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Mercados
Os mercados continuam atentos a Washington. Ontem (21), o presidente Donald Trump afirmou que está considerando uma tarifa de 10% sobre a China a partir do dia 1º de fevereiro.
A terça-feira foi um dia de alta nos mercados globais, após os sinais iniciais do governo Trump sobre política comercial tranquilizarem os investidores.
O Fed deve manter sua taxa de juros básica na faixa atual, de 4,25% a 4,50%, na reunião dos dias 28 e 29 de janeiro.
As taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA caíram levemente nesta quarta-feira (22). A taxa de juros do título de 10 anos recuou para 4,56% a.a., enquanto a do título de 2 anos caiu para 4,27% a.a.
O índice do dólar — que mede a moeda americana contra uma cesta de moedas, incluindo o iene e o euro — permaneceu estável em 108 pontos. Os preços do ouro subiram para um pico de 11 semanas, com o ouro à vista avançando 0,1%, para US$ 2.748. O preço do Bitcoin registrou alta de mais de 2%, cotado a US$ 106.201.
Os preços do petróleo apresentaram pouca variação no início da sessão de hoje. Os futuros do Brent recuam para US$ 79,26 por barril.
Os mercados asiáticos operaram de forma mista nesta quarta, com ações chinesas em queda após os comentários de Trump sobre a possível imposição de uma tarifa de 10% à China.
As bolsas europeias abriram em alta hoje, acompanhando os futuros do S&P 500 e do Nasdaq-100, que também subiram. As altas foram lideradas pelos ganhos iniciais da Netflix, após a gigante do streaming divulgar resultados trimestrais expressivos. As ações da Netflix dispararam mais de 14% depois que a empresa ultrapassou 300 milhões de assinaturas pagas.
Ontem o Ibovespa fechou em alta de 0,39%, aos 123.338 pontos. O dólar à vista fechou em baixa de 0,19%, a R$ 6,030, enquanto os juros futuros terminaram a sessão perto da estabilidade — com as taxas longas apontando para baixo.
Economia
EUA: O presidente Trump está usando a ameaça de impor tarifas rígidas sobre produtos do Canadá e do México a partir de 1° fevereiro para pressionar os dois países a começarem a renegociar um acordo comercial continental. O objetivo é a renegociação antecipada do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), cuja revisão está prevista para 2026. Ele ameaça impor tarifas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos já em fevereiro, buscando mudanças em regras automotivas para trazer fábricas desses países de volta aos EUA.
O USMCA, que regula cerca de US$ 2 trilhões em comércio anualmente, é essencial para as economias do Canadá e do México, cujas exportações dependem fortemente do mercado americano. Apesar de o pacto ter sido aprovado com amplo apoio devido às suas normas trabalhistas e ambientais mais rígidas, Trump alega que ajustes são necessários para garantir mais reciprocidade comercial.
Conforme previsto em nosso cenário base, a utilização de tarifas como estratégia para iniciar negociações com os principais parceiros comerciais dos EUA reforça a expectativa de que o aumento efetivo dessas tarifas será menor do que o anunciado inicialmente. Isso ocorrerá devido à realização de negociações e às concessões feitas pelos países envolvidos para evitar a aplicação das tarifas.
Brasil: No 2° decêndio de janeiro, o IGP-M variou 0,17%, desacelerando frente aos 0,99% registrados em dezembro. O principal fator para essa desaceleração foi a retração nos Preços ao Produtor (IPA), que passaram de 1,26% para 0,10%. Produtos agropecuários, como soja e bovinos, apresentaram quedas significativas. Os produtos industriais também desaceleraram, influenciados por menores preços nos minerais metálicos. Em contraste, os preços ao consumidor aceleraram levemente, de 0,00% para 0,13%, com destaque para aumentos em alimentação fora de casa e vestuário — embora energia elétrica e passagens aéreas tenham contribuído para manter a inflação contida.
O INCC-M acelerou de 0,46% para 0,79%, impulsionado principalmente pelo aumento no componente mão de obra. Para o fechamento do IGP-M, espera-se novas desacelerações devido ao recuo dos preços de grãos, pecuária e alimentos industrializados. A projeção para o IGP-M de janeiro é alta de 0,30%.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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