Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Os futuros de ações dos EUA estão recuando nesta quarta-feira (21) devido à preocupação com a alta nas taxas dos Treasuries, enquanto investidores acompanham o andamento do novo projeto de orçamento dos Estados Unidos.
Os mercados seguem atentos às discussões em torno do projeto orçamentário de Trump, já que alguns republicanos afirmaram que não apoiarão a proposta sem maiores deduções para impostos estaduais e locais. Segundo analistas apartidários, o projeto pode elevar a dívida do governo norte-americano entre US$ 3 e US$ 5 trilhões.
Os mercados agora apostam que o Fed retomará os cortes de juros em outubro, com expectativa de cerca de 54 pontos base de redução até o fim de 2025.
As taxas dos Treasuries sobem nesta quarta, diante do temor de que um novo pacote tributário possa agravar o déficit fiscal dos EUA. A taxa do título de 30 anos avançou mais de 6 p.b., para 5,03%. A taxa do papel de 10 anos subiu para 4,53%, o título de 2 anos atingiu 3,99%.
O aumento da dívida fiscal, as tensões comerciais e a confiança enfraquecida têm pressionado os ativos norte-americanos. O índice do dólar (DXY) recua 0,50%, para 99,7 pontos.
Os preços do ouro sobem em meio à incerteza fiscal nos EUA, com ouro à vista avançando 0,20%, para US$ 3.293,98 por onça.
Os preços do petróleo saltaram mais de 1% nesta manhã após relatos de que Israel estaria se preparando para atacar instalações nucleares iranianas,. Os contratos futuros do Brent para julho subiram 1,32%, para US$ 66,24 por barril, enquanto o WTI avançou 1,45%, para US$ 62,93.
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta nesta quarta. O índice Nikkei 225 do Japão recuou 0,61%, o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,62% e o CSI 300 da China continental avançou 0,47%.
Ontem (20), por aqui o Ibovespa fechou em alta de 0,34%, aos 140.109 pontos, em nova máxima histórica de fechamento. O dólar fechou cotado a R$ 5,6690, em alta de 0,26%. Os juros futuros encerraram a terça em alta, com o risco fiscal no radar e em linha com o avanço dos Treasuries.
EUA: Musalem avalia possíveis trajetórias da inflação nos EUA.
Alberto Musalem, presidente do Fed St. Louis, alertou que as tarifas comerciais tendem a pesar sobre a economia, com potencial para enfraquecer o mercado de trabalho.
Segundo ele, dois cenários seguem igualmente plausíveis. No primeiro, os impactos inflacionários das tarifas seriam transitórios, permitindo que a inflação prossiga sua trajetória de queda em direção à meta de 2%, especialmente se houver avanços nas negociações comerciais e uma eventual desescalada tarifária. Nesse contexto, a economia poderia manter um desempenho próximo ao anteriormente projetado.
No entanto, se os efeitos das tarifas forem mais duradouros, o desafio para o Fed será maior. Musalem ponderou que, caso a alta inflacionária se revele temporária, o banco central poderia considerar algum alívio monetário para sustentar o mercado de trabalho — embora essa resposta, admitiu, também carregue riscos próprios.
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Não divulgação de indicadores relevantes.
Não houve divulgação de indicadores relevantes.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |