Futuros de Wall Street operam em alta após mais um recuo de Trump

27/05/2025 • 4 mins de leitura

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Mercados

Na segunda-feira (26), com os mercados dos EUA fechados para o Memorial Day, os mercados globais tiveram um dia de pouca oscilação.

Na manhã de hoje (27), os futuros de ações nos EUA sobem após o presidente Donald Trump afirmar, durante o feriado, que adiaria a imposição de tarifas de 50% sobre a União Europeia.

No domingo (25), Trump anunciou que prorrogaria o prazo para o início da tarifa de 50% sobre o bloco europeu para 9 de julho após um pedido de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. A medida vem na esteira da proposta apresentada por Trump na semana passada de aplicar o imposto de importação a partir de 1º de junho.

As taxas dos Treasuries recuam nesta terça-feira, com os mercados reabrindo após o feriado. A taxa dos Treasuries de 30 anos caiu mais de 6 pontos base, para 4,97%. A taxa dos papéis de 10 anos recuou 4 p.b., para 4,46%. Já a taxa de 2 anos registrou queda para 3,98%.

Os movimentos do mercado de títulos nesta terça-feira ocorrem após dias de forte volatilidade na véspera do Memorial Day. Na semana passada, os mercados globais de títulos enfrentaram uma piora nas preocupações fiscais, após a Moody’s rebaixar a nota de crédito dos EUA e crescentes incertezas sobre o orçamento de Trump.

O dólar se recupera frente às demais moedas, com o DXY subindo 0,50%, para 99,40. Os preços do ouro recuam, com o ouro à vista caindo 1,20%, para US$ 3.304,34 a onça.

Os preços do petróleo registram pouca variação nesta terça. Os futuros do Brent avançam 27 centavos, ou 0,40%, para US$ 65,01 por barril.

Os mercados da Ásia-Pacífico operaram de forma mista nesta terça-feira, enquanto as bolsas europeias apresentam leve alta.

Ontem, por aqui o Ibovespa fechou em alta de 0,23%, aos 138.136 pontos, acumulando ganhos de 14,84% em 2025. O dólar comercial fechou em alta de 0,48%, valendo R$ 5,6740, em queda de 8,19% no ano, enquanto os juros ficaram praticamente estáveis.

Economia

Brasil: No acumulado até abril, o déficit em transações correntes aumentou de US$ 14,1 bilhões em 2024 para US$ 21,4 bilhões em 2025, refletindo uma balança comercial mais fraca no início do ano. Por outro lado, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 27,3 bilhões no mesmo período, levemente abaixo dos US$ 28,5 bilhões registrados no ano anterior. Em 12 meses, o IDP voltou a superar o déficit em conta corrente, com US$ 69,8 bilhões (3,29% do PIB) ante um déficit de US$ 68,5 bilhões (3,22% do PIB), mantendo as curvas próximas e com possibilidade de nova inversão nos próximos meses.

Os dados mais recentes trazem surpresas positivas tanto na conta corrente quanto nos investimentos diretos. O resultado melhor do que o esperado na conta corrente se deve, principalmente, à menor remessa de rendas e ao avanço das exportações com o início dos embarques da safra, embora as importações sigam elevadas mesmo com a desvalorização cambial — indicando uma demanda aquecida.

Na conta financeira, o diferencial elevado de juros tem estimulado a entrada de capital estrangeiro. Em abril, houve entrada de US$ 1,9 bilhão de recursos para investimentos em renda fixa no mercado local. Essa entrada foi a maior observada esse ano — no entanto, o saldo acumulado de investimentos em renda fixa está negativo em US$ 1,2 bilhão. Na renda variável, houve saída de US$ 1,4 bilhão em abril, mas o saldo acumulado no ano é positivo em US$ 308 milhões.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

Indicadores de hoje

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Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236

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