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Mercados
Os mercados globais estarão na expectativa para a posse de Donald Trump na próxima segunda-feira, dia 20 de janeiro, nos EUA.
A incerteza relacionada ao impacto inflacionário das tarifas e da política de imigração intensifica o temor de juros mais altos por mais tempo — o que, por sua vez, fortalece o dólar.
Na sexta-feira (10), o relatório do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que a economia do país criou 256 mil postos de trabalho em dezembro, muito acima das projeções de 160 mil vagas. A taxa de desemprego, por sua vez, recuou para 4,1%, abaixo da expectativa de 4,2%, enquanto os ganhos médios por hora subiram 0,3% no mês passado após alta de 0,4% em novembro. No acumulado de 12 meses até dezembro, os salários avançaram 3,9%, após crescimento de 4,0% em novembro.
Diante disso, as taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA saltaram para o maior nível desde novembro de 2023. A taxa de juros do título de 10 anos está agora em 4,80%, enquanto o título de 2 anos negocia a 4,42%.
O índice do dólar, por sua vez, avançou para o nível mais alto desde novembro de 2022 alcançando os 110 pontos. Os preços do ouro estão estáveis, com o ouro à vista cotado a US$ 2.689,09 por onça.
Os preços do petróleo ampliaram os ganhos, com o Brent atingindo o nível mais alto em mais de quatro meses, em meio à expectativa de que sanções ampliadas dos EUA afetem as exportações de petróleo bruto da Rússia para os principais compradores, China e Índia. Os contratos futuros do Brent subiram US$ 1,48, ou 1,86%, para US$ 81,24 por barril.
Os mercados da Ásia operaram em baixa nesta segunda-feira (13). Os mercados europeus também registraram baixa, em linha com os futuros de ações dos EUA.
Esta semana marca o início da temporada de resultados do quarto trimestre de 2024. Bancos como Citigroup, Goldman Sachs e JPMorgan Chase divulgam seus números na quarta-feira (15). Morgan Stanley e Bank of America apresentarão seus resultados na quinta-feira (16).
No Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 0,77% na sexta-feira, aos 118.856 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 1,00%, cotado a R$ 6,1024, e os juros futuros avançaram.
Economia
China: As exportações e importações da China em dezembro superaram as expectativas de forma significativa. As exportações cresceram 10,7% em relação ao ano anterior, superando a projeção de aumento anual de 7,3%. As importações do país subiram inesperadamente 1% em dezembro.
Brasil: IPCA de dezembro apresentou alta de 0,52%, com uma composição bastante preocupante. Houve uma aceleração acima do esperado na inflação de bens, refletindo os primeiros efeitos da forte depreciação cambial, além da continuidade da alta no núcleo de serviços, que já se aproxima de 6,0% ao ano.
O núcleo de bens mostrou forte aceleração, com alta de 0,68% em dezembro, impulsionado pelo repasse da depreciação cambial. Os serviços mantiveram pressões inflacionárias devido ao mercado de trabalho aquecido, com o núcleo de serviços (excluindo passagens aéreas) subindo 0,67% em dezembro e acumulando 5,8% no ano.
Brasil: Carta do BC reafirma estratégia para a política monetária.
O Banco Central divulgou a carta aberta do presidente Gabriel Galípolo ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em razão da inflação ter alcançado 4,83% em 2024 — acima do limite de 4,50%.
A decomposição do desvio de 1,83 ponto percentual em relação à meta de 3,0% mostra que a inflação importada contribuiu 0,72 p.p., a inércia inflacionária de 2023 somou 0,52 p.p. e o hiato do produto acrescentou 0,49 p.p. Além disso, as expectativas de inflação se deterioraram ao longo de 2024, adicionando 0,30 p.p. ao desvio em relação à meta.
Destaques do Boletim Focus do Banco Central (10/01/2025):
- IPCA/2025 subiu de 4,99% para 5,00%, enquanto o IPCA/2026 subiu de 4,03% para 4,05%
- PIB/2025 ficou estável em 2,02%, enquanto o PIB/2026 ficou estável em 1,80%
- Dólar/2025 ficou estável em R$ 6,00, enquanto o Dólar/2026 subiu de R$ 5,90 para R$ 6,00
- Selic/25 ficou estável em 15,00% a.a., enquanto a Selic/2026 ficou estável em 12,00% a.a.
- Primário/25 ficou estável em -0,60%, enquanto Primário/26 ficou estável em -0,50%
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Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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