Semana abre com foco total em reunião do Federal Reserve

15/09/2025 • 4 mins de leitura

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Mercados

A decisão de juros do Federal Reserve na quarta-feira (17), juntamente com a coletiva de imprensa de Jerome Powell, será o principal evento econômico da semana. Além da decisão de política monetária, o Fed divulgará seu gráfico de pontos contendo a expectativa dos membros do comitê sobre o caminho esperado para as taxas de juros.

Autoridades dos EUA e da China iniciaram no domingo (14), em Madri, uma rodada de negociações. As delegações foram lideradas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo representante comercial Jamieson Greer, que se reuniram com o vice-premiê chinês He Lifeng e o principal negociador comercial do país, Li Chenggang.

O foco da reunião do Fed será menos pela decisão em si na qual espera-se um corte 25 pontos base e mais pelos sinais sobre o cenário à frente. Os dados mais recentes de pedidos iniciais de seguro-desemprego indicaram enfraquecimento do mercado de trabalho, embora parte das demissões possa ser temporária. Um fabricante de automóveis, por exemplo, dispensou funcionários devido à escassez de peças. Esse tipo de desemprego tende a ser absorvido com mais facilidade pelo consumo.

As taxas dos Treasuries iniciam a semana estáveis. A taxa da Treasury de 10 anos sobe 1 p.b., para 4,07%. As taxas dos Treasuries de 2 e 30 anos também estão estáveis negociadas a 4,11% e 4,68%, respectivamente.

O índice do dólar (DXY) recua 0,10%, para 97,40. Os preços do ouro cedem nesta segunda-feira (15), pressionados por realização de lucros e leve alta da moeda americana. O ouro à vista recua 0,20%, cotado a US$ 3.633,86.

Os preços do petróleo operam próximos da estabilidade. O contrato futuro do Brent avança 3 centavos, para US$ 67,02 o barril.

Os mercados asiáticos encerraram o pregão com desempenho misto. O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,23%, e o CSI 300, da China continental, avançou 0,24%.

As bolsas europeias sobem no início da semana, enquanto os futuros das ações americanas operam próximos da estabilidade hoje.

Os papéis da Nvidia estão em queda no pré-mercado depois que o órgão regulador da China acusou a fabricante de chips de violar a legislação antitruste do país. Pequim afirmou que a investigação ainda terá prosseguimento.

O dólar fechou em queda de 0,71% na sexta-feira (12), cotado a R$ 5,35  menor patamar desde 7 de junho de 2024. O Ibovespa encerrou em baixa de 0,61%, aos 142.272 pontos. Os juros futuros terminaram mistos, mas próximos da estabilidade.

Economia

China: A produção industrial desacelerou em agosto, refletindo exportações mais fracas e perda de ritmo em setores como metalurgia, geração de energia e equipamentos. O crescimento anual recuou para 5,2%, após 5,7% em julho. Entre os destaques, a produção de computadores e robôs industriais perdeu fôlego, e a geração de energia também arrefeceu. A produção de aço bruto avançou, beneficiada por uma base comparativa baixa, enquanto automóveis e smartphones registraram expansão mais firme.

O investimento em ativos fixos encolheu ainda mais, em meio a chuvas intensas, restrições temporárias em Pequim, o prolongado desaquecimento imobiliário e políticas de “anti-involução” que desestimulam competição predatória. O recuo foi generalizado, com quedas mais acentuadas em infraestrutura e no setor imobiliário, além da piora em manufatura.

No consumo, as vendas no varejo cresceram apenas 3,4% em agosto, prejudicadas pelo arrefecimento do comércio eletrônico e pela queda na demanda por eletrodomésticos e equipamentos de comunicação. O setor de serviços manteve crescimento mais sólido, em torno de 5,6%, mas o desemprego subiu levemente, com a taxa nacional chegando a 5,3%.

O conjunto dos dados sugere que — apesar de alguma resiliência na produção e nos serviços — a demanda doméstica segue fraca e reforça a necessidade de medidas pontuais de estímulo. O PIB da China deverá crescer 4,5% na comparação anual no 3° trimestre, desacelerando em relação à alta de 5,2% no 2° trimestre. A projeção para o ano segue em 4,7%.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (12/09/2025):

  • IPCA/2025 caiu de 4,85% para 4,83%, enquanto o IPCA/2026 ficou estável em 4,30%;
  • PIB/2025 ficou estável em 2,16%, enquanto o PIB/2026 caiu 1,85% para 1,80%;
  • Dólar/2025 caiu de R$ 5,55 para R$ 5,50, enquanto o Dólar/2026 ficou estável em R$ 5,60;
  • Selic/25 ficou estável em 15,00% a.a., enquanto a Selic/2026 caiu de 12,50% a.a. para 12,38% a.a.;
  • Primário/25 ficou estável em -0,52%, enquanto Primário/26 ficou estável em -0,60%.

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Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
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Analista de Ativos
CNPI: 9236

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