Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
???? Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique…
📄 Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui.
Os mercados aguardam hoje (20), às 15h, a divulgação da ata da última reunião do Fed, realizada em julho, quando o comitê manteve inalterada a taxa de juros, mas os diretores Christopher Waller e Michelle Bowman divergiram da decisão.
Na próxima sexta-feira (22), o presidente do Fed Jerome Powell fala sobre política monetária no evento de Jackson Hole do Fed.
O Fed tem como mandato manter a inflação baixa e estável, ao mesmo tempo em que busca o pleno emprego. Atualmente, o mercado de trabalho está próximo do pleno emprego, embora alguns sinais de enfraquecimento comecem a surgir. A inflação caminhava para a meta de 2,00%, mas recentemente, com as tarifas, subiu para algo em torno de 3,00%.
Alguns dirigentes do Fed acreditam que as tarifas impostas por Trump estão apenas elevando temporariamente os preços e defendem uma flexibilização imediata para evitar deterioração adicional no mercado de trabalho. Outros membros preferem aguardar sinais mais claros de queda da inflação antes de promover cortes.
Jerome Powell tem se alinhado ao grupo mais conservador e, por isso, tem sido alvo frequente de críticas do presidente Donald Trump, que exige cortes na taxa de juros, daí o interesse por sinais de mudança na sua postura.
Os contratos futuros de juros indicam uma probabilidade de quase 85% de que o banco central americano reduza a taxa básica na reunião de setembro.
As taxas dos Treasuries permanecem estáveis nesta quarta-feira. Os juros do Treasury de 10 anos estão em 4,30%, enquanto o título de 2 anos registra leve variação, a 3,76%.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, opera estável em 98,30 pontos.
O ouro recua e atinge o menor nível em quase três semanas, pressionado pela valorização do dólar. O preço do ouro à vista cede 0,1%, cotado a US$ 3.313,51 por onça.
O petróleo avança diante da retomada de preocupações com a oferta. O Brent sobe 0,2%, negociado a US$ 65,93 por barril.
Os mercados asiáticos encerraram o pregão de quarta majoritariamente em queda, acompanhando as perdas de Wall Street na véspera. Investidores também digeriram os dados comerciais do Japão e a decisão sobre a taxa preferencial de empréstimos na China.
Na Europa, as bolsas abriram em baixa, refletindo a cautela global. O índice pan-europeu STOXX recua 0,3%.Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500 operam com leve queda nesta manhã de quarta.
Ontem (19), por aqui o Ibovespa encerrou em queda de 2,10%, aos 134.432 pontos. O índice foi fortemente afetado pelas perdas dos papéis do setor financeiro diante da expectativa de que possa haver uma escalada no embate entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo americano. O cenário levou a uma piora no sentimento para os ativos brasileiros, elevando o prêmio de risco.
O dólar comercial encerrou em forte alta de 1,19%, a R$ 5,499, nesta terça-feira. Ao mesmo tempo, os juros futuros dispararam ao longo de toda a curva.
EUA: As novas construções de moradias subiram 5,2% na margem em julho, alcançando 1,428 milhão de unidades anualizadas e ajustadas sazonalmente, contrariando expectativas de queda. O dado de junho foi revisado para cima, para 1,358 milhão. O avanço foi puxado tanto pelos projetos multifamiliares quanto pelos unifamiliares.
Por outro lado, os pedidos de alvarás de construção recuaram 2,8% na margem em julho, para 1,354 milhão, resultado pior do que o esperado. Os alvarás multifamiliares caíram 8,2%, ao passo que os unifamiliares tiveram leve alta de 0,5%.
China: O Banco Central chinês (PBoC) decidiu manter inalteradas as taxas de referência nesta quarta-feira. A taxa de empréstimo de um ano (LPR) permaneceu em 3,0% ao ano e a de cinco anos seguiu em 3,5% a.a.
Zona do euro: O CPI registrou alta anual de 2% em julho, repetindo o resultado de junho, de acordo com dados revisados pela Eurostat. O número confirmou a leitura preliminar e ficou em linha com as projeções de mercado. Na comparação com o mês anterior, o índice geral se manteve estável.O núcleo da inflação, que exclui itens mais voláteis como energia e alimentos, avançou 2,3% em julho na comparação anual, também sem alteração frente a junho e dentro das expectativas. Na margem mensal, o núcleo recuou 0,2%.
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |