Primeira superquarta de 2025 concentra as atenções do mercado - Monte Bravo

Primeira superquarta de 2025 concentra as atenções do mercado

29/01/2025 às 09:20

29

Quarta

Jan

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Mercados

Os futuros de ações em Wall Street estão praticamente estáveis na manhã de hoje (29), após a recuperação do mercado no pregão de ontem (28).

As ações de tecnologia lideraram o S&P 500 para cima e levaram o Nasdaq Composite a um ganho de 2%. Os índices recuperaram cerca de metade das perdas de segunda-feira (27), depois que a IA chinesa DeepSeek colocou em questão parte da estratégia de negócios relacionada à inteligência artificial.

O foco agora é a decisão sobre a taxa de juros do Fed, assim como a coletiva de imprensa do seu presidente, Jerome Powell. A decisão de manter as taxas é consenso e, por isso, o foco será sobre o espaço para os cortes em 2025.

Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão mais baixos nesta quarta: a taxa de 10 anos está em 4,53% e a de 2 anos em 4,20%. O índice do dólar (DXY) está estável em 108,1 pontos, assim como o ouro — que oscila em US$ 2.763 por onça, já o Bitcoin sobe 2% em US$ 1025.350.

Os preços do petróleo estabilizaram com os futuros do Brent em US$ 77,47 por barril.

As ações do Japão e da Austrália subiram hoje, enquanto vários mercados da Ásia estavam fechados para o feriado do Ano Novo Lunar. Os mercados europeus abriram em alta, enquanto os investidores da região monitoravam uma série de divulgações de resultados corporativos.

Ontem, o S&P 500 avançou 0,92%, liderado por ganhos em ações de tecnologia. O Technology Select Sector SPDR Fund (XLK) subiu mais de 2%, após uma queda de 4,9% na segunda. O Nasdaq Composite disparou 2%, após uma queda de 3,1% no dia anterior.

Os holofotes estavam voltados para a Nvidia, que recuperou força e fechou o dia com uma alta de quase 9%, após a queda de 17% na véspera. Outras gigantes do setor de tecnologia, como Broadcom e Oracle, também encerraram a terça-feira em alta — com ganhos de 2,6% e 3,6%, respectivamente, após as perdas acentuadas.

Por aqui, ontem o Ibovespa fechou em queda de 0,65%, aos 124.056 pontos. O dólar à vista fechou em baixa de 0,74%, cotado a R$ 5,8696 e os juros futuros registraram leve queda às vésperas da decisão do Copom, que sai após as 18h.

Economia

EUA: A decisão do Fed de hoje deverá confirmar a pausa no ciclo de corte de juros, com as taxas de juros dos Fed Funds mantidas em 4,5% ao ano. A entrevista após a decisão deverá ser a fonte de informação mais importante, considerando que nesta reunião não haverá publicação das projeções do Fed.

Na entrevista, esperamos que o presidente do Fed, Jerome Powell, siga sinalizando que o comitê enxerga espaço para pelo menos dois cortes de juros em 2025, como foi sinalizado em dezembro. A discussão das tarifas deverá ser outro ponto importante, e a expectativa é que o banco central americano monitore os efeitos na inflação e buscar combater os efeitos secundários das tarifas.

Avaliamos que as tarifas deverão ter um impacto de cerca de 0,3% no núcleo de inflação do PCE, que já está parcialmente incorporado nas projeções do Fed. Excluindo os impactos das tarifas, o núcleo da inflação deve encerrar 2025 em cerca de 2,2%, com tendência de queda para 2,0% em 2026. Este cenário permitiria ao Fed realizar três cortes de 25 pontos base ao longo de 2025, reduzindo a taxa de juros para 3,75% ao ano.

EUA: Os novos pedidos de bens duráveis, excluindo transportes, defesa e aviação civil, cresceram 0,5% em dezembro acima do esperado, com revisão positiva do dado anterior para 0,9%. A média móvel trimestral avançou 3,8% ao ano no 4T24. Ainda não está claro se esse aumento reflete maior otimismo com a economia, incentivando investimentos em bens de capital, ou se decorre da antecipação de pedidos para evitar altas nas tarifas de importação.

Brasil: Por aqui, a discussão da reunião do Copom também deve ser sobre as perspectivas das próximas reuniões. Nesta quarta, a elevação de 100 p.b. já é amplamente esperada. O consenso de mercado, alinhado à nossa projeção, aponta que a taxa deve subir de 12,25% para 13,25% ao ano. A principal dúvida recai sobre a sinalização futura (“forward guidance”): o Banco Central pode optar por reduzir a indicação para apenas uma reunião, como era habitual, ou manter a orientação para os dois próximos encontros, como fez em dezembro.

Avaliamos que o Copom deverá optar por manter uma mensagem dura sobre a política monetária, optando por manter a sinalização futura de 100 p.b. de alta para as duas próximas reuniões. Mantemos nossa expectativa da taxa Selic de 15,25% a.a. ao final do ciclo.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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