Dados do setor imobiliário surpreendem o mercado nos EUA

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Mercados

Os mercados globais passam por uma consolidação após o início do ciclo de cortes juros promovido pelo Federal Reserve.

Nos Estados Unidos, às 9h30, será divulgada a revisão do PIB do segundo trimestre. A expectativa do mercado é de estabilidade, embora a qualidade dos dados torne essa projeção incerta. O crescimento americano tem sido distorcido ao longo do ano, devido às oscilações acentuadas nas exportações e estoques entre o primeiro e o segundo trimestres.

Também hoje (25) às 9h30, o Departamento do Trabalho dos EUA publica os dados semanais de emprego. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a desaceleração do mercado de trabalho tem superado as preocupações com a inflação, o que pavimentou a decisão recente de cortar os juros pela primeira vez em 2025. Powell destacou “uma desaceleração marcante” na dinâmica de oferta e demanda e observou que, em um mercado de trabalho menos dinâmico e mais brando, os riscos negativos para o emprego aumentaram.

As taxas dos Treasuries permanecem estáveis, com o papel de 10 anos negociado a 4,14% e o de 2 anos em 3,60%.

O índice do dólar americano (DXY) recua 0,10%, cotado a 97,80 pontos. O ouro à vista mantém estabilidade, negociado a US$ 3.734,04 por onça. O petróleo opera em leve baixa, com o Brent recuando US$ 0,18, ou 0,26%, para US$ 69,13 o barril.

Durante a madrugada, as bolsas da Ásia fecharam em alta. O índice Nikkei 225, do Japão, avançou 0,30% e renovou máxima histórica. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,70%, enquanto o CSI 300, da China, teve alta de 0,66%.

Na Europa, os mercados operam em queda nesta quinta, em meio à retomada das preocupações com a política comercial dos EUA. O índice pan-europeu STOXX 600 recua 0,50%. Nos Estados Unidos, os futuros de ações apresentam leves quedas.

Ontem (24), por aqui o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,05% e renovando sua máxima histórica aos 146.492 pontos. O dólar à vista subiu 0,90%, cotado a R$ 5,32, enquanto as taxas de juros futuras fecharam em alta.

Economia

Brasil: FGV traz confiança no setor de construção em alta

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pelo FGV IBRE, subiu 0,7 ponto em setembro de 2025, para 92,3 pontos, após dois meses consecutivos de queda. Apesar da alta, a média móvel trimestral recuou 0,6 ponto, o que refletiu o pessimismo dos empresários do setor ao longo do terceiro trimestre. 

O NUCI da Construção avançou 0,6 p.p., atingindo 78,8%. Apesar da recuperação parcial em segmentos como Preparação de Terrenos, a demanda insuficiente continua sendo um fator limitante relevante.

Brasil: Na ONU, Trump fez aceno a Lula, sinalizando uma distensão e abrindo a porta para negociar. Ainda que seja algo positivo, dado o caráter errático dos personagens envolvidos, é preciso esperar algo concreto para ter uma conclusão.

EUA: Vendas de novas residências surpreenderam em agosto com forte alta, de 20,5% em relação ao mês anterior, e revertem a queda de 1,8% observada em julho. Esse desempenho surpreendeu analistas, que esperavam um aumento modesto de 0,2%, impulsionado pela leve moderação nas taxas de financiamento imobiliário. Foi o melhor mês desde o fim de 2021. 

As taxas de financiamento mais baixas em agosto parecem ter estimulado a demanda. O custo de um financiamento de 30 anos recuou para um pouco mais de 6,0% ao ano em setembro — o nível mais baixo em 12 meses.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

Indicadores de hoje

Indicadores do dia anterior

Por:

Alexandre Mathias	Luciano Costa	Bruno Benassi
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora	Economista-chefe da Monte Bravo Corretora	Analista de Ativos CNPI: 9236