Trégua nas tarifas aumenta apetite por risco, mas incertezas ainda persistem

16/05/2025 • 3 mins de leitura

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Mercados

Perspectiva de acordo entre EUA e China anima mercados, mas incertezas sobre inflação, juros e crescimento persistem.

As ações nos EUA registraram forte recuperação desde a trégua de 90 dias entre EUA e China. Na semana, o S&P 500 acumula alta de 4,50%, enquanto o Nasdaq Composite avançou mais de 6,00%.

No entanto, apesar da trégua ter melhorado o sentimento, várias empresas vêm alertando sobre custos crescentes e um cenário nebuloso à frente. O Walmart afirmou que, provavelmente, terá de aumentar os preços de alguns produtos no fim de maio devido às tarifas.

As bolsas foram impulsionadas na quinta-feira (15) por dados mais brandos de inflação no atacado e atividade (veja ao lado). O PPI mostrou os preços ao produtor caindo 0,50% em abril. As vendas no varejo também vieram abaixo do esperado, subindo apenas 0,10% no mês passado.

Com os dados de ontem, os mercados agora embutem 0,59 ponto percentual em cortes de juros pelo Fed até dezembro. Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA recuam nesta sexta-feira (16), com a taxa da Treasury de 10 anos em 4,40% e o título de 2 em 3,94%.

Hoje, o índice do dólar (DXY), que mede a moeda americana frente a uma cesta de divisas, recua 0,20%, para 100,70 pontos.

O ouro à vista recua 0,90%, para US$ 3.210,00 por onça.

Os preços do petróleo estão estáveis nesta sexta. Os contratos futuros do Brent sobem US$ 0,09, negociados a US$ 64,62 o barril.

Os mercados da Ásia tiveram desempenho misto hoje. Os mercados europeus abriram em alta, enquanto os futuros nos EUA operam levemente positivos.

Ontem, por aqui o dólar acentuou o ritmo de alta com o aumento da percepção de risco fiscal,após relatos de que o governo estuda a adoção de um pacote de medidas populistas para alavancar a popularidade.

Apesar das negativas de autoridades, o desconforto com o quadro fiscal continuou. O dólar à vista fechou em alta de 0,82%, cotado a R$ 5,6788.

O Ibovespa fechou em alta de 0,66%, aos 139.334 pontos, estabelecendo novo recorde.

Economia

Brasil Varejo cresce na margem em março: Em março, a receita real do comércio varejista restrito recuou 1,00% na taxa anual, enquanto o varejo ampliado registrou queda interanual de 1,20%. No entanto, ajustado pelos fatores sazonais, o comércio avançou 0,80% entre fevereiro e março sob a ótica restrita e 1,90% sob a ótica ampliada.

EUA – PPI surpreende com queda em abril: O índice de preços ao produtor caiu 0,50%, enquanto o núcleo recuou 0,40%. A queda foi puxada por alimentos, energia e serviços.

EUA – Varejo recua: As vendas do grupo de controle caíram 0,20% em abril, refletindo queda em lojas de esportes e saúde.

EUA – Produção industrial estável em abril: A indústria ficou estável em abril, com recuo na manufatura e na mineração compensado por alta nos serviços públicos. Tarifas e incerteza comercial pressionam investimentos e atividade industrial.

EUA – Bostic prevê apenas um corte em 2025 e descarta recessão: O presidente do Fed de Atlanta espera que a economia dos EUA desacelere este ano, mas não entre em recessão.

Raphael Bostic prevê um crescimento econômico de 0,50% a 1,00% em 2025, citando incertezas e preocupações com o cenário, além da instabilidade da política comercial. Ele projeta um corte de juros em 2025, afirmando que a incerteza não deve se dissipar rapidamente e que as tarifas podem pressionar a inflação para cima.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

Indicadores de hoje

Indicadores do dia anterior

Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236

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