Semana deve ser de cortes de juros no exterior e alta da Selic no Brasil - Monte Bravo

Semana deve ser de cortes de juros no exterior e alta da Selic no Brasil

09/12/2024 às 09:25

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Segunda

Dez

4 minutos de leitura
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Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui.

  • Bancos centrais dominam a agenda da semana;
  • No front geopolítico, guerra civil na Síria é o foco dos noticiários;
  • Promessa de maiores estímulos fiscais na China impulsiona bolsa de Hong Kong;
  • Por aqui, a desidratação do pacote fiscal pressiona o câmbio e leva o dólar pra novo recorde.

Mercados

Os principais eventos desta semana são a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (12) e a Conferência Central de Trabalho Econômico da China, a portas fechadas.

O BCE deve fazer um corte de 25 pontos base nos juros.. Além disso, o Banco do Canadá (BoC), o Banco da Reserva da Austrália (RBA) e o Banco Nacional Suíço (SNB) se reúnem esta semana, com expectativas de cortes nas taxas.

Nos EUA, o índice de preços ao consumidor de novembro, na quarta-feira (11), deve mostrar um aumento de 0,3%, levando a taxa anual para 2,7%.

No front geopolítico, rebeldes sírios tomaram a capital Damasco. O avanço relâmpago fez o presidente Bashar al-Assad fugir para a Rússia após uma guerra civil de 13 anos e seis décadas de governo de sua família.

Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos estão estáveis em 4,17%, enquanto os títulos de 2 anos estão em 4,11%. As taxas caíram na sexta-feira (06) após os dados de empregos de novembro sancionarem a expectativa de mais um corte de taxa pelo Fed de 25 p.b. na reunião de 17-18 de dezembro do Fed.

Com mais um corte no horizonte, muitos analistas acreditam que o dólar não deve ter folego para continuar fortalecendo, mesmo com os cortes de juros no resto mundo. O índice do dólar cai 0,2% para 105,9.

Os preços do ouro à vista sobem 0,5%, cotado a US$ 2.644,91 por onça nesta segunda-feira (09). O Bitcoin, que atingiu o recorde de US$ 103.649 na quarta-feira (04), está cotado a US$ 98.346.

Os preços do petróleo estão estáveis, com preocupações sobre a fraca demanda chinesa sendo compensadas pelo aumento das tensões no Oriente Médio após a derrubada do presidente pelos rebeldes. Os futuros do Brent estão em US$ 71,1 por barril. O Brent perdeu mais de 2,5% na semana passada, enquanto o WTI teve uma queda de 1,2%.

O índice Hang Seng de Hong Kong saltou quase 3% na última hora de negociação depois que a China prometeu medidas fiscais “mais proativas” e uma política monetária “moderadamente” mais frouxa no próximo ano para impulsionar o consumo doméstico. Antes da notícia, o índice CSI 300 da China caiu 0,17%. Os demais mercados da Ásia fecharam sem direção única.

Os mercados europeus abriram com oscilações pequenas, enquanto os futuros de ações dos EUA estão ligeiramente mais baixos.

Depois de ter sido desidratado pelos Ministros, o pacote de ajuste fiscal está começando a ser desidratado no Congresso. O PT quer uma avaliação ‘com profundidade’ sobre BPC e o governo admite flexibilizar a proposta, enquanto parlamentares da base querem resgatar proposta de tarifa zero de ônibus. 

Na sexta, por aqui, a percepção de que o pacote fiscal será desidratado adicionalmente levou o dólar à vista a mais um recorde de fechamento, em alta de 1,02% e cotado a R$ 6,0708, enquanto os juros futuros avançaram e o Ibovespa despencou 1,50%, aos 125.946 pontos.

Assim, o Banco Central do Brasil enfrenta uma situação complexa, pois com a inflação em alta, expectativas avançando, baixa capacidade ociosa e a forte depreciação do real devido à perda de credibilidade fiscal será preciso acelerar o ritmo de aperto monetário para 100 p.b. na reunião desta quarta-feira (11). Sem isso, a âncora monetária pode se enfraquecer e levar o dólar para R$ 6,50.

A perda da credibilidade fiscal segue levando a uma forte deterioração das expectativas, como pode ser visto no Boletim Focus desta semana.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (06/12/2024):

  • IPCA/2024 subiu de 4,71% para 4,84%, enquanto o IPCA/2025 subiu de 4,40% para 4,59%
  • PIB/2024 subiu de 3,22% para 3,39%, enquanto o PIB/2025 subiu de 1,95% para 2,00%
  • Dólar/2024 ficou subiu de R$ 5,70 para R$ 5,95, enquanto o Dólar/2025 subiu de R$ 5,60 para R$ 5,77
  • Selic/24 subiu de 11,75% a.a. para 12,00% a.a., enquanto a Selic/2025 subiu de 12,63% a.a. para 13,50% a.a.
  • Primário/24 ficou estável em -0,50%, enquanto Primário/25 ficou estável em -0,70%

Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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