Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
???? Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique…
📄 Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui.
Os mercados globais se recuperaram levemente, à medida que a disparada nos preços do petróleo — causada pela escalada do conflito entre Israel e Irã — arrefeceu. No entanto, os ganhos permaneceram limitados devido às preocupações com os riscos geopolíticos para a economia global.
A troca contínua de mísseis entre Irã e Israel no fim de semana não teve impacto significativo nos mercados financeiros. A severidade do ataque inicial de Israel ao Irã foi inesperada e provocou uma reação.
Agora, uma deterioração adicional só deve ocorrer com um comprometimento das rotas de transporte marítimo. Cerca de um quinto do consumo global de petróleo — algo entre 18,00 e 19,00 milhões de barris por dia, incluindo petróleo, condensado e combustíveis — passa pelo Estreito de Hormuz.
Nesta semana, uma série de decisões de política monetária por parte de bancos centrais ocorre, com destaque para o Federal Reserve, na quarta-feira. O banco central norte-americano deve manter as taxas de juros estáveis, com os mercados atentos a possíveis sinais de cortes nos próximos meses.
Os mercados futuros apontam para a expectativa de dois cortes até o final do ano, possivelmente a partir de setembro, apoiados pelos dados de inflação moderada divulgados na semana passada.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão ligeiramente mais altos: o papel de 2 anos subiu para 3,97%, enquanto o de 10 anos está em 4,43%.
O índice do dólar, que mede a moeda norte-americana em relação a uma cesta de pares principais, registrava queda de 0,20%, negociado em torno de 98,00.
Os preços do petróleo seguem em alta nesta segunda-feira, estendendo o rali de sexta-feira, à medida que os ataques renovados entre Israel e Irã no fim de semana aumentaram o receio de disrupções nas exportações de petróleo do Oriente Médio.
O contrato futuro do Brent avança US$ 1,12, ou 1,50%, para US$ 75,35 por barril, enquanto o WTI sobe US$ 1,10, ou 1,50%, para US$ 74,08. Mais cedo, esses dois contratos chegaram a subir mais de US$ 4,00, mas recuaram. O ouro avança pela quarta sessão consecutiva, atingindo nesta segunda-feira o maior nível em quase dois meses. O ouro à vista registra alta de 0,30%, a US$ 3.442,09 por onça.
Os mercados da Ásia subiram nesta segunda-feira. O índice CSI 300 da China continental fechou em alta de 0,25%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,70%. O Nikkei 225, principal índice japonês, avançou 1,26%. Na Coreia do Sul, o Kospi disparou 1,80%, e o Nifty 50 da Índia subiu 0,92%.
Na Europa, o índice Stoxx 600 sobe 0,33%, enquanto os futuros em Wall Street sobem levemente.
Na sexta-feira (13), aqui no Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 0,43%, aos 137.213 pontos. O dólar comercial fechou estável cotado a R$ 5,410, enquanto os juros futuros fecharam próximos da estabilidade.
A China divulgou os números de vendas no varejo e produção industrial referentes a maio. As vendas no varejo saltaram 6,40% na comparação anual, enquanto o crescimento da produção industrial desacelerou para 5,80% no mesmo período.
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |