Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Os mercados terão uma semana movimentada de dados econômicos, com a atenção voltada para leituras de inflação nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor, previsto para terça-feira (12), e o índice de preços ao produtor, na quinta (14), serão decisivos para moldar as decisões do Federal Reserve na reunião de setembro.
Economistas projetam que o CPI de julho avance 0,20% no mês e 2,80% em 12 meses. O núcleo, que exclui alimentos e energia, deve subir 0,30% no mês e 3,10% no ano — acima de junho, de 0,20% e 2,90%, respectivamente.
As taxas dos Treasuries dos EUA recuam nesta segunda-feira (11). O Treasury de 10 anos cai para 4,26% e o de 2 anos recua para 3,75%. A taxa de 30 anos perde quase 3 pontos base, a 4,82%.
O índice do dólar (DXY), que mede a moeda norte-americana frente a uma cesta com iene e euro, subia 0,10%, a 98,30 pontos. As criptomoedas avançaram, com o Ether tocando US$ 4.335,17 — o maior nível desde o fim de 2021. O Bitcoin ganhou 2,80% e alcançou US$ 121.733,00 — o maior patamar desde 14 de julho.
O ouro à vista recua mais de 1,00% nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardavam clareza da Casa Branca sobre possíveis tarifas específicas por país sobre barras de ouro. O foco também se volta aos dados de inflação dos EUA, para pistas sobre a trajetória das taxas do Fed. O ouro à vista caía 1,10%, a US\$ 3.362,21 por onça.
O petróleo permaneceu estável nesta segunda após cair mais de 4,00% na semana passada, com o mercado à espera de conversas entre EUA e Rússia ainda nesta semana sobre a guerra na Ucrânia. Os futuros do Brent avançavam US$ 0,05, a US$ 66,64 por barril.
Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam em alta. As bolsas europeias abriram em leve baixa, com o pan-europeu STOXX 600 caindo 0,10%, enquanto os futuros de ações dos EUA avançavam levemente no começo da segunda-feira.
Na sexta-feira (08), o Ibovespa fechou em baixa de 0,45%, aos 135.913 pontos, pressionado pela queda firme dos papéis da Petrobras. As ações ordinárias (ON, com voto) caíram 7,93%, a R$ 32,78, enquanto as preferenciais (PN, sem voto), mais negociadas, recuaram 6,15%, a R$ 30,33.
Com a desvalorização dos papéis, a empresa registrou perda de R$ 31,955 bilhões em valor de mercado. A queda expressiva foi reação dos investidores a um balanço mais pressionado, além do anúncio da volta ao investimento na distribuição de gás de cozinha.
O dólar encerrou as negociações de sexta em leve alta de 0,24%, a R$ 5,43. Na semana, o câmbio recuou quase 2%. Os juros futuros fecharam em alta com a notícia de que Bolsonaro não apoiaria Tarcísio nas eleições de 2026.
China: Em julho, a inflação ao consumidor ficou estável em 0,0% na comparação anual, após alta de 0,1% em junho, refletindo a intensificação da deflação de alimentos. Os preços de alimentos recuaram 1,6% no ano, com destaque para quedas acentuadas em vegetais frescos e carne suína, enquanto frutas desaceleraram. Excluindo alimentos, a inflação subiu levemente para 0,3%, impulsionada por bens não alimentícios, como itens domésticos e joias de ouro e platina, enquanto os serviços permaneceram estáveis. A inflação subjacente (excluindo alimentos e energia) avançou para 0,8% ao ano.
No atacado, o índice de preços ao produtor (PPI) recuou 3,6% na base anual, mantendo o ritmo de junho. As pressões deflacionárias vieram sobretudo de produtores de matérias primas — como mineração de carvão, petróleo, metais ferrosos e químicos — além da queda nos preços de bens intermediários. O recuo foi atribuído pela agência de estatísticas à baixa nos preços de exportação, influenciada por tarifas dos EUA, e à redução sazonal no custo de matérias-primas devido a atrasos em obras.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Não há divulgações de eventos relevantes.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |