Bolsa brasileira: inflação mais fraca anima mercado

29/04/2024 às 12:48

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A Bolsa brasileira teve, na última sexta-feira (26), um alívio, fechando com alta considerável, após dados macroeconômicos do Brasil e dos EUA sinalizarem que as atividades econômicas dos dois países estão, aparentemente, desacelerando.

A Bolsa brasileira teve, na última sexta-feira (26), um alívio, fechando com alta considerável, após dados macroeconômicos do Brasil e dos EUA sinalizarem que as atividades econômicas dos dois países estão, aparentemente, desacelerando. Com os juros sendo o grande detrator da performance do Ibovespa em 2024, as perspectivas de que o Banco Central (BC) ou o Federal Reserve (Fed) possam ser mais brandos em suas decisões monetárias ajudam a empurrar os ativos de risco. 

Por conta da alta dos juros, small caps, companhias ligadas ao ciclo econômico e as empresas mais alavancadas são as que mais sofrem até agora no ano. As cinco maiores quedas ficam para o Grupo Casas Bahia (BHIA3), a MRV (MRVE3), a CVC (CVCB3), Azul (AZUL4), e Cogna (COGN3). Do outro lado, quem ajuda a evitar uma queda maior são as exportadoras de commodities.

O fato de o IPCA-15 ter vindo aquém do esperado na sexta passada – com alta de 0,21%, frente a 0,29% do consenso, e desacelerando na base mensal –  ajuda a visão de que o BC pode, na sua reunião de maio, que acontece na próxima semana, realizar outro corte de 50 pontos. 

Nos Estados Unidos, também na sexta, o PCE (índice de preços de gastos com consumo, medida de inflação preferida do Fed) de março ficou dentro do esperado.  Com isso, segundo monitoramento do CME Group, a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar os juros nos Estados Unidos até setembro cresceu um pouco. No monitoramento do CME Group, esta chance avançava a 61,4%, com 38,6% de possibilidade de manutenção.

Cenário ainda incerto

De forma geral, apesar do otimismo, a visão de especialistas é de que, por enquanto, tudo ainda está muito incerto. 

O que acontece nos Estados Unidos acaba tendo bastante peso na Bolsa brasileira. Juros mais altos por lá tendem a gerar fluxo de saída de capital de emergentes, com investidores preferindo manter seu dinheiro na renda fixa americana. Fora isso, as taxas brasileiras acabam subindo, com a perspectiva de que o Banco Central terá de ser mais duro para manter as taxas atrativas por aqui. 

Bruno Benassi, analista da Monte Bravo, aponta que a manutenção dos juros altos por mais tempo tem sido um “balde de água fria” na Bolsa brasileira. 

“Empresas que são um pouco mais alavancadas ou que dependem bastante do ciclo doméstico vêm sendo os principais recursos do Ibovespa. Quando se olha as small caps, a queda é maior ainda. A melhora do cenário macro, ou ao menos uma estabilização, pode permitir que essas empresas possam voltar a ter uma performance mais positiva. Já o fluxo de dinheiro internacional deve voltar a partir do momento em que tivemos uma certeza de quando começam os cortes do Fed”, diz Benassi. 

Confira a reportagem na íntegra no portal InfoMoney.

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