Investimentos
21/02/2020 • 8 mins de leitura
Renda Fixa: entenda como funciona esse tipo de investimento
Investir o dinheiro que se tem guardado é uma das…
Fee based, fee-only, fee fixo, taxa fixa. Todas essas expressões representam um novo paradigma para o mercado de investimentos no Brasil.
Esses modelos de remuneração, baseados em ativos sob gestão ou em horas de consultoria com profissionais do segmento, não são exatamente uma novidade: nos Estados Unidos, eles já existem desde os anos 1960; na Europa, já são obrigatórios por lei em alguns mercados.
O modelo de remuneração baseado em ativos (fee based) tende a ganhar força no Brasil com a evolução da regulamentação. Em novembro de 2024, a CVM passou a exigir a divulgação detalhada da remuneração por serviços de investimento.
Agora, assessores de investimentos deverão, obrigatoriamente, divulgar as comissões, rebates e outras taxas que recebem pela comercialização de produtos financeiros, além de sinalizar possíveis conflitos de interesse na oferta desses produtos.
Nesse contexto, o modelo fee based deve ganhar popularidade. Entenda a seguir:
O fee based é um modelo de remuneração do serviço de assessoria de investimentos. Ele consiste na cobrança de uma taxa percentual recorrente sobre o patrimônio investido.
A taxa é acordada entre assessor e cliente no momento da contratação do serviço, com condições que variam a depender de cada instituição. O valor geralmente fica entre 0,4% e 1% ao ano.
Nesse modelo, as comissões dos produtos financeiros e os rebates (cashback) são devolvidos ao cliente.
O modelo fee based costuma fazer mais sentido para o investidor que necessita de uma gestão mais estratégica de sua carteira, com acompanhamento próximo e mais movimentações.
Leia mais:
>> Monte Bravo aposta em fee based na nova era da assessoria; entenda
>> Valor Econômico: Modelo de taxa fixa em assessorias ganha mais adeptos
A principal diferença entre o fee based e o modelo de comissionamento é que, nesse último, a remuneração do assessor é indireta.
O profissional recebe comissões pela venda de produtos financeiros, parte das taxas de administração de fundos e um percentual da corretagem paga pelo investidor.
O modelo de comissionamento costuma fazer sentido para quem realiza movimentações pontuais em sua carteira de investimentos.
Em resumo:
Fee based | Comissionado |
>> Taxa acordada entre cliente e assessor. Comissões dos produtos são devolvidas ao cliente. >> Interessante para quem busca gestão ativa, com mais movimentações na carteira. | >> Remuneração indireta: assessor recebe uma parte da corretagem, taxas de administração de fundos, taxas da renda fixa, entre outras. >> Interessante para quem faz menos movimentações na carteira de investimentos. |
Outra diferença importante é a respeito do controle que o investidor deseja exercer sobre as movimentações em sua carteira.
Uma pesquisa divulgada nos Estados Unidos em 2019 diz que clientes que delegam seus investimentos a assessores preferem o modelo fee based. Já os mais atuantes preferem o modelo comissionado.
A resolução 179 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é a norma mais recente a tratar da remuneração de assessores de investimento no Brasil.
Ela está em vigor desde 2023, com alguns dispositivos que passaram a ser obrigatórios a partir de 1º de novembro de 2024.
Um deles é a divulgação transparente das taxas e comissões recebidas por assessores na oferta de produtos financeiros. Essas informações precisam ficar disponíveis para consulta na internet.
Além disso, assessores devem enviar para seus clientes um extrato trimestral e sinalizar possíveis conflitos de interesse na oferta de produtos. É necessário detalhar o que foi recebido em termos de:
O objetivo das novas regras é aumentar a transparência na relação entre clientes e assessores.
Elas são válidas para ações, FIIs e outros fundos de investimento, além de títulos de renda fixa como CRIs, CRAs e debêntures. No futuro, a ideia é que a regulamentação se estenda também a ativos bancários, como CDB, LCI e LCA.
Na Monte Bravo, trabalhamos com os dois modelos de remuneração há algum tempo. É possível escolher o formato mais adequado para cada necessidade, sempre considerando o perfil do investidor, objetivos de investimento, momento de vida e tamanho do patrimônio.
Hoje, 30% dos nossos clientes estão no modelo fee based – e esse percentual tende a crescer ainda mais, como mencionou o nosso co-CEO Filipe Portella em uma entrevista ao jornal Valor Econômico.
Está em dúvida sobre qual é o melhor modelo para o seu caso? A Monte Bravo pode ajudar você. Converse com seu assessor para avaliar o seu caso.
Ainda não é cliente? Abra sua conta e tenha acesso a uma estrutura completa de soluções para você, sua família e seus negócios.