Falas de dirigentes do Fed ganham destaque em semana de dados do mercado de trabalho nos EUA - Monte Bravo

Falas de dirigentes do Fed ganham destaque em semana de dados do mercado de trabalho nos EUA

10/01/2025 às 08:56

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Sexta

Jan

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Mercados

Nos Estados Unidos, os investidores vão ficar atentos aos dados sobre o mercado de trabalho. Nesta sexta-feira, às 10h30, são divulgados os números de empregos fora do setor agrícola para dezembro.

Economistas esperam que o Bureau of Labor Statistics traga um aumento de 155 mil empregos fora do setor agrícola — uma desaceleração ante o surpreendente acréscimo de 227 mil registrado em novembro, mas em linha com a média dos últimos quatro meses. A taxa de desemprego deve permanecer estável em 4,2%.

Ontem (09), Patrick Harker, presidente do Fed da Filadélfia, afirmou que espera que o banco central dos EUA reduza as taxas de juros. Ele acrescentou, no entanto, que não vê necessidade de um movimento imediato.

Os mercados de juros ajustaram as expectativas para cerca de 40 pontos base em cortes nas taxas ao longo de 2025, devido às preocupações com a agenda potencialmente inflacionária do presidente eleito Donald Trump.

As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA permaneceram próximas dos níveis mais altos desde abril. A taxa do título de 10 anos está em 4,70%, enquanto a do título de 2 anos está em 4,29%.

O dólar está prestes a completar sua sequência semanal de ganhos mais longa em mais de um ano, sustentado pelo aumento das taxas de títulos e pelas expectativas de números de empregos fortes nos EUA. O índice do dólar permaneceu estável na manhã desta sexta, registrando alta semanal de 0,25%, para 109,18.

Os preços do ouro permaneceram próximos da máxima de quatro semanas hoje. O ouro à vista subiu 0,1%, para US$ 2.672,64 por onça.

Os preços do petróleo subiram no início do pregão asiático e estavam a caminho de um terceiro ganho semanal consecutivo, com as condições de frio intenso em partes dos Estados Unidos e da Europa aumentando a demanda por combustível para aquecimento. Os contratos futuros de Brent avançaram US$ 0,24, ou 0,3%, para US$ 77,16 por barril.

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em queda nesta sexta. Enquanto isso, os mercados europeus estão praticamente estáveis — em linha com os futuros de ações nos EUA.

Ontem, por aqui o Ibovespa fechou em leve alta de 0,13%, aos 119.781 pontos. O dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, cotado a R$ 6,0418, enquanto os juros futuros recuaram de forma moderada.

Economia

EUA: Três dirigentes do Fed fizeram discursos ao longo do dia de ontem. O presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, afirmou que a inflação está no caminho para atingir a meta de 2%, apesar de fatores como tensões geopolíticas e instabilidades globais. Ele destacou que a economia segue sólida, com o mercado de trabalho voltando gradualmente ao padrão pré-pandemia. Harker defende uma pausa no ciclo de redução de juros para avaliar os impactos das medidas tomadas, alinhando-se ao tom cauteloso do FOMC.

A presidente do Fed de Boston, Suzan Collins, enfatizou a importância de uma abordagem gradual e criteriosa na política monetária. Ela apoiou a redução de 0,25 ponto percentual nos juros como uma medida para manter o mercado de trabalho saudável, mas alertou sobre os riscos de inflação mais alta em 2025. Collins considera possível manter os juros no nível atual por mais tempo, caso os avanços na inflação sejam limitados.

Por sua vez, Michelle Bowman, diretora do board do FED, também defendeu uma postura cautelosa na condução da política monetária, considerando o vigor econômico e as condições financeiras frouxas. Preocupada com a possível falta de restritividade da política atual, ela sugeriu uma abordagem gradual, reforçando a necessidade de clareza na comunicação sobre os objetivos de inflação e emprego.

Brasil: As vendas do varejo registraram uma queda de 0,4% no varejo restrito e de 1,8% no ampliado em novembro, revertendo avanços anteriores. As vendas no conceito restrito ficaram próximas das expectativas do mercado, enquanto no ampliado o desempenho foi inferior ao esperado, com revisões baixistas em meses anteriores — especialmente em veículos e atacarejo. As médias móveis trimestrais estabilizaram-se, com o varejo restrito alinhado à tendência pré-pandemia, enquanto o ampliado continua influenciado por mudanças estruturais no mercado automotivo e na inclusão do atacarejo. Entre as categorias do varejo restrito, houve alta em três segmentos, estabilidade em hipermercados e quedas expressivas em móveis e eletrodomésticos e artigos farmacêuticos — que recuaram após fortes desempenhos anteriores.

No conceito ampliado, veículos, motos, partes e peças registraram queda de 7,6% e reverteram os avanços robustos de outubro. Materiais de construção também apresentaram recuo após dois meses de alta. O atacarejo, que tem mostrado desempenho interanual negativo ao longo de 2024, sofreu nova desaceleração. Tanto os bens ligados ao crédito (duráveis) quanto os associados à renda (não duráveis) perderam tração, com maior intensidade no grupo de duráveis.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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