Cenário geopolítico, eleições e temporada de resultados nos holofotes do mercado

28/10/2024 • 4 mins de leitura

Resumo do artigo

  • Wall Street se prepara para uma semana movimentada nos mercados, com a temporada de balanços do terceiro trimestre no auge e a última semana antes das eleições presidenciais de 5 de novembro nos EUA.

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  • Israel ataca instalações militares no Irã, mas, por enquanto, conflito não deve escalar para uma guerra direta;
  • Semana tem divulgação relatórios de emprego e inflação nos EUA;
  • Dólar segue forte e Treasuries em alta às vésperas de eleições nos EUA;
  • Temporada de balanços nos EUA continua em destaque, com gigantes divulgando seus resultados nesta semana.

Mercados

No front geopolítico, Israel atacou instalações militares do Irã no sábado (26). O ataque foi uma resposta ao lançamento de mísseis balísticos de Teerã contra Israel em 1º de outubro.

O ataque evitou locais de infraestrutura de petróleo, nuclear e civil. A agência de notícias iraniana informou que o ataque causou danos “limitados”, o que sugere que não deve haver uma reação que evolua para uma guerra direta.

Dados agendados para esta semana nos Estados Unidos incluem o relatório de emprego, vagas de trabalho e os dados do índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE).

Os mercados agora veem quase 95% de chance de um corte de 0,25 p.p. pelo Fed em novembro. A taxa dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos continuou sua subida nesta segunda-feira, após atingir uma máxima de três meses na semana passada. A taxa dos títulos de 10 anos subiu para 4,27%, enquanto a de 2 anos está em 4,12%.

O PaO iene está perto das mínimas de três meses, a ¥152,9 por dólar, depois que a coalizão governista do Japão perdeu a maioria parlamentar. Os mercados consideram que isso pode desacelerar os aumentos nas taxas de juros.

O Partido Liberal Democrata do primeiro-ministro Shigeru Ishiba — que governou o Japão em quase toda sua história pós-guerra — e seu parceiro de coalizão, Komeito, conquistaram 209 dos 465 assentos da câmara baixa. O resultado representa uma queda ante os 279 assentos anteriormente detidos.

Nesta manhã, o índice do dólar está em 104,3. O DXY está subindo 3,5% durante outubro, impulsionado por sinais de força na economia dos EUA e apostas na vitória de Donald Trump na presidência o que elevou as taxas nos EUA.

Os preços do ouro caíram nesta segunda-feira (28), com o ouro à vista caindo 0,5% para US$ 2.733 por onça.

Os preços do petróleo caíram 6% hoje, após instalações de energia iranianas não terem sido danificadas durante um ataque israelense no fim de semana. Os contratos futuros do Brent, referência global, caíram 6,1%, para US$ 71,39 por barril, enquanto os futuros do West Texas Intermediate dos EUA caíram 6,35%, para US$ 67,22 por barril.

Os índices acionários do Japão subiram na segunda-feira, levando os mercados asiáticos a uma alta, apoiados por um iene fraco em meio à incerteza política após a perda da maioria parlamentar do LDP.

Os mercados europeus abriram em alta nesta segunda, enquanto investidores analisavam a situação geopolítica no Oriente Médio. Nos EUA, os futuros de ações subiram enquanto investidores aguardavam uma série de balanços de grandes empresas de tecnologia que podem continuar a impulsionar o Nasdaq Composite para novas máximas nesta semana.

Wall Street se prepara para uma semana movimentada nos mercados, com a temporada de balanços do terceiro trimestre no auge e a última semana antes das eleições presidenciais de 5 de novembro nos EUA. Cinco das ‘Sete Magníficas’ — Alphabet, Microsoft, Meta Platforms, Amazon e Apple — estão programadas para divulgar seus resultados do terceiro trimestre.

Na sexta-feira (25), o Ibovespa fechou em queda de 0,13%, aos 129.893 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,7051, enquanto os juros futuros subiram com a incerteza fiscal.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (25/10/2024):

  • IPCA/2024 ficou subiu de 4,50% para 4,55%, enquanto o IPCA/2025 subiu de 3,99% para 4,00%
  • PIB/2024 subiu de 3,05% para 3,08%, enquanto o PIB/2025 ficou estável em 1,93%
  • Dólar/2024 subiu de R$ 5,42 para R$ 5,45, enquanto o Dólar/2025 ficou estável em R$ 5,40
  • Selic/24 ficou estável em 11,75% a.a., enquanto a Selic/2025 ficou estável em 11,25% a.a.
  • Primário/24 ficou estável em -0,60%, enquanto Primário/25 ficou estável em -0,70%

Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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