Dados reforçam expectativa por corte de juros e mercado vive expectativa pela reunião do Fed

• Reunião do Fed, que acontece entre terça e quarta, é o principal evento da semana no mercado;
• Mercado convergiu para o cenário base Monte Bravo e projeta três cortes consecutivos de 25 p.b. nos juros americanos;
• Perspectiva de juros menores impulsiona ativos de risco;
• Por aqui, o dólar terminou a semana no menor patamar desde junho de 2024;
• No cenário político, resta observar a reação dos EUA à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A reunião do Federal Reserve (Fed), nos dias 16 e 17, será o principal foco do mercado. Nos EUA, após os dados do mercado de trabalho mais fracos e diante de uma inflação contida, apesar das tarifas, o mercado convergiu para o cenário base da Monte Bravo, embutindo três cortes de 25 pontos base a partir de setembro e mais um em janeiro, levando a taxa para 3,50% ao ano.

Essa perspectiva, conforme viemos projetando, impulsiona os ativos de risco para suas máximas recentes ou próximo disso. As ações nos Estados Unidos renovaram recordes, enquanto os Treasuries de 10 anos — incorporando a expectativa de cortes sequenciais — recuaram para perto de 4,00%.

Os movimentos dos mercados em 2025 seguem explicados pela queda global do dólar e pela perspectiva de cortes do Fed. Assim, o  dólar comercial terminou a semana vendido a R$ 5,35, o menor valor em mais de um ano, enquanto a Bolsa fechou a 142.272,00 pontos depois de estabelecer novo recorde na semana.

No cenário político, após a condenação de Jair Bolsonaro, resta observar a reação dos Estados Unidos. Até aqui, as sanções são uma forma de pressão política, com impacto limitado sobre a economia brasileira.