Com cessar-fogo no Oriente Médio, foco do mercado volta para a economia

30/06/2025 • < 1 min de leitura
  • Em depoimento ao Congresso, Jerome Powell falou sobre trajetória da inflação juros;
  • No Brasil, o IPCA-15 de junho surpreendeu positivamente o mercado;
  • Apesar do risco fiscal e eleitoral, real e ativos brasileiros se beneficiam do cenário global.

Os mercados globais encerraram a semana em alta após o presidente Trump intermediar um cessar-fogo entre Israel e Irã. Isso foi suficiente para que os mercados relegassem os riscos geopolíticos ao segundo plano e voltassem o foco para a trajetória das taxas de juros nos Estados Unidos.

Nos EUA, a inflação contida até o momento reflete, sobretudo, um ajuste lento da economia real ao choque tarifário. O Fed, no entanto, parece dividido quanto ao risco predominante: inflação ou perda de dinamismo. No nosso cenário base, a incerteza gerada pela conduta errática de Trump — mais até do que as tarifas em si — deve provocar uma desaceleração nítida da atividade nos próximos meses, abrindo espaço para cortes na taxa dos Fed Funds no final do terceiro trimestre.

No Brasil, a ata do Copom reforçou a intenção do Banco Central de interromper o ciclo de alta dos juros, bem como a estratégia de mantê-los em território restritivo por um período prolongado para assegurar a convergência da inflação.

O país enfrenta um grave desequilíbrio econômico, com uma política fiscal expansionista estimulando uma economia que já opera acima do seu potencial. Esse descompasso se manifesta em três frentes: (i) inflação muito acima da meta; (ii) mercado de trabalho superaquecido, com salários crescendo muito acima da produtividade; e (iii) déficit em transações correntes superior a 3,00% do PIB.

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