Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Segundo divulgado ontem (13), o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,20% em abril (veja análise abaixo). Embora o número da inflação tenha vindo melhor do que o esperado, há sinais de que tarifas já impulsionaram os preços, o que deve aparecer nas próximas leituras de inflação.
Nesta manhã, a taxa do título de 10 anos está em 4,45%, enquanto a taxa do papel de 2 anos está em 3,99%.
O dólar recua contra as demais moedas, devolvendo parte dos fortes ganhos após a trégua na guerra tarifária com a China. O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de moedas, cai 0,40% e está em 100,60.
Os preços do ouro sobem nesta quarta-feira (14), com o ouro à vista avançando 0,50% e cotado a US$ 3.251 por onça.
Os contratos futuros de petróleo sobem cerca de 3,00% hoje. O Brent avança 2,57%, negociado a US$ 66,63 por barril, enquanto O WTI tem alta de 2,78%, cotado a US$ 63,67.
Os mercados asiáticos operaram majoritariamente em alta nesta quarta-feira, à medida que investidores avaliam as negociações comerciais entre EUA e China, após os principais índices de Wall Street subirem com o alívio nas tensões entre as duas potências econômicas. O Nikkei 225 do Japão recuou, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 2,30%, e o CSI 300 da China continental avançou 1,21%.
As bolsas europeias recuaram, com o índice pan-europeu STOXX 600 em queda de 0,10%. Nos EUA, os futuros de ações operam estáveis nesta quarta.
Ontem o Ibovespa subiu 1,76% e fechou em nível recorde aos 138.963 pontos, acumulando alta de 15,53% no ano. O SMLL, índice das Small Caps (ações de empresas com menor valor de mercado), subiu 1,93% e acumula alta de 20,67% em 2025.
Já o dólar à vista fechou em queda de 1,32%, cotado a R$ 5,6090, a menor cotação do ano, acumulando queda de 9,24% em 2025.
EUA: CPI abaixo do esperado, com núcleo em linha.
O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,20% no mês passado, abaixo da expectativa de 0,30%. Isso representa uma alta de 2,30% em termos anuais em abril — ligeiramente abaixo da projeção de 2,40%.
O índice mostrou uma variação de preços mais forte nas categorias de bens de consumo afetadas pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. No entanto, as pressões deflacionárias nos itens relacionados a viagens e outros serviços recreativos compensaram parte dos aumentos de preços nos bens.
Móveis (+1,50%), eletrodomésticos (+0,80%), equipamentos de áudio (+8,80%) e artigos esportivos (+0,60%) já mostram o impacto inicial das tarifas. Por outro lado, hospedagem e passagens aéreas mais baratas proporcionaram um impulso desinflacionário significativo ao CPI de abril. As passagens aéreas caíram 2,80%, enquanto os hotéis caíram 0,20%.
Fed: O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que os dados recentes apontando para uma inflação mais moderada não necessariamente capturam os efeitos das tarifas comerciais implementadas nos últimos meses. Em entrevista ao programa *Morning Edition* da NPR, Goolsbee destacou que o banco central ainda precisa de mais informações para avaliar com clareza a trajetória dos preços e da atividade econômica nos Estados Unidos.
“Há momentos em que há muita poeira no ar, muito barulho”, disse Goolsbee, sinalizando que o atual ambiente econômico exige cautela na interpretação dos dados. Para ele, os números mais recentes sugerem um cenário relativamente positivo, mas não justificam conclusões definitivas. “Continuamos recebendo esses números que, pelo menos, sugerem que está indo bem, mas não é realista tirar conclusões precipitadas sobre questões de longo prazo quando há tanta variabilidade no curto prazo”, afirmou.
As declarações reforçam a postura de prudência adotada por autoridades do Fed, diante de indicadores ainda voláteis e do impacto incerto de novas tarifas sobre a inflação e as taxas de juros.
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |