Mercados reagem a princípio de acordo entre EUA e China

11/06/2025 • 4 mins de leitura

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Mercados

Os mercados globais reagem de forma contida à notícia de que autoridades de Estados Unidos e China chegaram a um consenso preliminar sobre as tarifas.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que ele e o representante comercial Jamieson Greer retornarão a Washington para “garantir que o presidente Trump aprove” o acordo. Como parte do acordo, a China autorizaria a exportação de minerais de terras raras. Em contrapartida, os EUA retirariam restrições à venda de bens tecnológicos avançados ao país asiático.

Nesta quarta-feira (11), a atenção dos investidores estará voltada para o relatório do índice de preços ao consumidor dos EUA referente a maio, com divulgação prevista para as 9h30.

As taxas dos Treasuries subiram levemente na hoje. A taxa do título de 10 anos subiu para 4,49%, enquanto os papéis de 2 anos avançaram para 4,03%.

O índice DXY, que mede a moeda norte-americana frente a seis divisas, recua 0,10%, aos 99,00 pontos. No acumulado do ano, o índice já caiu mais de 8,00%.

Os preços do ouro subiram levemente nesta quarta, com o ouro à vista avançando 0,20%, a US$ 3.328,89 por onça.

Os preços do petróleo caíram nas primeiras horas do pregão. O Brent para entrega futura recua US$ 0,24, ou 0,36%, para US$ 66,63 por barril.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta durante a madrugada. As bolsas europeias, no entanto, abriram de forma mais contida, enquanto os futuros das ações nos EUA recuavam levemente.

Ontem (10), aqui no Brasil o Ibovespa fechou em alta de 0,50%, aos 136.410,00 pontos. O dólar comercial (PTAX) fechou em queda de 0,36%, cotado a R$ 5,5557, enquanto as taxas de juros futuras cederam ao longo de toda a curva.

Devido à problemas técnicos, as tabelas de mercado não foram atualizadas. Estamos resolvendo o problema para atualizarmos normalmente a partir de amanhã (12).

Economia

EUA: Após dois dias de negociações em Londres, Estados Unidos e China chegaram a um esboço de acordo para implementar o “consenso de Genebra”, que busca reativar o comércio de bens sensíveis entre os dois países. O plano inclui o aumento das exportações chinesas de terras raras e a flexibilização dos controles de exportação dos EUA, mas ainda precisa do aval dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

Apesar do progresso, o acordo permanece frágil, com temas estruturais importantes — como o superávit comercial da China e práticas consideradas desleais pelos EUA — ainda sem solução. Ambos os lados enfatizaram a importância de manter o diálogo e evitar mal-entendidos.

O vice-premiê chinês He Lifeng destacou que o mecanismo de negociação deve servir para ampliar consensos e fortalecer a cooperação. A decisão final sobre a implementação do plano deve ocorrer nos próximos 60 dias.

Brasil: O IPCA subiu 0,26% em maio, abaixo das expectativas do mercado, com alívio vindo da deflação nos combustíveis, passagens aéreas e eletroeletrônicos, além de uma dinâmica favorável nos preços de alimentos. As medidas de núcleo da inflação também mostraram comportamento benigno, com destaque para a desaceleração dos bens, que seguem repassando menos os efeitos da depreciação cambial. Os serviços apresentaram moderação, especialmente com a queda nas passagens aéreas e menor pressão em serviços como alimentação fora do domicílio e TV a cabo.

A surpresa de inflação de curto prazo é um ponto favorável e traz conforto para o Banco Central, mas a estratégia da política monetária está focada no horizonte relevante da política monetária.

Avaliamos que o Banco Central encerrou o ciclo de alta com a taxa Selic em 14,75% ao ano. As menções no comunicado da última decisão à incerteza elevada, ao estágio avançado do ciclo, às defasagens e à necessidade de cautela — além da menção ao patamar contracionista por um período prolongado — sancionam nossa expectativa de que o ciclo de aperto esteja encerrado.

As leituras dos núcleos seguem mostrando sinais de desaceleração, com a alta mensal recuando de 0,30% em maio e a variação em 12 meses passando de 5,3% para 5,2%. O núcleo de bens teve queda expressiva na margem, enquanto o núcleo de serviços, embora ainda elevado, teve alívio em maio. Para junho, a projeção é de uma alta de 0,36% no IPCA, puxada pela entrada da bandeira vermelha 1 na conta de luz, compensada parcialmente pela queda da gasolina.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

Indicadores de hoje

Indicadores do dia anterior

Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236

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