Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Os futuros de ações operaram próximos da estabilidade nesta terça-feira (22), após uma sessão marcada por novos recordes históricos na véspera. O S&P 500 e o Nasdaq Composite avançaram 0,10% e 0,40%, respectivamente, ambos alcançando máximas intradiárias e encerrando o dia com novos recordes de fechamento. O movimento foi impulsionado pela valorização das ações da Alphabet, que subiram antes da divulgação de seus resultados corporativos.
Com o avanço da temporada de balanços do segundo trimestre, os investidores concentram suas atenções nas sinalizações das companhias a respeito do cenário macroeconômico, possíveis impactos das tarifas comerciais e tendências de demanda ligadas à inteligência artificial.
No campo econômico, os mercados monitoram com atenção o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, previsto para esta manhã em Washington. As declarações podem trazer pistas sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.
A autoridade monetária também volta ao centro das atenções políticas. O ex-presidente Donald Trump reiterou os pedidos pela saída de Powell, enquanto o atual secretário do Tesouro, Scott Bessent, sugeriu uma revisão estrutural do Fed. Bessent ainda criticou a manutenção das taxas de juros e citou a baixa pressão inflacionária como motivo para cortes que não ocorreram até o momento.
As taxas dos Treasuries norte-americanas operam perto da normalidade: a de 10 está em 4,39%, a de dois anos está em 3,87% e a nota de 30 anos negocia a 4,96%.
O índice do dólar (DXY) está no zero a zero, a 97,84. O ouro à vista manteve-se praticamente estável nesta terça, cotado a US$ 3.396,60,19 por onça.
Entre as criptomoedas, o Bitcoin avança 1,33%, negociada a US$ 119.014 — abaixo do recorde de US$ 123.153 registrado na semana passada.
O petróleo está operando em queda de 0,71% com Brent em US$ 68,71 por barril.
Na Ásia-Pacífico, os mercados operaram mistos com destaque para o ligeiro recuo da bolsa japonesa após as eleições no país.
Na Europa, as bolsas iniciaram o dia em ligeira queda, refletindo o aumento das incertezas sobre as negociações comerciais.
O Ibovespa encerrou a segunda-feira com alta de 0,59%, aos 134.166 pontos, um repique após as fortes quedas da última sexta. O dólar fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,5644.
China: O primeiro-ministro Li Qiang anunciou o início da construção da futura maior usina hidrelétrica do mundo, localizada na borda leste do Planalto Tibetano, com investimento estimado em ao menos US$ 170 bilhões segundo a agência estatal Xinhua. O projeto, o mais ambicioso desde a Barragem das Três Gargantas, foi visto pelos mercados como um sinal de estímulo econômico, o que impulsionou as ações e elevou os rendimentos dos títulos públicos nesta segunda-feira. Esse anúncio teve impacto no preço do minério de ferro e nas empresas de construção listadas na bolsa chinesa.
Brasil: No segundo decêndio de julho, o IGP-M recuou 0,89%, queda menos intensa que a de junho (-0,97%), puxada sobretudo pelo alívio no IPA-M (-1,39% ante -1,58%). No segmento agropecuário, o recuo menor nos preços do milho e a alta dos bovinos suavizaram a queda. No lado industrial, o avanço de petróleo e gás natural e a menor retração de derivados também contribuíram. O IPC-M desacelerou de 0,23% para 0,14%, influenciado por queda nos preços da gasolina, serviços públicos residenciais, roupas e serviços de comunicação, embora alimentos e passagens aéreas tenham pressionado para cima. O INCC-M também desacelerou (0,64% ante 1,08%), com destaque para a menor pressão da mão de obra, enquanto materiais e serviços avançaram.
A expectativa para o fechamento de julho é de uma queda menos intensa no IGP-M, com a moderação das retrações no IPA e leve aceleração do IPC. A projeção é deflação de 0,65% para o IGP-M de julho.
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |