Trump ameaça realizar demissões em caso de paralisação do governo

29/09/2025 • 4 mins de leitura

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Mercados

O presidente Donald Trump ameaçou demissões em massa caso o governo federal seja paralisado nesta semana. “Vamos cortar muitas das pessoas (…) de forma permanente”, afirmou. O alerta, formalizado por meio de um memorando do Escritório de Orçamento e Gestão (OMB), representa uma escalada na pressão sobre o Congresso para evitar a paralisação.

Ainda assim, a menos de três dias do prazo final para aprovação do orçamento, parlamentares seguem distantes de um consenso, o que aumenta a probabilidade de um “shutdown. Sem a aprovação da lei orçamentária, parte do governo será fechada na quarta-feira (01), primeiro dia do ano fiscal.

No front econômico, as atenções se voltam para o relatório de empregos não agrícolas de setembro. O Departamento de Estatísticas do Trabalho divulgará os dados na sexta-feira (03). A expectativa é de criação de 59 mil vagas, com a taxa de desemprego estável em 4,30%.

Os mercados embutem atualmente um corte de 40 pontos base nos juros do Fed até dezembro e um total de 110 pontos-base até o fim de 2026 — cerca de 25 pontos a menos do que o estimado em meados de setembro.

As taxas dos Treasuries recuam nesta segunda-feira (29). A taxa de 10 anos cai para 4,14%, enquanto o título de 2 anos está em 3,63%. A taxa do Treasury de 30 anos recua mais de 5 pontos base, para 4,71%.

O dólar recua nesta segunda, em meio à crescente preocupação com uma possível paralisação do governo. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, recua 0,2%, para 98,0 pontos, após ter subido 0,50% na semana passada.

O ouro avança para uma máxima histórica nesta hoje, com o ouro à vista subindo 0,80% e cotado a US$ 3.789,39 por onça-troy.

Os preços do petróleo recuam diante dos planos da Opep+ de aumentar a produção em novembro, ampliando a oferta global. O Brent recua US$ 0,63, ou 0,90%, para US$ 69,50 por barril.

Os mercados asiáticos encerraram o dia em alta, com exceção do Japão, onde o Nikkei 225 caiu 0,69%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,89%, enquanto o CSI 300 da China continental avançou 1,54%.

As bolsas europeias operam em alta nesta segunda, com o índice pan-europeu STOXX 600 avançando 0,30%. Os futuros de ações nos Estados Unidos operam próximos da estabilidade.

Na sexta-feira (26), o Ibovespa encerrou o dia com leve alta de 0,10%, aos 145.466 pontos. O dólar caiu 0,47%, cotado a R$ 5,33, enquanto as taxas futuras de juros recuaram ao longo de toda a curva.

Economia

Brasil: IGP-M sobe 0,42% em setembro e acumula 2,82% na taxa anual.

Brasil: Balanço de pagamentos tem saldo em Conta Corrente (CC) de US$ 4,7 bilhões. O saldo acumulado em 2025 revela uma grande deterioração, de US$ 36,7 bilhões em agosto de 2024 para US$ 46,8 bilhões em 2025. Em 12 meses, o déficit em CC chega à marca de US$ 76,2 bilhões (3,51% do PIB), acima do Investimento Direto, que registra US$ 69,0 bilhões (3,18% do PIB).

EUA: o PCE, índice de preços do consumo das famílias, registrou alta de 0,3% em agosto, ante 0,2% em julho. Assim, a inflação subiu para 2,7%, ante 2,6% no mês anterior. O core PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve leve desaceleração, passando de 0,24% em julho para 0,23% em agosto, e se manteve em 2,9% na taxa anual.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (26/09/2025):

  • IPCA/2025 caiu de 4,83% para 4,81%, enquanto o IPCA/2026 caiu de 4,29% para 4,28%;
  • PIB/2025 ficou estável em 2,16%, enquanto o PIB/2026 ficou estável em 1,80%;
  • Dólar/2025 ficou caiu de R$ 5,50 para R$ 5,48, enquanto o Dólar/2026 caiu de R$ 5,60 para R$ 5,58;
  • Selic/25 ficou estável em 15,00% a.a., enquanto a Selic/2026 ficou estável em 12,25% a.a.;
  • Primário/25 ficou estável em -0,51%, enquanto Primário/26 ficou estável em -0,60%.

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Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236

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