Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Os mercados globais iniciaram essa terça-feira (20) com um tom mais otimista, que reflete a decisão do Banco Central Chinês de cortar sua taxa de juros em 10 pontos base. O movimento faz parte da tentativa de suavizar possíveis impactos econômicos das incertezas geradas pela Guerra Comercial.
As bolsas na Ásia fecharam com ganhos, enquanto as bolsas na Europa estão operando majoritariamente em alta na manhã de hoje. O cenário mais positivo não está se refletindo nos índices americanos, onde os futuros de operam em queda e apontando para uma abertura negativa. É importante lembrar, no entanto, que as bolsas americanas vem de um forte rally e estão a apenas 3% da máxima histórica atingida no começo do ano e, sem grandes novidades no front de negociações e com os receios sobre a condução da política fiscal, podemos entrar no modo “esperar para ver”.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram em relação às máximas registradas na tarde do dia 18. Ainda assim, as permanecem elevadas após a aprovação do Orçamento ampliando os déficits e do rebaixamento da nota de crédito pela Moody’s.
Após a taxa de juros dos títulos do Tesouro de 30 anos atingir uma máxima em torno de 5,03%, níveis não vistos desde novembro de 2023. Nesta manhã as taxas operam em leve queda nos vértices intermediários com a de 2 anos negociando em 3,93% e os vértices mais longos sobem com a de 10 anos negociando em 4,45%.
No front geopolítico, o presidente dos EUA, Donald Trump, conversou na tarde de ontem (19) com os presidentes da Rússia e da Ucrânia, que devem voltar a negociar um cessar-fogo.
Com a volta das negociações entre Rússia e Ucrânia, dados mais fracos de demanda e possíveis evoluções nas tratativas entre EUA e Irã, o petróleo opera em ligeira queda na manhã de hoje.
O dólar cai 0,12%, com o DXY de volta a 100,31 pontos. Os preços do ouro avançam impulsionados pela queda do dólar e por tensões comerciais após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, reafirmar as ameaças tarifárias de Trump. O ouro à vista subiu 0,27%, cotado a US$ 3.238 por onça.
O Ibovespa fechou em alta de 0,32% ontem, aos 139.636,40 pontos e renovando a máxima histórica de fechamento. O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,25%, aos R$ 5,63.
Brasil: O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participou de um evento da Goldman Sachs e passou uma mensagem dovish (suave) ao mercado. Ele reforçou a percepção de que o ciclo de alta terminou com a Selic em 14,75% ao ano e ratificou que o Banco Central projeta uma desaceleração da atividade, o que deve contribuir para o processo de desinflação, enquanto os juros seguirão apertados até que a projeção aponte a convergência para a meta.
Brasil: O IBC-Br apresentou alta mensal de 0,80% em março, o dobro do projetado pelo consenso de mercado (0,40%). Além disso, o número anterior foi revisado para cima. Com três meses fortes, o primeiro trimestre encerrou com expansão de 3,70% em relação ao 1º trimestre de 2024 e de 1,30% frente ao 4º trimestre. No acumulado em 12 meses, a alta foi de 4,20%.
China: O Banco Central da China cortou as taxas de empréstimo primárias de um e cinco anos, que foram reduzidas em 10 p.b. cada — para 3,00% e 3,50%, respectivamente —, em linha com o esperado pelos mercado.
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Não divulgação de indicadores relevantes.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |