Mercados operam em compasso de espera por negociações comerciais

21/07/2025 • 4 mins de leitura

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Mercados

Os mercados globais iniciaram a semana em compasso de espera. Investidores observam atentamente as negociações em torno das tarifas e atentos os balanços das gigantes da tecnologia.

No domingo (20), o Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, estabeleceu o dia 1º de agosto como “prazo firme” para o início da cobrança de tarifas entre países — embora tenha destacado que “nada impede que continuem conversando conosco após essa data”.

Na sexta-feira (18), o diretor do Federal Reserve, Chris Waller, declarou apoio a um corte de juros na reunião de julho, argumentando que os efeitos das tarifas devem ser modestos sobre a inflação. Ele acrescentou que os dados econômicos “não indicam um mercado de trabalho privado super saudável” e sugeriu que o Fed deveria “se antecipar” a uma possível desaceleração nas contratações.

Os contratos futuros dos Fed Funds embutem 47 pontos base de corte até o final do ano, apontando para duas reduções de 25 p.b. como cenário mais provável, com a primeira ocorrendo em setembro.

As taxas dos Treasuries norte-americanas recuaram: a de 10 anos caiu quatro p.b., para 4,38%; a de dois anos está em 3,85%; e a nota de 30 anos negocia a 4,95%.

O índice do dólar (DXY) registrou queda de 0,25% na sexta, aos 98,25 pontos, mas teve um ganho semanal de 0,40%.

O ouro à vista manteve-se praticamente estável nesta segunda-feira (21), cotado a US$ 3.352,19 por onça.

Entre as criptomoedas, o Bitcoin avançou 0,21%, negociado a US$ 118.368,56 — abaixo do recorde de US$ 123.153 registrado na semana passada. Já o Ether subiu 18% na última semana, acumulando ganhos de 43,60% em duas semanas — seu melhor desempenho quinzenal desde agosto de 2021.

O petróleo também apresentou pouca variação com Brent estável em US$ 69,27 por barril.

Na Ásia-Pacífico, os mercados encerraram majoritariamente em alta nesta segunda-feira após o Banco do Povo da China manter inalteradas suas taxas de empréstimo de um e cinco anos.

Na Europa, as bolsas iniciaram o dia em alta comedida, acompanhando os futuros de ações dos Estados Unidos.

O Ibovespa encerrou a sexta-feira com forte queda de 1,61%, aos 132.382 pontos. A sessão foi marcada pelas tensões comerciais com os Estados Unidos. O dólar fechou em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,5874.

Os próximos dias serão cruciais para entender a extensão econômica do impacto e suas consequências nos preços dos ativos brasileiros.

A Monte Bravo vai aguardar os dobramentos até o dia 1º de agosto para reavaliar o cenário. Caso as tarifas permaneçam no nível de 50%, teremos uma economia com câmbio mais depreciado e um nível mais elevado de risco o que exigirá ajustes no cenário base.

Economia

Japão: O iene japonês se fortaleceu frente ao dólar nesta segunda-feira, após os investidores digerirem a derrota histórica do partido governista nas eleições para a câmara alta, realizadas em 20 de julho. A moeda — tradicionalmente vista como porto seguro em tempos de turbulência — vinha em queda há duas semanas, reflexo de pesquisas que indicavam a perda da maioria parlamentar pelo governo.

China: O Banco do Povo da China manteve inalteradas suas principais taxas de empréstimo nesta segunda-feira, em meio a sinais de desaceleração econômica e confiança do consumidor ainda frágil. A taxa de um ano foi mantida em 3,00%, enquanto a de cinco anos permaneceu em 3,50%.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (18/07/2025):

  • IPCA/2025 caiu de 5,17% para 5,10%, enquanto o IPCA/2026 caiu de 4,50% para 4,45%;
  • PIB/2025 ficou estável em 2,23%, enquanto o PIB/2026 caiu 1,89% para 1,88%;
  • Dólar/2025 ficou estável em R$ 5,65, enquanto o Dólar/2026 ficou estável em R$ 5,70;
  • Selic/25 ficou estável em 15,00% a.a., enquanto a Selic/2026 ficou estável em 12,50% a.a.;
  • Primário/25 melhorou de -0,56% para -0,55%, enquanto Primário/26 piorou de -0,65% para -0,66%.

Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236

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