Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Os mercados globais iniciaram a semana em alta graças ao anúncio de um acordo comercial entre EUA e UE. Com este acordo, nos últimos 7 dias o presidente americano conseguiu que dois de seus principais parceiros comerciais concordassem com tarifas e a realização de investimentos no país.
A assinatura dos acordos ajuda a retirar a incerteza sobre o futuro do comércio de vários países importantes com os EUA a partir do dia 1º de agosto, que era a data limite estabelecida.
Além dos acordos, o mercado deverá se manter atento pois na quarta-feira (30) teremos a decisão de política monetária do Banco Central Americano — que deve manter as taxas nos patamares atuais — e a continuidade da temporada de resultados.
Apesar da decisão do Fed ser esperada, as atenções estarão no comunicado e em possíveis pistas de como comitê avalia o cenário e quais serão os próximos passos. Nosso time espera 3 cortes em 2025, com inicio na reunião de setembro.
A temporada de resultados nos EUA terá sua semana mais agitada. Mais de 150 empresas que compõem o S&P divulgarão seus números, com destaque para os resultados da Meta, Microsoft, Amazon e Apple.
As taxas dos Treasuries norte-americanas operam próximas da estabilidade: a de 10 anos opera em 4,39%, a de dois anos está em 3,92% e a nota de 30 anos negocia a 4,93%.
O índice do dólar (DXY) registrou alta de 0,54% no dia, a 98,18 pontos, com os mercados digerindo os acordos comerciais firmados.
O ouro à vista manteve-se praticamente estável nesta segunda-feira (28), cotado a US$ 3.336,25 por onça. Entre as criptomoedas, o Bitcoin recuava 0,55%, negociado a US$ 118.785,56.
O petróleo opera em alta, com o Brent subindo e cotado aos US$ 69,22 por barril.
Na Ásia-Pacífico, os mercados encerraram majoritariamente em alta nesta segunda, esperando por avanços nas relações comerciais entre EUA e China, com reunião para negociação hoje na Suécia.
Na Europa, as bolsas iniciaram o dia em alta, acompanhando os futuros de ações dos Estados Unidos.
O Ibovespa encerrou a sexta-feira (25) em queda de 0,21%, aos 133.524 pontos, em sessão marcada pelas tensões comerciais com os Estados Unidos. O dólar fechou em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,5613.
EUA: As encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 9,3% em junho, ligeiramente acima do recuo esperado pelo mercado. A queda foi puxada por um forte recuo nos pedidos de aeronaves comerciais, que encolheram US$ 31 bilhões após o salto observado em maio. Os pedidos de bens de capital essenciais recuaram 0,7% em junho, contrariando expectativas de leve alta. Por outro lado, as entregas desses bens — medidas pelo indicador do investimento empresarial — subiram 0,4%. Os dados de maio foram revisados para cima em todas as categorias, com destaque para o avanço de 16,5% nas encomendas totais e de 2,0% nos pedidos de bens de capital essenciais.
Brasil: O IPCA-15 de julho subiu 0,33%, em linha com as nossas expectativas e acima do consenso do mercado. A inflação teve composição mista, com pressões vindas de passagens aéreas, cuidados pessoais e alimentação fora do domicílio compensadas por quedas em vestuário, gasolina e alimentação no domicílio.
Os núcleos de inflação mostraram comportamento benigno, mas continuam elevados. O núcleo de bens recuou fortemente na margem, enquanto o núcleo de serviços segue pressionado, especialmente por passagens aéreas, alimentação fora do domicílio e lazer. Em julho, os núcleos subiram 0,3%, com a média móvel trimestral anualizada caindo de 4,9% para 4,4%. No acumulado em 12 meses, o núcleo de serviços recuou levemente de 6,5% para 6,4%, mas segue sendo fonte de preocupação para o Banco Central. A projeção para o IPCA de julho é de alta de 0,37%. Para 2025, a projeção se mantém em 5,5%.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Não há divulgação de indicadores ou eventos relevantes.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |