Reunião de autoridades de EUA e China gera otimismo nos mercados enquanto investidores aguardam decisão do Fed

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Mercados

Os mercados de risco operam em alta nesta quarta-feira (07). O movimento acontece após a notícia de que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o principal negociador comercial, Jamieson Greer, se reunirão com autoridades chinesas nesta semana na Suíça.

A decisão de política monetária do Federal Reserve está prevista para as 15h de hoje. A reunião ocorre após o ex-presidente Donald Trump criticar repetidamente o presidente do Fed, Jerome Powell, e pressiona-lo a cortar as taxas, chegando a ameaçar sua demissão. Mais tarde, Trump recuou e disse que “não tinha intenção” de demitir Powell.

Os mercados também acompanharão atentamente o discurso de Powell após a decisão, buscando sinais sobre os próximos passos em relação às taxas de juros e pistas sobre o estado da economia norte-americana.

As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA operam em leve alta nesta quarta, com a taxa dos títulos de 10 anos subindo para 4,34%. A taxa dos papéis de 2 anos está em 3,83%.

O dólar caiu de forma generalizada ontem (06), enquanto o euro estendeu os ganhos após o parlamento alemão eleger o líder conservador Friedrich Merz como chanceler. O índice do dólar (DXY) está em 99,30 nesta manhã.

Os preços do ouro recuaram hoje, refletindo o otimismo em torno das possíveis negociações comerciais entre EUA e China — o que reduziu a demanda por ativos considerados seguros. O ouro à vista caiu 1,20%, para US$ 3.388,67 por onça.

Os preços do petróleo subiram nesta quarta, diante de sinais de queda na produção dos EUA e maior demanda na Europa e na China, com compradores voltando ao mercado após as cotações atingirem mínimas no início da semana. Os contratos futuros do Brent avançaram US$ 0,37 por barril, ou 0,60%, para US$ 62,52.

As ações asiáticas subiram em sua maioria após o banco central da China e os reguladores financeiros anunciarem um pacote abrangente de cortes nas principais taxas de juros. O movimento é uma tentativa de sustentar o crescimento frente às incertezas comerciais.

Os mercados europeus operam em queda hoje, enquanto os futuros das bolsas norte-americanas apontam para alta.

Ontem, por aqui o Ibovespa encerrou estável, em leve alta de 0,02%, a 133.516 pontos. O dólar fechou em alta, cotado a R$ 5,71.

Economia

China: O Banco Central da China (PBOC) reduzirá a taxa da recompra reversa de 7 dias (operações de mercado aberto) em 10 pontos base, de 1,5% para 1,4% a.a., a partir de 8 de maio. Isso deve levar a uma queda de 10 p.b. na taxa preferencial de empréstimo (LPR). Além disso, o PBOC implementará um corte de 50 pb no compulsório, a partir de 15 de maio, fornecendo cerca de 1 bilião de RMB de liquidez a longo prazo ao sistema bancário.

O PBOC também lançará um mecanismo de empréstimo no total de 1,1 trilhão de yuans — sendo 500 bilhões de yuans para apoiar o consumo de serviços e o cuidado com idosos. Além disso, o BC chinês expandirá as cotas de empréstimo direcionadas em 300 bilhões de yuans para inovação tecnológica e 300 bilhões de yuans para o setor agrícola e pequenas e microempresas.

Esse conjunto de medidas era esperado, mas surpreenderam pelo momento e a intensidade das medidas fiscais, apesar do corte de juros ter sido modesto. Na entrevista de anúncio, o presidente do PBOC indicou que há espaço para novas medidas.

Esse anúncio antecede as negociações entre os EUA e a China, que deverão ocorrer essa semana na Suiça com a presença do secretário do Tesouro Americano, Scott Bessent, e o vice-premiê chinês, He Lifeng.

EUA: O índice de serviços do ISM subiu 0,8 ponto, para 51,6 pontos, acima das expectativas. A composição do relatório foi de moderada a positiva: a atividade de negócios recuou, mas os subíndices de novos pedidos e de emprego avançaram. O indicador de preços pagos aumentou. O comunicado de abril mencionou tarifas 13 vezes — o mesmo número de março e mais do que as 5 menções em janeiro. Participantes do setor destacaram que as tarifas prejudicam especialmente os pequenos negócios que dependem de fornecedores chineses e criticaram a falta de consistência na política tarifária dos EUA.

EUA: O PMI de serviços foi revisado para baixo em 0,6 ponto, fechando abril em 50,8 pontos na leitura final. Os componentes de novos negócios e de emprego também foram revistos para baixo, em 0,8 ponto (para 50,8) e 0,7 ponto (para 50,3), respectivamente.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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