Às vésperas de semana decisiva, mercados seguem em compasso de espera - Monte Bravo

Às vésperas de semana decisiva, mercados seguem em compasso de espera

28/10/2024 às 11:19

28

Segunda

Out

2 minutos de leitura
Compartilhar
  • Dados fortes, falas de diretores do Fed e favoritismo de Trump pressionam a curva de juros americana;
  • Na China, autoridades parecem aguardar o resultado das eleições americanas para calcular os próximos passos;
  • Mercados seguem em compasso de espera às vésperas de eleições americanas e decisões de juros no Brasil e nos EUA;
  • No Brasil, o quadro fiscal segue derrubando o preço dos ativos.

Às vésperas de uma semana decisiva no Brasil e no mundo, os mercados devem seguir em compasso de espera.  Além das eleições presidências de 5 de novembro nos EUA, teremos as reuniões do Copom e do Fed nos dias seguintes — 6 e 7 de novembro, respectivamente.

Mas mais importante do que tudo isso será o anúncio do pacote de ajuste fiscal que a Fazenda está elaborando e  que, até lá, deve ser conhecido.

Cenário global

Uma sequência de dados mais fortes na economia e os diretores do Fed reiterando a abordagem gradual se somaram ao aumento do favoritismo de Trump na eleição. Tudo isso empurrou a curva para os níveis mais altos em três meses.

Na China, a despeito do ceticismo do mercado, é provável que as autoridades chinesas estejam esperando o resultado da corrida presidencial nos EUA para definir a abordagem de apoio à economia.

No front geopolítico, conflito no Oriente Médio segue gerando tensão, enquanto se aguarda a o ataque retaliatório de Israel ao Irã.

Cenário doméstico

No Brasil, o risco fiscal segue derrubando os preços dos ativos. Nesta semana, a Secom tratou como improcedentes uma séria de medidas que a Fazenda estaria estudando para conter o crescimento explosivo da dívida pública.

A disputa entre os ministros da Casa Civil e da Fazenda deixa claro que a política econômica levada a cabo no governo de Dilma Roussef segue tendo defensores de peso, o que gera o temor de que os últimos dois anos deste governo repitam a política fiscal populista e irresponsável daquele período.

Nosso cenário base, cuja probabilidade está em 65%, tem um conjunto crível e robusto de medidas de redução de despesas que levem o déficit primário estrutural para perto do equilíbrio em 2026.

Sem um ajuste crível que conte com apoio de todo governo, o dólar vai passar de R$ 6,00, a inflação vai subir, a Selic terá que subir ainda mais e o crescimento vai cair rapidamente.

Artigos Relacionados

  • 04

    Segunda

    Nov

    04/11/2024 às 10:55

    Informe Semanal

    Semana tem agenda cheia no Brasil e no mundo, com eleições americanas no centro das atenções

    Cenário global Nos Estados Unidos, nesta terça-feira (05) os americanos votarão para eleger o seu próximo presidente. As pesquisas indicam um grande equilíbrio e, a despeito de uma pequena vantagem para Trump, não dá para prever o resultado. Na última página, você pode ler um artigo sobre as eleições nos EUA. Apesar do enorme ruído …

    Continue lendo
  • 21

    Segunda

    Out

    21/10/2024 às 11:14

    Informe Semanal

    Proposta de novo tratamento às estatais eleva o risco fiscal

    Cenário global Curva de juros EUA:  A curva de juros parece ter estabilizado com a taxa de 10 anos um pouco acima de 4%, em linha com nosso cenário. Ações EUA: O rali das ações deflagrado pelo corte do Fed continuou, com  S&P500 e Nasdaq subindo 0,9% e 0,8%, respectivamente — ambos próximos aos recordes. …

    Continue lendo
  • 14

    Segunda

    Out

    14/10/2024 às 11:49

    Informe Semanal

    Confiança dos diretores do Fed e quadro fiscal ganham destaque

    Cenário global Ata do Fed: Segundo a ata da reunião, parte dos diretores era favorável a um corte inicial menor, de 25 p.b., tendo em vista a sólida situação da economia e os riscos de reaceleração da inflação por conta de fatores externos e domésticos. Outro grupo, que prevaleceu, se mostrou favorável a um corte …

    Continue lendo

Fechar

Loading...