

Brasil: O IPCA-15 de julho subiu 0,33%, em linha com as nossas expectativas e acima do consenso do mercado. A inflação teve composição mista, com pressões vindas de passagens aéreas, cuidados pessoais e alimentação fora do domicílio compensadas por quedas em vestuário, gasolina e alimentação no domicílio.

Os núcleos de inflação mostraram comportamento benigno, mas continuam elevados. O núcleo de bens recuou fortemente na margem, enquanto o núcleo de serviços segue pressionado, especialmente por passagens aéreas, alimentação fora do domicílio e lazer. Em julho, os núcleos subiram 0,3%, com a média móvel trimestral anualizada caindo de 4,9% para 4,4%. No acumulado em 12 meses, o núcleo de serviços recuou levemente de 6,5% para 6,4%, mas segue sendo fonte de preocupação para o Banco Central. A projeção para o IPCA de julho é de alta de 0,37%. Para 2025, a projeção se mantém em 5,5%.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (25/07/2025):

  • IPCA/2025 caiu de 5,10% para 5,09%, enquanto o IPCA/2026 caiu de 4,45% para 4,44%;
  • PIB/2025 ficou estável em 2,23%, enquanto o PIB/2026 subiu de 1,88% para 1,89%;
  • Dólar/2025 caiu de R$ 5,65 para R$ 5,60, enquanto o Dólar/2026 ficou estável em R$ 5,70;
  • Selic/25 ficou estável em 15,00% a.a., enquanto a Selic/2026 ficou estável em 12,50% a.a.;
  • Primário/25 ficou estável em -0,55%, enquanto Primário/26 melhorou de -0,65% para -0,62%.

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Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236

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